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Gestão: Pessoas e Trabalho – 154

11 de outubro de 2024
Informativo
Maior entrave para a inovação acontecer está na gestão de pessoas

Publicado em 10 de outubro de 2024

Investir apenas em tecnologia não garante às companhias os avanços que surgem com novas ideias e iniciativas dos funcionários.

Contar com um orçamento folgado e acesso às novas tecnologias não é suficiente para acelerar a inovação nas corporações. Entre as empresas que enfrentam dificuldades para deslanchar rotinas inovadoras, mais da metade aponta que os maiores obstáculos para alavancar a área estão ligados à gestão de pessoal e o apoio das chefias.

É o que indica pesquisa realizada pela Panorama, uma comunidade global que reúne 18 consultorias especializadas em seleção de executivos e de serviços para conselhos.

De acordo com o levantamento, concluído em setembro com 150 CEOs de multinacionais de 16 países, inclusive o Brasil, 62% acreditam que a inovação é fundamental para a estratégia organizacional, mas 48% encontram travas para colocá-la em prática.

Dentro dessa parcela, 15% percebem a resistência dos funcionários à inovação, 11% citam a falta de adesão das lideranças e apenas 7% sinalizam desafios tecnológicos.

“Os números reforçam que inovação está relacionada ao comportamento das equipes, não à tecnologia. Ela precisa sair das salas de reuniões e atingir toda a empresa”, diz Thais Pegoraro, sócia da consultoria EXEC, de seleção de executivos, e membro da Panorama. “O time operacional deve focar na execução e entrega de metas, enquanto os líderes precisam se concentrar na adaptação do modelo de negócio, a fim de garantir que mudanças sejam normalizadas.”

Para a especialista, a chave de uma cultura de inovação forte está na transformação da mentalidade dos funcionários. “A inovação só começa quando as pessoas agem de forma diferente”, destaca Pegoraro. Pequenas modificações em processos de trabalho e na atitude dos gestores são necessárias para que a inovação “floresça” no ambiente corporativo, continua. “Um exemplo é criar fóruns sobre ‘falhas’ e objetivos para que os times funcionem como ‘squads’ multidisciplinares, estimulando a experimentação com rotinas ágeis de produção.”

“O líder deve ter uma visão de inovação adequada ao negócio e saber influenciar pessoas”

A alta administração é essencial no arranque da inovação, assinala. “Mas o líder precisa ser capaz de conduzir essa transição”, afirma. “Deve ter uma visão de inovação adequada ao negócio e saber influenciar pessoas.”

Identificar métricas de incremento de projetos e negociar com os stakeholders uma autonomia de orçamento, com recursos dedicados ao RH e à área de tecnologia, também são diretrizes que não podem sair da agenda das chefias da área, acrescenta Pegoraro.

É o que faz Rodrigo Demarch, diretor-executivo de inovação do Hospital Israelita Albert Einstein, complexo de saúde que conquistou a primeira colocação no ranking “Valor Inovação Brasil 2024”, principal premiação no campo de pesquisa, desenvolvimento e inovação do país, realizada pelo Valor, em parceria com a Strategy&, da consultoria PwC.

“Minha principal responsabilidade é desenvolver uma estratégia de inovação”, diz. “Esse papel considera a área como uma unidade de serviço, facilitando a conexão com outros departamentos e líderes. Uma parte significativa do trabalho é engajar as equipes em projetos e identificar como a inovação pode agregar valor a eles.”

A agenda de Demarch, que se reporta diretamente ao CEO do Einstein, envolve o relacionamento com atores da indústria, busca de parcerias e alianças com startups. Ele também dá mentoria para empreendedores e supervisiona ações de corporate venture capital (CVC) e de validação de tecnologias.

Para dar conta da diversidade de tarefas, a aposta foi investir em pessoal. O braço de pesquisa e inovação do Einstein conta com 458 profissionais, distribuídos em setores como pesquisa (235 pessoas), big data (112) e inovação (111). Este ano, foram contratados dois executivos para coordenar projetos de gerência médica e venture building (criação de startups).

“Temos vagas abertas em São Paulo, Goiânia e no centro de inovação em Manaus, inaugurado no primeiro semestre”, diz o diretor. “De maneira geral, procuramos técnicos, entre mestres e doutores, em nichos como biotecnologia, digital e ciência de dados, com conhecimento em empreendedorismo”. Dos 111 profissionais dedicados à inovação na equipe, 14 têm doutorado e sete concluíram mestrados.

Na PepsiCo, empresa global de alimentos e bebidas, um dos segredos para gerar novas ideias é alinhar expectativas sobre o tema com gestores de todos os departamentos. “A conexão com a alta liderança é fundamental, mas para que a inovação aconteça, precisamos estar em contato com diversas frentes da organização”, explica Carolina Sevciuc, diretora sênior de estratégia e transformação da PepsiCo no Brasil, responsável pela inovação na companhia.

