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Gestão: Pessoas e Trabalho – 54

19 de maio de 2020
Informativo
Empregador Web: Saiba como solucionar oito dos principais erros

O Empregador Web está com instabilidades e mensagens de erro; Confira passo a passo como solucionar cada problema.

A MP 936/2020 permitiu a redução salarial e de jornada e ainda possibilitou a suspensão do contrato de trabalho nesse momento da crise trazida pelo Coronavírus. Em contrapartida, trabalhadores ganham uma estabilidade provisória e o BEm, o Benefício Emergencial.

Empregadores devem informar as alterações contratuais por meio do Empregador Web. Entretanto, o site está passando por Instabilidades e apresentando vários erros.

Por isso, o Portal Contábeis elencou os seis principais erros e a orientação ou solução para cada um. Confira:

Vínculo não encontrado ou divergente

O erro de vínculo empregatício é um dos mais comuns do Empregador Web. Usuários relataram mensagens de vínculo não encontrado, vínculo divergente e até vínculo encerrado.

De acordo com a professora Íris Caroline, especialista em departamento pessoal, esses erros podem acontecer por informações equivocadas no CNIS e no eSocial, já que o Empregador Web faz o cruzamento dessas informações.

“Se alguma informação está divergente nesses sistemas, é preciso alterar e corrigir o quanto antes”, alerta a professora.

Além disso, ela ressalta que muitas empresas do Grupo 3 ainda não enviaram informações relativas a admissões, desligamentos e afastamentos no eSocial. Estas empresas já estão obrigadas ao envio, porque a RAIS já foi substituída. A não transmissão vai acarretar erros.

De acordo com a Secretaria do Trabalho, o vínculo empregatício é atualizado no momento em que a RAIS é processada. Contudo, como são muitos envios é preciso esperar até que o programa faça o reprocessamento automático.

Erro de digitação

Alguns profissionais contam com sistemas que exportam essas informações, já outros precisam realizar manualmente, mas o fato é que os erros de digitação são mais comuns do que se imagina.

“Existem vários casos em que é para colocar a data de admissão e o empregador colocou data de nascimento, data de início da redução ou suspensão. É preciso ficar atento para evitar retrabalho”.

Erro no CNPJ

Também é comum erros no momento de preencher o CNPJ, seja por erro de digitação por parte do empregador ou até uma informação errada como colocar o número da empresa Matriz ao invés da Filial.

“Já vi casos de empresas grandes – com mais de mil funcionários – informarem o CNPJ errado de todos os colaboradores. Tem que tomar cuidado para conferir se os dados estão corretos”, aconselha.

Para solucionar o problema, a Secretaria do Trabalho informou que vão reconfigurar o sistema do Empregador Web para considerar o CNPJ raíz e não o CNPJ inteiro.

Seguro-desemprego desatualizado

O colaborador que estava desempregado e passou a trabalhar em uma determinada empresa também pode estar com problemas ao constar que ele recebe o seguro-desemprego.

Isso ocorre quando o CNIS não foi atualizado ou o empregador não informou ao eSocial a admissão do colaborador no prazo correto.

De acordo com a professora, o empregador deve corrigi-las e atualizá-las o quanto antes. A DataPrev informou que ao longo desta semana realizará ajustes e reprogramações para reproessar as novas informações. Ou seja, mesmo atualizado em atraso, o problema será resolvido.

Erro na prorrogação

As prorrogações de acordos trabalhistas – seja de suspensão ou redução de trabalho – realmente estão passando por instabilidades.

De acordo com Iris Caroline,” se você tentar fazer a prorrogação ou retificação nesse momento não vai dar certo, porque a DataPrev está fazendo esses ajustes e quanto mais pessoas enviarem esses pedidos, mais pesa a base de dados.”

Dados divergentes na Receita

Se constar algum erro acusando dados divergentes da Receita, provavelmente trata-se de um erro de digitação ou alguma informação que não foi atualizada.

