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Gestão: Segurança e Saúde no Trabalho – 11

25 de fevereiro de 2019
Informativo
Qual o papel dos profissionais de segurança do trabalho na era digital?

Os avanços do uso das tecnologias chegarão ao mundo da saúde e segurança ocupacional - como empilhadeiras automatizadas, aprendizado de máquina, realidade aumentada e equipamentos de proteção individual “inteligentes” – alguns devem gerar uma enxurrada de dados e insights. Fornecendo uma porta de entrada para a chegada iminente de tecnologia sem fio de quinta geração, o 5G, que abrirá caminho para interações máquina a máquina.

Interessada em conhecer o impacto da introdução de novas tecnologias no ambiente de trabalho e quais seus impactos na segurança do trabalho a Safety + Health reuniu informações de especialistas no tema a respeito de questões que envolvem o uso de tecnologias futuras, como Big Data, e segurança no ambiente de trabalho.

Conheça a opinião dos especialistas entrevistados.

1. Em que estágio está a maioria das organizações em termos de uso de novas tecnologias e segurança?

O uso de novas tecnologias varia com a maturidade da organização e, às vezes, com o tipo de indústria. Algumas indústrias estão num estágio mais avançado do que outras, e as organizações mais maduras têm departamentos que já estão trabalhando com Big Data e encontrando insights significativos para uso das informações. Mas na maioria das vezes, os profissionais de segurança do trabalho ainda não se envolveram com o pool de dados existente.

Passamos por um momento em que os insights são muito genéricos e abrangentes, e à medida que se tem mais dados disponíveis e melhores ferramentas de tratamento e análise desses dados, iniciaremos processos mais específicos. Cada funcionário poderá ter por exemplo, um plano de saúde e segurança personalizado, ou cada departamento em um chão de fábrica poderá ter seu próprio plano personalizado, baseado em dados reais.

2. Quem vai liderar: grandes empresas com presumivelmente mais recursos, ou menores, mais ágeis?

Os especialistas acreditam que vai depender da motivação das empresas e quão receptiva é sua cultura para adotar a tecnologia e promover mudanças. Embora organizações maiores tenham mais recursos disponíveis, elas terão que desenvolver, contratar ou terceirizar as equipes e os conjuntos de habilidades certas, assim como as empresas menores.

3. Quais são os possíveis desafios futuros?

À medida que a tecnologia aumenta no chão de fábrica, a expectativa dos trabalhadores também se torna mais complexa. Será preciso investir em treinamentos.

Um dos desafios potenciais será evitar a paralisação diante da sobrecarga de informações e recursos disponíveis pela tecnologia. As empresas precisam abraçar e entender as mega tendências que estão acontecendo, como o aprendizado de máquina, pois essa tendência não vai parar e as empresas não podem ignorar as oportunidades de ganhos com a sua adoção.

4. Como as preocupações com privacidade devem ser tratadas?

Privacidade e segurança são problemas, porque para “produtos geradores de dados” serem usados em nível corporativo, eles precisam ser extremamente rigorosos do ponto de vista de segurança de dados. Mesmo se você agregue esses dados e os anonimize, ainda é atividade que deixa muitas pessoas com dúvidas e inseguras.

O público em geral está se tornando mais consciente em torno dessa questão e de seu impacto sobre eles pessoalmente. Espera-se que haja algum equilíbrio natural com algumas regulamentações em torno não apenas da captura de dados, mas da capacidade de usá-los apenas por razões especificamente estabelecidas e acordadas.

5. Onde os profissionais de segurança do trabalho se encaixam nesse novo mundo?

O papel do profissional de segurança do trabalho não deve acabar, e certamente não será absorvido por um estatístico. O papel do profissional se adaptará e o kit de ferramentas se expandirá. A empresa poderá fazer modelagens por computador o quanto quiser, mas será preciso fazer intervenções relacionadas com o comportamento humano, pensamentos e ações, afinal de contas a segurança depende em parte do indivíduo.

A compreensão das operações, a exposição e a interface de trabalho serão ainda mais importantes, assim como a capacidade de ser criativo e focado na solução. Profissionais de segurança que trabalham de maneira colaborativa em toda a empresa, usando uma sólida percepção de dados, ajudarão a ir além da predição à uma abordagem mais prescritiva para a redução da exposição a riscos.

O Big Data não substitui os profissionais de segurança do trabalho, mas os liberará para fazer o que fazem melhor. À medida que o Big Data se torna mais importante, as habilidades interpessoais tornam-se mais importantes para esses profissionais. Os profissionais de segurança do trabalho não precisam se tornar técnicos em dados, eles precisam sim, se tornar ainda melhores naquilo que os levaram a esse trabalho: desenvolver a cultura de segurança, manter as pessoas seguras e desenvolver um ambiente apropriado para reduzir os incidentes.

Time Observatório FIESC:
Angélia Berndt
Camilie Pacheco Schmoelz
Danielle Biazzi Leal

Nota: Especialistas convidados a responder as perguntas:

Keith Bowers, Fundador, Bowers Management Analytics, Phoenix.
Mike Smith, Vice-presidente sênior de soluções, inovação e tecnologia da DEKRA Organizational Safety and Reliability, Oxnard, CA.
Alison Black, Consultor de pesquisa, DEKRA Organizational Safety and Reliability.
Kent Szalla, Diretor geral, Predictive Solutions, Pittsburgh.
John Dony, Diretor, Campbell Institute at the National Safety Council.
Fonte: https://www.safetyandhealthmagazine.com/articles/17820-technology-big-data-and-worker-safety
 
 


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