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Gestão: Pessoas e Trabalho – 46

12 de abril de 2022
Informativo
Companhias não podem se dar ao luxo de ignorar o home office, diz CEO da Microsoft

Publicado em 11 de abril de 2022

Para Tânia Cosentino, empresas que insistirem em modelos pouco flexíveis serão as primeiras a perderem funcionários.

“Aquelas empresas que hoje falam: vocês ficaram dois anos em casa e agora acabou a ‘brincadeira’, a partir do mês que vem todo mundo volta ao escritório em tempo integral. Essas empresas serão as primeiras a perderem funcionários”. O aviso vem de Tânia Cosentino, CEO da Microsoft no Brasil.

A executiva é a entrevistada do novo episódio do podcast CBN Professional, parceria do Valor com a rádio “CBN”.

Em um setor como o de tecnologia, a opção pelo presencial é ainda mais prejudicial, considerando a escassez de profissionais e uma competição global por talentos, com maior assédio de empresas estrangeiras, pagando em moeda forte e contratando em home office. “As empresas não podem se dar ao luxo de perdê-los por insistirem nesse modelo [pouco flexível]”, afirma a CEO.

A Microsoft optou por um modelo de trabalho híbrido após uma pesquisa com mais de 30 mil funcionários, em 30 países. O retorno tem sido lento e cauteloso, afirma.

“Ouvimos que os funcionários não querem voltar para o trabalho presencial por considerarem que trabalharam tão bem de casa ao longo de dois anos e hoje podem trabalhar para uma empresa em Manaus ou na Austrália de sua casa.”

A pesquisa mostrou também, analisa a executiva, que existe uma “desconexão entre o que líderes querem e pensam e o que funcionários querem”. “Não existe modelo de trabalho perfeito, mas é preciso escutar as pessoas para construir processos e rituais que deem clareza sobre quando e por que o funcionário precisa ir ao escritório, e alinhar isto às expectativas deles.”

Além de um modelo flexível de trabalho e uma remuneração minimamente agressiva, Cosentino avalia que faz diferença na hora de atrair e reter profissionais de tecnologia a visibilidade de carreira que a empresa proporciona. Na prática, significa ter planos de crescimento e desenvolvimento, mas também uma liderança capaz de comunicá-lo com clareza.

Ela defende que esse crescimento não precisa necessariamente ser vertical e que líderes podem estimular movimentações laterais para que os funcionários ganhem novas experiências e habilidades.

“Crescer não é só ocupar o lugar do chefe”. O mundo remoto pós-pandemia também ajudou que profissionais da Microsoft que antes não tinham mobilidade pudessem trabalhar além de sua fronteira geográfica – do home office no Brasil para a sede em Redmond (EUA), por exemplo.

Um ambiente que estimula o crescimento de talentos exige líderes mais desapegados, diz a CEO, que não se sintam ameaçados ao estarem cercados de pessoas boas e que saibam demonstrar vulnerabilidades.

“Quando comecei a minha carreira, falar em vulnerabilidade causava olhar torto. Há cinco anos, esta ainda não era uma palavra bem-vinda no mundo dos negócios. Hoje, é preciso demonstrar vulnerabilidade para criar conexões”.

Ela também vê uma mudança na forma de identificar talentos. “Antes, era muito mais relacionado ao técnico, ao fato de uma pessoa ser brilhante em determinada área. Hoje, o que a pessoa demonstra em termos de curiosidade, capacidade de aprender, colaborar e sair da zona do conforto conta muito.”

Formada em engenharia elétrica, Cosentino construiu parte de sua carreira na Siemens. Depois ingressou na Schneider Electric, onde chegou à presidência da operação do Brasil e à vice-presidência global de satisfação do cliente. Em 2019 foi recrutada pela Microsoft.

“Eu lembro que durante a entrevista, um executivo da alta liderança me perguntou: qual é a sua vontade de aprender todo um negócio novo aos 53 anos?”. O episódio está disponível no site da CBN e principais plataformas de streaming como Spotify e Apple Podcasts.
Fonte: Valor Econômico

 

Lemann defende trabalho remoto, apesar de ver como desafio treinamento de jovens

Publicado em 11 de abril de 2022

Com as mudanças no modelo de trabalho impostas pela pandemia da covid-19, que obrigou a maioria dos escritórios a adotarem o trabalho remoto, o megainvestidor Jorge Paulo Lemann, da gestora 3G e cofundador da Fundação Estudar, avalia que aos poucos as companhias vão se ajustar ainda mais ao modelo. Para ele, eventualmente “as pessoas descobrirão o tipo de negócio que funciona bem remotamente e aqueles que não funcionam”.

“Funciona pra mim” brincou o investidor durante a Brazil Conference, evento organizado pela comunidade brasileira de estudantes em Boston (EUA) e transmitido pelo Estadão. Lemann citou o tempo que dedica a videoconferências, que otimizam seu tempo, já que não precisa realizar uma série de viagens para tornar os encontros possíveis.

“Acho que funciona para muitos tipos de empresa, para outras não funciona”, avaliou. Lemann, no entanto, pontuou o desafio que é o treinamento remoto de jovens que acabaram de sair da universidade.

A fala foi de encontro com declarações de Henrique Dubugras, cofundador da Brex, que também participou do painel. Dubugras citou uma menor contratação de pessoas que acabaram de sair da faculdade devido a dificuldade de se treinar pessoas a distância.

“Estar ao lado de alguém, estar no escritório com outras pessoas que também acabaram de sair da faculdade, um gerente ou mentor muito próximo que está te ajudando e te ensinando tudo, é assim que aprendemos”, disse.

Com uma visão positiva com relação ao futuro do trabalho remoto, Dubugras avaliou que “estamos no pior período para o trabalho remoto que já estivemos em nossas vidas”. Para ele, com as evoluções tecnológicas, os desafios que existem hoje para o modelo de trabalho logo serão superados.

Educação

Lemann também voltou a afirmar que tem um desafio de melhorar a educação no Brasil. “É o que o País mais precisa, e é o que é necessário para ele ser bem sucedido pelas próximas décadas”, disse.
Fonte: Gaúcha GZH
 
 


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