1.  
  2.  
  3.  
  4.  
  5.  
  6.  
  7.  
  8.  
  9.  
  10.  
  11.  
  12.  
  13.  
  14.  
  15.  
  16.  
  17.  
  18.  
  19.  
  20.  

Gestão: Pessoas e Trabalho – 19

03 de março de 2021
Informativo
Projeto que regulamenta o trabalho remoto já pode ser votado no Plenário

Publicado em 2 de março de 2021

De autoria do senador Confúcio Moura (MDB-RO), o projeto de lei (PL) 612/2021 altera a legislação trabalhista (CLT) para regulamentar o trabalho remoto ou em domicílio dos empregados no Brasil, o também chamado home office.

O objetivo da proposta é diminuir os conflitos jurídicos e trabalhistas causados pela pandemia de covid-19 nos novos ambientes de trabalho, bem como garantir os direitos dos trabalhadores e evitar explorações.

O texto do projeto prevê que as relações de emprego remoto deverão respeitar a intimidade, o direito de imagem, a privacidade e a segurança pessoal e familiar dos empregados, cabendo ao empregador a orientação e o fornecimento dos meios técnicos para a defesa desses direitos.

A proposta ressalta que é de responsabilidade do empregador o fornecimento do suporte material, tecnológico, com orientação e capacitação dos empregados para o uso dos instrumentos para o trabalho remoto ou em domicílio do empregado, se for o caso.

De acordo com a norma, o trabalho remoto do empregado deverá ser previsto em contrato específico, ou por meio de aditivo, com previsão da atividade a ser realizada, da duração do contrato e da jornada e dos intervalos, bem como do reembolso das despesas efetuadas pelo empregado para a realização do trabalho.

O projeto estabelece ainda que nos horários de repouso e durante o intervalo entre as jornadas é assegurado ao empregado o direito de se desconectar dos instrumentos de telefonia, mecânicos ou tecnológicos de trabalho, sendo considerados abusivos ou intimidatórios os contatos e ordens emitidas dentro desses horários, exceto em caso de emergência, devidamente comprovada.

As entidades públicas e os empregadores devem criar programas ou cursos profissionalizantes, ou adaptar os existentes, com o objetivo de preparar os trabalhadores do regime de trabalho remoto e do trabalho em domicílio do empregado, para eventual desemprego, reciclagem ou readaptação.

Adaptação

Na justificativa do projeto, Confúcio Moura afirma que são indiscutíveis as diversas consequências jurídicas resultantes da transferência de milhares de trabalhadores dos seus locais de trabalho, nas empresas, para a própria residência ou domicílio do empregado, por força da pandemia da covid-19.

O parlamentar observa que a maior parte dessas novas “normalidades” não está disciplinada no atual ordenamento jurídico trabalhista brasileiro. Além disso, a pandemia exigiu a promoção e a viabilização de negociações coletivas para trazer um mínimo de segurança jurídica aos participantes das relações de emprego.

O senador lembra que o Brasil possui uma regulamentação do teletrabalho, anterior à pandemia, embora tais normas estejam limitadas ao trabalho realizado com utilização de tecnologias de informação e de comunicação, fora das dependências do empregador, sem configurar trabalho externo.

“Falta muito. Não foram consideradas outras possibilidades como a produção de bens físicos: artesanato, vestuário, entre outros. Tampouco foi considerada a realização de trabalho intelectual: produção de textos, obras artísticas, pareceres, estudos e análises, entre outros, na literatura, na arte ou na ciência.

Até no âmbito da agropecuária o trabalho rural pode assumir contornos de remoto”, argumenta Confúcio Moura.

Com a regulamentação proposta, o parlamentar espera “diminuir o trabalho clandestino ou assemelhado à escravidão. Sem desconsiderar que os modos de produção tendem a mudar e o trabalho presencial a diminuir, dadas as inovações tecnológicas e a diminuição do tamanho das máquinas e equipamentos”.

Confúcio Moura reforça, acima de tudo, que há indicadores de que as pessoas estão sofrendo com essas adaptações.

“A residência e o domicílio não são certamente iguais ao ambiente empresarial ou comercial. Em casa, o trabalhador ou a trabalhadora possuem esposa ou marido, crianças, avós, agregados de família, animais domésticos etc.

São muitas demandas para atrapalhar, assim como pode haver um compartilhamento das tarefas, inclusive em relação ao trabalho profissional do empregado ou da empregada. Os conflitos podem aumentar e a produtividade pode ser prejudicada, senão mal avaliada”, reforça o parlamentar.

Proposições legislativas
• PL 612/2021
Fonte: Agência Senado

 

Governo estuda reeditar corte de salários e jornada

Publicado em 2 de março de 2021

Medida foi adotada no ano passado e trouxe alívio de caixa às empresas nos meses mais agudos do distanciamento social.

A volta do Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm), sigla do programa que autorizou empresas a reduzirem temporariamente jornada de trabalho e salários no início da pandemia, já está na mesa do presidente Jair Bolsonaro.

O agravamento da crise sanitária provocada pela pandemia, o atraso da vacinação e a consequente volta de medidas de distanciamento social, que já paralisam a economia em vários Estados e municípios, convenceram o governo de que será necessário reeditar medidas de estímulo à atividade. O objetivo é minorar os efeitos econômicos negativos do “lockdown” e, assim, evitar demissões em massa.

Uma das principais iniciativas postas em prática no início da pandemia, o BEm teria impedido a demissão de 11 milhões de pessoas no ano passado, conforme estimativa da equipe econômica. Segundo apurou o Valor, dada a gravidade das finanças públicas, cogitou-se reeditar a medida sem que o Tesouro precisasse complementar o corte dos salários mais baixos, mas a área econômica já se convenceu de que isso seria de difícil aceitação política.

Outra medida em estudo é o adiamento, por quatro meses, do fim do período de carência nos empréstimos concedidos às micro e pequenas empresas por meio Pronampe. Em tese, os pagamentos daqueles empréstimos começam a ser feitos neste mês. No governo, a expectativa é que as empresas terão dificuldade em honrar a dívida.

Discute-se também um novo diferimento tributário. A medida foi adotada no ano passado e trouxe alívio de caixa às empresas nos meses mais agudos do distanciamento social. Segundo a Receita, cerca de R$ 19 bilhões que deveriam ter sido recolhidos em 2020, referentes a esses adiamentos, ainda não o foram.

Ontem, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde afirmou, em carta aberta, que o Brasil vive “o pior momento” da crise sanitária e defendeu um pacto nacional para evitar o colapso das redes pública e privada de saúde.
Fonte: Valor Econômico

 
 
 


somos afiliados: