Pesquisa mostra brasileiros entre os trabalhadores mais tristes da América Latina
Publicado em 2 de outubro de 2024
Conforme levantamento global do Gallup, o Brasil está em quarto lugar no continente, com um a cada quatro profissionais nessa situação.
Uma pesquisa do reconhecido grupo internacional Gallup registrou um sinal de alerta para o mercado de trabalho nacional, mesmo em uma época que, em tese, emprego não falta: a cada quatro brasileiros, um está triste com seu exercício profissional, uma das maiores proporções da América Latina.
Os dados da State of the Gobal Workplace: 2024 Report são, claro, relativos a 2023. O panorama geral das entrevistas com 128 mil pessoas em cerca de 160 países não é muito favorável: a chamada “crise de engajamento”, que gerou a “grande desistência anos atrás, continua, com apenas 20% do total se declarando engajado.
Se esse dado negativo se mantém, outro chamou atenção: o nível de estresse reportado é o mais alto da história, com 43% dos entrevistados relatando experimentar esse quadro todo dia.
O Brasil é o quarto país com mais profissionais tristes na América Latina. Com 25% de profissionais nessa situação, o país ficou atrás apenas de Bolívia (32%), El Salvador (26%) e Jamaica (26%), empatado com Equador e Peru.
Em relação aos que experimentam raiva no trabalho, os brasileiros também estão em quarto, mas com percentual mais baixo, de 18%, atrás de Bolívia (25%), Jamaica (24%) e Peru (19%).
Os autores do estudo lembram que nem todos os problemas de saúde mental estão relacionados ao trabalho, mas esse é um fator nas avaliações da vida e nas emoções diárias. Uma das formas recomendadas para aumentar o engajamento e reduzir tristeza e raiva é um programa de escuta efetivo, ou seja, que direcione soluções.
Fonte: Gaúcha GZH
Tempo de troca de uniforme resulta em novo acordo de R$ 2,2 mi entre frigorífico e trabalhadores
Publicado em 2 de outubro de 2024
O Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR) homologou um acordo de R$ 2.239.280,00 que abrangerá 578 trabalhadores da empresa Seara Alimentos, unidade de Jaguapitã, Norte do Paraná.
O caso refere-se a créditos do tempo em que os empregados ficaram à disposição da empresa para a troca de uniforme, além do direito ao intervalo de descanso destinado às trabalhadoras. O processo foi ajuizado em 2017 pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e afins de Jaguapitã.
O acordo foi homologado pelo juiz substituto Cícero Pedro Ferreira, que atua na 2ª Vara do Trabalho de Rolândia, em agosto. O magistrado destacou o esforço das partes em negociar e as vantagens da conciliação.
O presidente do Sindicato, Cleison Ramos Matos, destacou o papel da advogada da entidade Mayara Marconi Ferreira, que conduziu as negociações junto aos advogados da Seara Alimentos, “visando dar efetividade à conquista do sindicato em favor dos trabalhadores”, entendimento selado após mediação da Justiça do Trabalho.
O Sindicato ressaltou que há, ainda, mais de 600 trabalhadores a serem beneficiados com a mesma sentença, para tanto, devem procurar a entidade, independentemente de serem ou não sindicalizados, para pleitear o direito de receber os valores que serão pagos pela instituição.
Em maio deste ano, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e afins de Jaguapitã já havia celebrado um acordo com a Seara Alimentos, empresa que integra o grupo de empresas da ré Agroindustrial São José Ltda.
A conciliação, que abrangeu 480 trabalhadores, restringiu-se a empregados que trabalham na Seara Alimentos no município de Santa Fé, também no Norte do estado. O acordo, homologado então na sede do TRT-PR, encerrou nacionalmente a 8ª Semana Nacional de Conciliação Trabalhista.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 9ª Região
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