“Tive um caso do erro no nome da mãe de um funcionário que era casada quando ele foi admitido, mas ela se separou e voltou ao nome de solteira. E isso estava ocasionando o erro”, conta a professora.

A recomendação neste caso é enviar todos os dados por e-mail para o próprio funcionário verificar.

Erro no salário

Desde quarta-feira, 12, a DataPrev anunciou que está fazendo acertos automáticos e reprocessando os benefícios.

Contudo, esse acerto trouxe um outro erro: o salário de todos os trabalhadores consta como mínimo, ou seja, R$ 1.045. Ou em alguns casos não está aparecendo salário nenhum, aparece uma ampulheta para aguardar a informação.

A orientação é aguardar mais um pouco porque um novo leiaute vai ser disponibilizado no domingo, 17, e implementado entre segunda e terça feira. Assim, esses e outros erros vão ser corrigidos.

Erro na Conta bancária

Se o empregador não informou a conta do trabalhador ou informou errado, é o menor dos problemas, segundo a especialista. Nesse caso, já tem uma solução.

O governo vai fazer uma verificação para ver se o colaborador tem uma conta no Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal. Caso tenha, o dinheiro pode cair a qualquer momento, é preciso ficar atento.

Se o funcionário não tiver conta em nenhum desses bancos, o Governo vai abrir conta digital que dá direito a uma transferência gratuita, podendo transferir para conta que ele usa regularmente.
Fonte: Contábeis

 

Empresas dão a funcionários decisão sobre home office no futuro pós-pandemia

Escritório da Alphabet, grupo que engloba o Google, em Berlim. Empresa definiu home office, pelo menos, até o fim do ano.

Nas últimas semanas, grandes empresas estrangeiras de tecnologia, como Google, Twitter e Facebook, anunciaram que irão prolongar o regime de home office de seus funcionários para além do fim da pandemia do novo coronavírus. O movimento foi acompanhado por organizações brasileiras, que irão transferir o poder de escolha sobre o regime de trabalho para as mãos de seus colaboradores.

A medida confirma uma tendência já apontada por organizações que analisam o mercado de trabalho. Um relatório desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com a Infobase (empresa integradora de tecnologia da informação) e o Institute for Technology, Enterpreneurship and Culture (TEC), apontou que 30% das empresas que adotaram o trabalho remoto durante a quarentena irão mantê-lo por ao menos um dia na semana após o fim do isolamento.

Os motivos são muitos. Parte das empresas registrou aumento na produtividade, mesmo em meio a uma pandemia, somado aos benefícios em se evitar o tempo gasto com deslocamentos e trânsito e à redução de custo para as organizações. Uma estação de trabalho da plataforma de gestão Omie, por exemplo, localizada na zona sul de São Paulo, custa em torno de R$ 900 por mês por funcionário.

A medida também surge em um contexto de preocupação com a saúde dos colaboradores, com as novas exigências sanitárias que surgirão após o fim da pandemia e a necessidade de entender que as equipes também estarão vivendo um novo normal, como no caso daqueles com filhos que irão precisar se encaixar em um novo calendário escolar após o fim do isolamento.

O Facebook foi uma das primeiras empresas a anunciar o prolongamento facultativo do home office, que poderá ser adotado apenas após o fim do decreto de isolamento de cada região em que tem escritório no mundo.

Segundo Conrado Leister, country managing director do Facebook e do Instagram Brasil, qualquer funcionário que queira e consiga fazer o seu trabalho de casa poderá optar pelo home office até o fim do ano.

A medida não se aplica a algumas funções que precisam ser desempenhadas fisicamente, como engenheiros de hardware, que operam em máquinas gigantes, mas esses cargos que exigem a presença física não existem no Brasil.

“O primeiro ponto é garantir mais segurança e conforto para os colaboradores, priorizando a saúde. O segundo, até por ser uma empresa digital e mais nova, é que a vasta maioria das funções continua sendo desempenhada de forma eficiente remotamente, então não há a necessidade de voltar rapidamente ao ambiente de escritório”, explica Leister ao Estadão.

