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Gestão: Segurança e Saúde no Trabalho – 14

12 de maio de 2020
Informativo
Entenda o que é risco ergonômico e quais os mais comuns nas empresas

Quando pensamos em riscos relacionados ao trabalho, as primeiras situações que surgem são acidentes ocasionados por falta de EPI (Equipamento de Proteção Individual), trabalho em altura ou manuseio incorreto de maquinário. Porém, há o risco ergonômico que está relacionado às doenças que surgem por conta da rotina e situações no trabalho.

Neste artigo, veremos o que é o risco ergonômico, quais são os principais e, principalmente, como preveni-los. Assim, os colaboradores podem ter uma melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho. Sendo assim, começaremos pelo início, explicando o que é o risco ergonômico.

O que é risco ergonômico?

É considerado risco ergonômico aquele que pode afetar a saúde do trabalhador, bem como gerar desconforto. Ele, geralmente, acontece devido à má postura, móveis inadequados, longas jornadas de trabalho e rotinas estressantes.

Sendo assim, podem ser considerados riscos ergonômicos: mobília inadequada, longa jornada de trabalho e trabalho repetitivo, por exemplo. Estes riscos resultam em doenças, como síndrome de Burnout, LER, problemas de coluna, alterações do sono, dores musculares, taquicardia, asma e outras doenças.

O risco ergonômico pode ser muito prejudicial para o profissional, visto que algumas dessas doenças podem se tornar crônicas e até afastá-lo do trabalho. Por isso é tão importante prevenir o risco ergonômico.

5 riscos ergonômicos que podem ocorrer

A seguir, veremos alguns dos principais riscos ergonômicos que podem ser encontrados nas empresas.

1. Má postura

A má postura pode ocasionar diversas doenças, como problemas na coluna, LER, dores e lesões. Se a má postura estiver relacionada com o trabalho repetitivo, os problemas de saúde tendem a ficar piores.

Por exemplo, quem trabalha em escritório pode sofrer com uma cadeira ou mesa que não é ergonômica. Por consequência, essa situação causa dores na coluna, LER no pulso, dores nos ombros e pescoço.

Já quem trabalha tendo que levantar ou carregar peso durante o dia, precisa cuidar da coluna e realizar o seu trabalho com a postura correta. Caso contrário, surgirão problemas de saúde na coluna.

2. Trabalho repetitivo sem pausas

O trabalho repetitivo sem pausas é uma das principais causas para a LER. A LER ou DORT é a inflamação dos nervos, que leva a dor frequente nas regiões que estão sofrendo pelo esforço repetitivo.

Com o tempo, essas lesões podem piorar fazendo com que ocorra um processo degenerativo nos nervos e vasos sanguíneos da região. Junto disso, há o inchaço, cistos, perda da força e dor.

3. Ritmo excessivo

Um ritmo excessivo de trabalho normalmente acontece quando o profissional tem uma demanda muito grande de tarefas e com prazos curtos para entregá-las. Dessa forma, seu psicológico começa a ser afetado pelo estresse e pressão para entregar tudo em dia.

Uma das doenças que deriva dessa situação é a síndrome de Burnout. Seus sintomas incluem esgotamento mental e físico, cansaço extremo e estresse. A pessoa passa a não conseguir mais se concentrar e sua produtividade cai. Se não diagnosticada a síndrome e tratada, ela pode desencadear depressão profunda.

Além da síndrome de Burnout, a ansiedade e o ataque de pânico também podem surgir de um ritmo excessivo de trabalho. Por isso, é importante perceber os sintomas e procurar um psicólogo ou psiquiatra para ter o diagnóstico.

4. Longa jornada de trabalho

A longa jornada de trabalho é outra causa de doenças psicológicas, como o Burnout. Ela se dá quando o profissional tem que cumprir mais do que as 8 horas diárias. Há funcionários que cumprem de 10 a 12 horas diárias, que são compostas pelas horas normais mais as horas extras.

Os jornalistas e os profissionais da publicidade e marketing enfrentam com mais frequência esse risco ergonômico. Porém, que pratica home office, por exemplo, se não manter uma rotina diária de trabalho, pode ultrapassar o limite e praticar longas jornadas de trabalho.

Isso ocasiona cansaço físico e mental, estresse, ansiedade e a síndrome de Burnout. Quando a situação fica insustentável, o profissional precisa se afastar por alguns meses para tratar da sua saúde mental.

5. Monotonia nas atividades

Atividades monótonas também acabam por ser um risco ergonômico. Isso porque o profissional pode desenvolver ansiedade e depressão com o passar do tempo.

Essas atividades são caracterizadas por análises documentais e outras, e exigem muita atenção a detalhes. No final do dia de trabalho não há mudanças significativas. Dessa forma, o colaborador vai aos poucos perdendo o interesse na atividade, o que compromete sua saúde psicológica.

O que pode ser feito para prevenir o risco ergonômico?

Agora que sabemos quais são os principais riscos ergonômicos, é importante vermos o que é possível fazer para preveni-los. Dessa forma, evitamos desenvolver doenças que prejudicam nosso potencial no trabalho e nossa qualidade de vida.

Por parte do profissional, ele pode, primeiramente, dar atenção à sua postura no trabalho. Se a cadeira ou a mesa não possibilitam que sua coluna fique reta e suas pernas confortáveis, invista em móveis melhores.

Outro ponto são as jornadas de trabalho. A produtividade não está ligada a longas jornadas ou à enorme demanda de tarefas. Para ser produtivo é preciso estar com o sono em dia, bem alimentado, ter uma carga horária que não extrapole o bem-estar mental e físico e estar feliz o trabalho que se tem.

Por isso, evite longas jornadas de trabalho e tarefas em excesso. Além disso, se dê pausas curtas ao longo do dia para se distrair e relaxar, principalmente se realiza trabalho repetitivo.

Aliás, para este último caso, é importante praticar o alongamento e ginástica laboral. Dessa forma, os músculos e nervos relaxam e não sofrem tanto com o movimento repetitivo do dia a dia.

A empresa pode fazer sua parte ao oferecer aos colaboradores a ginástica laboral. Além disso, é importante que ela realize uma Análise Ergonômica no Trabalho (AET) que consiste em analisar os riscos ergonômicos e propor soluções para reduzir ou extinguir o risco ergonômico. Aliás, a AET é exigida pela NR 17, para prevenir os riscos ergonômicos.

Como pudemos ver, os riscos ergonômicos podem prejudicar em diferentes níveis a saúde do profissional. Por isso, é importante preveni-los. Isso pode ser feito ao manter uma jornada de trabalho equilibrada e fazer a Análise Ergonômica de Trabalho, além de outras formas de prevenção.
Fonte: Beta Educação
 
 


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