Luiz Marinho aponta a informalidade e a baixa remuneração como desafios do trabalho contemporâneo
Publicado em 27 de agosto de 2024
No Rio de Janeiro, ministro participou do Seminário Internacional de Desenvolvimento e Mundo do Trabalho, na sede do BNDES, ressaltando o crescimento do emprego no país.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou nesta terça-feira (26) na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no Rio de Janeiro, da abertura do Seminário Internacional de Desenvolvimento e Mundo do Trabalho: desafios para as Políticas Públicas e Negociações Coletivas.
Ao lado do presidente do BNDES, Aloísio Mercadante, o ministro destacou o crescimento do emprego no país, ressaltando os desafios contemporâneos do trabalho, como a informalidade e a baixa remuneração.
Nesta quarta-feira (28) o ministro anuncia em Brasília os números do emprego do Caged relativo ao mês de julho e adiantou que os dados “serão positivos para o país”.
O evento, que contou com a participação de especialistas do Brasil e de várias instituições internacionais e abordou os desafios e as oportunidades para o desenvolvimento e o trabalho no Brasil, foi organizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), centrais sindicais (CUT, UGT, FS, CTB, NSCT, CSB) e a Fundação Friedrich Ebert (FES).
O ministro ressaltou em sua fala aos participantes da importância dos investimentos públicos para a reindustrialização do país, que impactam diretamente na qualidade do emprego e na melhoria dos salários.
Luiz Marinho defendeu o papel essencial dos bancos públicos e das estatais, como a Petrobrás, Banco do Brasil e Caixa Econômica, que segundo destacou, são indutores de inovação e impulsionadores da indústria nacional, chamando atenção para os desafios contemporâneos do trabalho, como a informalidade e a baixa remuneração, além da necessidade de uma compreensão aprofundada dos movimentos atuais, propondo estratégias inovadoras para enfrentar as transformações aceleradas que impactam o mundo do trabalho.
Ele enfatizou também a importância de fortalecer a negociação coletiva e a representatividade sindical, além de promover políticas públicas de emprego, trabalho e renda adaptadas às novas realidades, acentuando a necessidade de um debate no Congresso sobre a reorganização das finanças sindicais para garantir o direito legítimo de contribuição para fortalecer o movimento sindical no Brasil.
“Queria chamar mais uma vez atenção de todo movimento sindical sobre a inclusão nas negociações de debates sobre aumento real de salário, em especial nos pisos salariais de cada categoria”, ressaltou Marinho.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou o papel crucial dos bancos públicos na transição energética e na descarbonização da economia, frisando sobre a necessidade urgente de intervenção estatal para enfrentar crises climáticas e desastres naturais, como os incêndios em São Paulo e as enchentes no Rio Grande do Sul.
Mercadante defendeu empresas públicas, como a Petrobras, contra pressões por privatizações, destacando seu papel central na economia brasileira e criticando “a visão simplista de que privatização é sinônimo de eficiência”.
No campo da tecnologia, Mercadante alertou para a necessidade de o Brasil desenvolver supercomputadores e capacitar-se na criação de modelos de linguagem (LLM) para inteligência artificial, enfatizando a importância de garantir a presença da cultura e economia brasileira no processamento de informações da IA, evitando uma “neocolonização digital”.
Christoph Heuser, representante da Fundação Friedrich Ebert no Brasil, destacou a importância de discutir a relação entre trabalho, mudanças no trabalho e democracia. “Esse seminário é de enorme importância, pois as transições profundas no trabalho têm um impacto significativo nas nossas vidas, especialmente na flexibilização das relações laborais, que frequentemente agrava a situação dos mais vulneráveis. Esses desafios não afetam apenas o trabalho individualmente, mas a sociedade como um todo, facilitando a atuação de atores externos”, afirmou.
Ele ressaltou a responsabilidade dos países desenvolvidos, especialmente na Europa, de combater as desigualdades e promover uma transição justa e sustentável, reforçando a cooperação internacional através do diálogo.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
TRT-RS lança cartilha sobre assédio eleitoral nas relações de trabalho
Publicado em 27 de agosto de 2024
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) lançou uma Cartilha sobre assédio eleitoral nas relações de trabalho.
A publicação explica, com exemplos práticos, o que é assédio eleitoral e como denunciar. Ela está disponível no menu Serviços/Informes do site. Para acesso direto,
clique aqui.
Assédio eleitoral é qualquer ato abusivo que submeta o trabalhador ou trabalhadora a constrangimentos, humilhações, intimidação, ameaças ou coação, com a finalidade de interferir na sua orientação ou escolha política ou eleitoral.
No Brasil, na eleição de 2022, foram 3.568 denúncias registradas pelo Ministério Público do Trabalho, contra 219 da eleição de 2018.
Se você quer denunciar um caso, utilize
este formulário.
Fonte: Tribunal Regional do Trabalho 4ª Região
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