A partir da experiência adquirida em uma fabricante de tubos e conexões, Adelir Alves enxergou a possibilidade de ter o próprio negócio. Na primeira metade dos anos 90, havia uma forte demanda na transformação de termoplásticos e poucas empresas no setor.
Foi nesse cenário que surgiu a Plasticoville, que atualmente fornece peças plásticas para empresas que as utilizam no seu produto final.
São companhias dos segmentos automotivo, náutico, agroindústria, construção civil, eletroeletrônico, eletrodoméstico, medico-hospitalar, motobombas, motocompressores, odontológico, alimentício, embalagens, telecomunicação e refrigeração.
Quatro fatores foram fundamentais para Adelir dar os primeiros passos: o capital para comprar a primeira injetora, o conhecimento do mercado e do processo
de transformação de plásticos e o apoio de seus filhos, Juarez e James, que se tornaram sócios e diretores da Plasticoville. A tradição familiar continua. Outro filho, Johnatas, cuida da gestão ambiental, e o neto Jhuan é analista de manufatura e de custos.
Adelir, que em 1993 era gerente de produção de uma grande empresa do ramo plástico, lembra: “Muitos vinham me pedir para ajudá-los a encontrar um fornecedor para fabricar suas peças plásticas”. Para atendê-los e ciente da carência criou a Plasticoville. O objetivo era de suprir a demanda das empresas que usavam peças plásticas no processo de produção, os fabricantes de produtos finais de diversos ramos da indústria.
O primeiro investimento, em novembro de 1993, foi a compra de uma injetora e seus periféricos. O ritmo do trabalho começou bem acelerado, com a ajuda dos dois filhos “A nossa mesa de refeições passou a ter, também outras utilidades: sala e mesa de reuniões”. Todos faziam um pouco de tudo: produção, compras, vendas, qualidade, administração e financeiro. No terceiro mês, havia serviço para abrir mais um turno. Desde então, a Plasticoville está um processo de expansão em suas atividades.
O que incomodava Adelir, no início de seu empreendimento, era quando um amigo lhe perguntava: “Como está a fabriqueta ? A resposta vinha rápido: “Não é o fato de ser uma pequena empresa que a transforma em fabriqueta”.
O principal argumento que Adelir usava para defender a Plasticoville era a forte preocupação com a qualidade da organização. “É preciso dar respostas às demandas do cliente, não importa o tamanho ou ramo, e dar atenção às obrigações da empresa. Um pequeno negócio pode ser uma grande empresa em conteúdo”.
Segundo ele, a qualidade sempre recebeu atenção especial, Este cuidado foi um dos fatores determi nantes do crescimento e viabilidade da Plasticoville. Atualmente, são mais de 1.000 itens produzidos, pelos processos de injeção, sopro, extrusão, montagem e acabamento superficial, gerando 290 postos de trabalho.
Na estratégia de crescimento, a Plasticoville optou por não ter um produto próprio. “Foi uma condição necessária para ter um único foco: o cliente-empresa. Se tivéssemos uma linha própria viria conflitar na hora de vender, programar, produzir e entregar”.
A empresa atua no desenvolvimento e melhoria de peças técnicas com o objetivo de aperfeiçoar o funcionamento e reduzir custos. O propósito é continuar a ser um excelente transformador e fabricante para atender às exigências dos clientes, a maioria líder mundial em seus segmentos.
“Isto exige a fabricação de peças em plásticos de engenharia, com características aparentes, controles dimensionais e acabamentos especiais”.
Mais carros na rua, mais trabalho na fábrica
A perspectiva de crescimento e desenvolvimento da Plasticoville está atrelada à economia do Brasil. “Se o país estiver com a economia em crescimento, significa mais trabalho nas fábricas, no comércio e na prestação de serviços”, diz Adelir Alves, diretor da Plasticoville.
As expectativas são animadoras para os próximos anos. Elas são alavancadas pelos investimentos que a BMW e a General Motors farão no Norte do Estado.
A primeira vai construir uma fábrica de carros, em Araquari, e a segunda, uma de câmbios e transmissões, ao lado da fábrica de motores localizada na zona
Sul de Joinville. O investimento conjunto pode superar R$ 1,2 bilhão.
“Isto dá prestigio para a indústria da região”, diz o empresário. Para ele, estes novos empreendimentos podem gerar um efeito multiplicador com a atração de mais fábricas, estabelecimentos comerciais e prestadoras de serviços.
“Isto vai se constituir em uma grande oportunidade de crescimento para quem estiver preparado”, enfatiza Adelir Alves.
Fonte: Noticias do dia – Nossas Empresas – Grandes Histórias
Simpesc nas redes sociais