Por meio do Movimento A Indústria pela Educação, lançado na sexta-feira (28), o Sistema Federação das Indústrias (Sistema FIESC) planeja qualificar 795 mil trabalhadores industriais até 2014.
A cerimônia de lançamento, realizada em Florianópolis, teve a presença do governador Raimundo Colombo e de lideranças do Fórum Estratégico da Indústria Catarinense que assinaram o documento de adesão ao Movimento e firmaram o compromisso de se engajar na iniciativa.
O presidente do Sistema FIESC, Glauco José Côrte, afirmou que a educação é a saída para auxiliar a indústria a ser mais competitiva. “Temos certeza que vamos contar com o apoio e a adesão firme do setor industrial para melhorarmos a competitividade do setor”, disse, destacando que apenas 7% dos jovens entre 15 e 19 anos frequentam cursos de educação profissional.
“Vamos oferecer quase 200 modalidades de cursos e assumo o compromisso de estruturar as capacitações que a indústria precisar, caso não as tenhamos. Precisamos encher as salas de aula. Necessitamos que a indústria nos ajude a incentivar os jovens e os coloquem à disposição para estudar. Nós vamos qualificá-los”, reafirmou ele, lembrando que um trabalhador americano é cinco vezes mais produtivo que um brasileiro.
“Vamos vencer essa barreira para sermos mais competitivos, mas não como um fim em si mesmo, e sim para investirmos mais, para pagarmos melhores salários e para abrirmos mais vagas. Lutamos e trabalhamos para formar um bom profissional e um bom cidadão, comprometido com o desenvolvimento e com a sociedade catarinense”, salientou Côrte.
O Movimento tem dois pilares: investir na ampliação da oferta de programas de educação e incentivar empresas de Santa Catarina a destinar maior atenção a ações voltadas para a área. A intenção é mostrar os ganhos de competitividade que podem ser obtidos a partir da melhoria dos níveis de formação.
“A educação é o grande desafio da sociedade. Estamos em sintonia com o Movimento que a FIESC faz e temos o maior reconhecimento. A ação da Federação é um reforço grande à abertura de novos caminhos. Essa parceria nos agrada. Me animo quando vejo esse debate.
O Movimento ajuda muito o governo e o Estado de Santa Catarina a fazer as transformações necessárias. Qualifica o debate”, declarou o governador Raimundo Colombo.
Segundo pesquisa realizada em 2011 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o problema da falta de trabalhadores qualificados – seja por educação básica ou por formação profissional – afeta 69% das empresas do país.
Além de gerar dificuldades de contratação, essa questão também afeta a capacidade das empresas brasileiras de enfrentar seus concorrentes internacionais. Segundo estudo realizado pela consultoria John Snow Brasil, é de 54% a diferença de produtividade entre os trabalhadores que possuem dois anos de escolaridade e os de cinco anos.
Para contribuir com a melhoria do quadro educacional do Estado, SESI, SENAI e IEL – entidades integrantes do Sistema FIESC – pretendem ampliar a oferta de serviços nas área. A previsão é de registrar 795 mil matrículas entre 2012 e 2014, relacionadas principalmente à formação básica, continuada e técnica dos trabalhadores da indústria. Serão investidos R$ 330 milhões no período.
Além das ações do Sistema FIESC, todas as indústrias do Estado também serão estimuladas a fazerem sua parte. Elas serão convidadas a se tornarem signatárias do Movimento e apoiarem ações de educação relacionadas a seus trabalhadores.
As indústrias poderão contribuir, por exemplo, oferecendo infraestrutura necessária para a realização de formação dentro da empresa, promovendo o acesso a cursos e premiando os trabalhadores que continuam seus estudos, entre outras ações.
No lançamento, o Movimento já teve a adesão de 41 empresas. Entre as quais Karsten, Buddemeyer, Marisol, Portobello e Battistella, Inplac, Ciser.
Conheça o movimento no endereço www.fiescnet.com.br/aindustriapelaeducacao
Fonte: Sistema Fiesc
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