Para conseguir fazer o trabalho remoto funcionar, o dirigente aponta que é necessária uma combinação de infraestrutura, ferramentas e flexibilidade.

“Todos têm computador, celular e acesso remoto à empresa mesmo antes da pandemia. Também já usávamos muitas ferramentas de conexão porque somos uma empresa global. Desenvolvemos a nossa própria plataforma, o Workplace, para fazer reuniões, lives e uma série de facilidades”, destaca.

Por fim, também surge a importância de flexibilizar a jornada dos colaboradores. “Temos pessoas mais jovens, que moram sozinhas e se sentem mais isoladas com o home office. Temos pais e mães com filhos em casa que precisam balancear a agenda. A flexibilidade é importante para que eles consigam trabalhar bem.”

O Twitter Brasil anunciou na última semana que os funcionários que estiverem em uma função e uma situação que os permita realizar o trabalho em casa poderão manter o regime remoto para sempre. “Os últimos meses provaram que trabalhar em casa funciona”, diz o comunicado.

A empresa também reforçou que, com poucas exceções, os escritórios não estarão abertos antes de setembro e, quando isso ocorrer, será de forma gradual e planejada. “A abertura dos escritórios será uma decisão nossa. Quando e se nossos funcionários voltarão a trabalhar de lá, será uma decisão deles”, afirmam.

No Google, a informação sobre a extensão do home office até o fim do ano foi divulgada na primeira semana de maio pelo portal californiano The Information, após um comunicado do CEO da empresa, Sundar Pichai. A equipe do Google Brasil, em contato com a reportagem, não quis comentar se a medida se aplicará também aos funcionários do País, mas confirmou as informações divulgadas pelo site norte-americano.

Casos brasileiros

Um estudo realizado pela Husky, fintech focada no trabalho remoto, com 632 profissionais que estão em home office, apontou que 76,8% consideram a mudança para o home office positiva. Já 84,9% dos entrevistados afirmaram ter o regime como uma meta pessoal. Ainda neste contexto uma pesquisa feita pela Fundação Dom Cabral e a Grant Thornton empresa global de auditoria, mostrou que entre os 669 respondentes 54% têm interesse em continuar trabalhando remotamente e 13,9% talvez tenham.

No Brasil, a XP Inc. anunciou na última quinta-feira, 14, que o home office será estendido até o fim do ano e que poderá ser permanente caso o funcionário queira.

“A decisão foi pensada no nosso principal ativo, as pessoas, e pautada pelo resultado das pesquisas internas e da melhoria nos índices de satisfação tanto de colaboradores quanto de clientes. No mês passado, fizemos uma pesquisa que perguntava com qual frequência os colaboradores gostariam de ir ao escritório. Só 5% responderam todos os dias”, diz o sócio e responsável pela área de Gente & Gestão da XP Inc, Guilherme Sant’Anna.

“A pandemia acelerou o processo com a implantação do trabalho remoto para os aproximadamente 2.700 colaboradores. Nossa cultura permitiu fazer uma adaptação muito rápida e a experiência está nos trazendo uma série de aprendizados que podem se transformar, de fato, em uma nova maneira de encarar a vida corporativa”, conclui.

Na Pipefy, plataforma de gestão de processos, todos os cerca de 250 funcionários ficarão em home office até o final do ano, independentemente do fim do decreto de isolamento. Para 2021, a empresa irá avaliar a possibilidade de cada funcionário escolher o seu regime de trabalho.

“Estamos direcionando esforços e investimentos para garantir que a experiência de trabalho em casa seja tão confortável e adequada como era no escritório. Isso envolve a ajuda de custo que estamos fornecendo desde março para gastos com infraestrutura e adaptações necessárias, além de suporte psicológico profissional e atividades para cuidar da saúde mental e física”, explica Alessio Alionço, fundador e CEO da empresa.

A legislação brasileira permite o teletrabalho, mas é necessário que ela conste do contrato de trabalho, para além dos efeitos da MP 927, que só permitiu a modalidade por questão de emergência durante a pandemia.
Fonte: Estadão
 
 


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