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Gestão: Empresa e Sindicato – 34

07 de julho de 2020
Informativo
Gestores analisam habilidades e competências necessárias para o profissional do mundo "pós-coronavírus"

04/07/2020 - 07h00

Cada vez torna-se menos necessária a presença do profissional no ambiente de trabalho.

Um encontro virtual promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Internet (ABII) reuniu gestores de ponta que mostraram como a área de recursos humanos tem de se reinventar a partir da crise sanitária do Covid-19. A coluna resume as falas de cada participante:

Claudio Goldbach, CEO da Térmica Solutions

"Vejo um desafio muito grande na contratação de pessoas neste momento. Porque uma coisa é levar para o home office a pessoa que já tem a cultura da empresa, já está na veia. Imagina uma pessoa começando. Como transmitir cultura pela internet? Como transmitir o jeito de ser, a pegada da companhia? Ainda não consigo ver como transferir por este canal.

A gente precisa das ondas alfa, da conexão humana. Isso não se resolveu; o tele trabalho, em si, não é solução porque a conexão precisa de colisões não planejadas .Uma dica de habilidade que você precisa ter é o inglês. É um ponto importante, ainda desprezado por muita gente".

Celson Pantoja Lima, líder do ensino superior do Senai-SC

"O primeiro desafio da pandemia para o Senai-SC foi a aula remota. Agora, muitos alunos nem querem mais voltar à sala de aula. Uma coisa é certa: a aula remota veio para ficar, e cada vez mais fortalecida. Assim, vamos precisar ter um outro olhar para o ensino superior. Segundo o Fórum Econômico Mundial, até 2030 temos de requalificar 1 bilhão de pessoas no mundo todo. Também em Santa Catarina, claro.

O fato é que temos de levar o nosso profissional para um outro patamar. Algumas inevitáveis que já estão acontecendo, ou vão acontecer: a robotização cada vez mais; o uso de software, de inteligência artificial. . No setor têxtil, o costureiro não será mais necessário, mas o profissional de TI e de design serão fundamentais.Sem pessoas saudáveis nem educadas, e que não estão em empregos significativos, isso é uma perda não só para os indivíduos, mas para a sociedade como um todo".

Daniel Mocczydlower, vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer

"O setor aéreo foi um dos mais impactados pela pandemia. Estamos estudando o que vai ser este novo normal. Há efeitos interessantes. Um deles é o trabalho remoto. Várias atividades podem ser feitas à distância e de forma colaborativa e com produtividade. Outra coisa interessante é como se muda a gestão dos negócios. Os caminhos se encurtam; as burocracias desaparecem.

O grande desafio, hoje, é o profissional ser ambidestro: a gente está competindo com talentos do mundo inteiro, e que precisam ter uma formação técnica muito sólida. Isso não perdeu sua importância, mas hoje se desetaca aquele que tem uma boa visão do todo e entende onde a atividade dele se encaixa. Outra qualidade comportamental é o empreendedorismo. Na vida você não tem o que merece, mas o que você negocia".

Eduan Guérios, diretor comercial da GoEPIK

"Eu trabalhei numa consultoria de recrutamento e seleção, uma das maiores do mundo, britânica. Cheia de processos. Diziam que 80% das pessoas são demitidas pelo comportamento e não por razões técnicas. Saí de lá e fui para a GoEPIK No primeiro dia de trabalho metade dos funcionários estava no Youtube em horário de trabalho. Pensei: como assim? Era uma forma de conhecimento rápido, um contato com alguém que tinha acabado de desenvolver algo novo. Você aprende quando faz as coisas de maneira diferente".

Natanael Kaminski, diretor de Operações da Pollux

"A pandemia nos mostra que estamos montando o nosso time de engenharia com profissionais que não precisam estar exatamente em Joinville. As tecnologias que existem hoje não são as que vão existir daqui a dois anos. Outra coisa: é preciso uma capacidade de realização muito forte. Se você não transformar uma ideia em realidade num espaço muito curto de tempo, aquela janela já passou. As empresas estão buscando elementos da cultura da empresa já no recrutamento. Ter gás e resiliência, por exemplo, é difícil de ensinar.
Fonte: NSC - Loetz
 
 


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