“Junto às divisões de pesquisa e desenvolvimento, vendas e marketing, por exemplo, essa troca resulta em ganho de agilidade no desenvolvimento de produtos, digitalização da força de vendas e trocas com startups.”

Segundo a executiva, um dos primeiros passos na jornada de inovação do grupo foi colocar os funcionários “a bordo, para que se sentissem parte da solução”. “Oferecemos um programa chamado ‘We digital’, com recursos educacionais de progressão de carreira, com assuntos como liderança, gerenciamento e novas habilidades”, relata.

A equipe de inovação da PepsiCo no Brasil conta com mais de 150 integrantes, sendo 7,6% do total com mestrado e 1,3% com doutorado no currículo. Doze funcionários foram contratados em 2023 e 16 em 2024. Há três posições em aberto. “O mais importante é se cercar de pessoas curiosas, com pensamentos divergentes”, ensina. “É o que chamo de ‘desconforto’ positivo.”

Sevciuc sugere que as lideranças recorram à empatia e escuta ativa com o intuito de manter os funcionários afinados com os planos da área. “[É essencial] construir um ambiente de trabalho com equipes motivadas e estar aberto a rever conceitos”, diz. “Para que isso aconteça, a diversidade é crucial, pois nos mostra pontos de vista que, por conta de vieses, muitas vezes não enxergamos.”
Fonte: Valor Econômico

 

6 estratégias para manter a produtividade no home office

Publicado em 10 de outubro de 2024

O home office, que já vinha ganhando popularidade, tornou-se uma realidade permanente para muitas empresas após a pandemia de COVID-19. Esse modelo oferece flexibilidade, eliminando o tempo de deslocamento e proporcionando maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

No entanto, por estarem em casa, muitas pessoas têm dificuldade em manter a produtividade durante a jornada de trabalho. Pensando nisso, separamos algumas dicas para contornar essa situação. Confira a seguir!

1 - Estabeleça uma rotina clara 

Manter horários fixos para começar e encerrar o expediente é essencial quando se almeja criar uma sensação de normalidade. Ao seguir uma agenda organizada, se torna mais fácil equilibrar tarefas profissionais e pessoais, garantindo que as demandas sejam cumpridas com eficiência.

2 - Crie um espaço dedicado ao trabalho 

Trabalhar em locais improvisados, como o sofá ou a cama, pode prejudicar a concentração. Estabelecer um espaço exclusivo para o trabalho ajuda o cérebro a diferenciar as tarefas profissionais das pessoais. Um bom ambiente para as atividades corporativas é o escritório.

Nesse cenário, cuidado com o ambiente é preciso. “Muito mais do que mesa, cadeira e computador, o escritório é um cantinho que merece muita atenção. Afinal, passamos boa parte do nosso dia ali”, lembra a arquiteta Carina Dal Fabbro.

3 - Defina metas diárias 

Definir metas claras para cada dia é uma maneira eficaz de manter o foco e evitar distrações. “Metas são objetivos específicos de algo que queremos alcançar. Da vida pessoal à profissional, as metas ajudam pessoas a chegar ao que elas desejam. Para ter menos ansiedade, a palavra-chave é planejamento”, explica a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC-SP.

4 - Limite as distrações 

Trabalhar em casa pode trazer muitas distrações, a exemplo da TV, das redes sociais e das interrupções familiares. Para evitar esses desvios, é importante estabelecer limites, como usar ferramentas para bloquear sites que roubam atenção e comunicar a família sobre os momentos em que você não pode ser interrompido.

5 - Faça pausas regulares 

Trabalhar longas horas sem pausas pode reduzir sua produtividade e aumentar o cansaço. Adotar a técnica Pomodoro, que sugere intervalos a cada 25 minutos de trabalho, é uma forma eficaz de manter o ritmo. Essas pausas rápidas ajudam a descansar a mente e aumentam a capacidade de concentração ao longo do dia.

6 - Utilize ferramentas de gestão de tempo e organização 

A tecnologia pode ser uma grande aliada na organização do trabalho remoto. De acordo com Guilherme Mendonça de Moraes, mestre em Computação Aplicada e especialista em Engenharia de Sistemas, têm surgido cada vez mais “ferramentas capazes de auxiliar o ser humano em suas tarefas diárias, como é o caso dos aplicativos de organização pessoal”.

Dois grandes exemplos dessas ferramentas são o Trello e o Asana. Eles ajudam a planejar e acompanhar o progresso de projetos, além de facilitarem a priorização das atividades. Com isso, é possível garantir o controle sobre os prazos e entregas.
Fonte: Gaúcha GZH
 
 


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