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Empregadores e trabalhadores fecham acordo para novo mínimo de SC

16 de janeiro de 2013
Empregadores e trabalhadores fecham acordo para novo mínimo de SC

Negociações concluídas nesta terça-feira na sede da FIESC elevam as quatro faixas salariais para valores entre R$ 765 e R$ 875, com atualização média de 9,3%

Florianópolis, 15.1.2012 – Entidades representativas dos empregadores e dos trabalhadores de Santa Catarina chegaram a um acordo nesta terça-feira (15), em reunião na sede da Federação das Indústrias (FIESC), sobre os índices de atualização das quatro faixas do mínimo regional do Estado.

Os percentuais ficaram entre 9,28% e 9,37%, elevando os valores a serem praticados neste ano para R$ 765 (1ª faixa), R$ 793 (2ª faixa), R$ 835 (3ª faixa) e R$ 875 (4ª faixa). Veja abaixo as categorias enquadradas em cada faixa.

Os resultados da negociação serão encaminhados ao governador Raimundo Colombo, para que seja enviado à Assembleia Legislativa o projeto de lei relativo à atualização, que já é válida para o salário a ser pago no mês de janeiro.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, disse que o acordo mostra o amadurecimento nas relações entre as partes. “As negociações se iniciaram no ano passado e a boa conclusão delas é mais um passo no sentido da parceria entre empregadores e trabalhadores. Nossa preocupação agora é a empregabilidade e temos que fazer um grande esforço para que em 2013 possamos seguir gerando empregos”, afirmou.

O coordenador sindical do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), Ivo Castanheira, considera que a negociação é um dos momentos mais importantes do movimento sindical, tanto para trabalhadores, quanto para empresários.

Ele destacou como diferencial o fato de que, ao contrário do que o ocorre em outros estados que possuem o mínimo regional, em Santa Catarina as negociações são conduzidas diretamente entre trabalhadores e empregadores. “Estamos substituindo o governo e fazemos isso muito bem”, disse.

Pelo lado dos empregadores participaram, além da FIESC, as Federações do Comércio (Fecomércio), da Agricultura (FAESC), dos Transportes (Fetrancesc) e do Sindicato das Indústrias de Fiação, Tecelagem e do Vestuário de Blumenau (Sintex). Representaram os trabalhadores a Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT-SC), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), o Dieese, além das Federações dos Trabalhadores da Indústria de Santa Catarina (Fetiesc), das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santa Catarina (Feticom), dos Estabelecimentos de Ensino (Feteesc), das Indústrias de Carnes, Alimentação e Afins (Fetiaesc), nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material (Fetimmmesc), do Comércio (Fecesc) e dos Trabalhadores na Agricultura (Fetaesc).

Veja as faixas salariais

Primeira faixa:
– agricultura e pecuária;
– indústrias extrativas e beneficiamento;
– empresas de pesca e aquicultura;
– empregados domésticos;
– indústrias da construção civil;
– indústrias de instrumentos musicais e brinquedos;
– estabelecimentos hípicos; e
– empregados motociclistas, motoboys, e do transporte em geral, excetuando-se os motoristas.

Segunda faixa:
– indústrias do vestuário e calçado;
– indústrias de fiação e tecelagem;
– indústrias de artefatos de couro;
– indústrias do papel, papelão e cortiça;
– empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas e empregados em bancas, vendedores ambulantes de jornais e revistas;
– empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas;
– empregados em estabelecimentos de serviços de saúde;
– empregados em empresas de comunicações e telemarketing; e
– indústrias do mobiliário.

Terceira faixa:
– indústrias químicas e farmacêuticas;
– indústrias cinematográficas;
– indústrias da alimentação;
– empregados no comércio em geral; e
– empregados de agentes autônomos do comércio.

Quarta faixa:
– indústrias metalúrgicas, mecânicas e de material elétrico;
– indústrias gráficas;
– indústrias de vidros, cristais, espelhos, cerâmica de louça e porcelana;
– indústrias de artefatos de borracha;
– empresas de seguros privados e capitalização e de agentes autônomos de seguros privados e de crédito;
– edifícios e condomínios residenciais, comerciais e similares, em turismo e hospitalidade;
– indústrias de joalheria e lapidação de pedras preciosas;
– auxiliares em administração escolar (empregados de estabelecimentos de ensino);
– empregados em estabelecimento de cultura;
– empregados em processamento de dados; e
– empregados motoristas do transporte em geral.

Fonte: FIESC

 
 


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