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Gestão: Segurança e Saúde no Trabalho – 24

16 de maio de 2023
Informativo
Profissionais têm receio de revelar deficiência

Publicado em 15 de maio de 2023

Levantamento do Boston Consulting Group (BCG) mostra que 53% dos brasileiros não falam de condição ao empregador com medo de discriminação.

Brasileiros com algum tipo de deficiência ou condição crônica de saúde que limita as principais atividades cotidianas têm mais receio de revelar esse aspecto ao empregador do que profissionais de outros países, segundo uma pesquisa do Boston Consulting Group (BCG). O levantamento ouviu 28 mil pessoas em 16 países, incluindo o Brasil.

Aqui, 53% das pessoas com deficiência ou condição crônica de saúde não revelam essas informações no trabalho por receio de discriminação. Na média global o índice é 47%. Entre os brasileiros que revelaram sua deficiência no trabalho, 35% dizem ter sofrido discriminação pessoalmente. Na média global, 42%.

Juliana Abreu, diretora executiva e sócia do BCG, afirma que profissionais com deficiência, no Brasil, são 1,4 vezes mais propensos a sofrer discriminação na organização onde trabalham do que seus colegas sem deficiência.

“Essa preocupação é ainda mais forte se, por conta de sua condição, o profissional precisar de alguma adaptação no local de trabalho”, comenta a executiva. “Vimos, ainda, que algumas pessoas consideram sua deficiência como uma parte importante de sua identidade pessoal e não falar sobre isso no trabalho leva à insatisfação.”

Entre os brasileiros pesquisados, 19% dizem ter algum tipo de deficiência ou condição crônica de saúde. Na média global, 25%. A visão dos empregadores, no entanto, é bem distinta. Com base em pesquisas conduzidas nos Estados Unidos e na Austrália, o BCG estima que, na percepção deles, entre 4% e 7% da força de trabalho possui alguma deficiência.

Essa estimativa – de 4% a 7% – é baixa, na análise de Abreu, porque profissionais com deficiência não costumam revelar suas condições aos empregadores temendo preconceito e impacto negativo em sua segurança e estabilidade no trabalho ou perspectivas de promoção.

“Mesmo no Brasil, onde existe a lei de cotas, é importante lembrar que há deficiências que não são contempladas pela lei e, a não ser que as pessoas comuniquem essas condições, não há como os empregadores saberem.”

Essa discrepância nos números é preocupante, alerta Abreu. “Se a administração da empresa não tem as informações certas, há dificuldade em proporcionar suporte e iniciativas que apoiem esses profissionais de forma significativa.”
Fonte: Valor Econômico
 
 


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