1.  
  2.  
  3.  
  4.  
  5.  
  6.  
  7.  
  8.  
  9.  
  10.  
  11.  
  12.  
  13.  
  14.  
  15.  
  16.  
  17.  
  18.  
  19.  
  20.  

Gestão: Segurança e Saúde no Trabalho – 33

22 de setembro de 2023
Informativo
Como lidar com questões de saúde mental e o suicídio

Publicado em 21 de setembro de 2023

Live do Valor discute o tema do luto e das perdas durante o Setembro Amarelo.

Neste Setembro Amarelo, mês dedicado à ampliação da conscientização sobre o suicídio, o documentário “Para os que ficam”, dirigido pela cineasta Susanna Lira, está disponível para todos, inclusive não assinantes, na Globoplay, gratuitamente.

O filme é baseado em um artigo escrito pela jornalista Marcia Disitzer na revista “Ela”, de “O Globo”, em 2019.

Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link https://valor.globo.com/carreira/noticia/2023/09/21/como-lidar-com-questoes-de-saude-mental-e-o-suicidio.ghtml  ou as ferramentas oferecidas na página.

Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.

Disitzer perdeu pai e mãe por suicídio. Expor a sua história, primeiro no artigo e depois no documentário, exigiu ultrapassar uma barreira interna, o que ela conta ter sido uma libertação. “As pessoas falavam que eu era corajosa de falar sobre isso, eu agradeço, mas mais que coragem, é uma urgência. Quando aconteceu comigo era uma exceção, e agora toda hora a gente ouve [sobre suicídio], é muito grave”, disse na Live do Valor “Saúde mental: Como lidar com as perdas e o luto”, mediada pela editora de carreira do jornal, Stela Campos.

Dados da Organização Mundial da Saúde de 2019 mostram que acontecem 700 mil suicídios por ano no mundo.

No Brasil são 14 mil casos anuais, 38 por dia. Entre os jovens a situação é mais preocupante, pois houve um aumento de vítimas fatais de 49,3% entre os adolescentes de 15 a 19 anos, de 2016 a 2021, e de 45% entre os ainda mais jovens, de 10 a 14 anos de idade.

Na América Latina, mais de 10 adolescentes por dia tiram as próprias vidas, segundo o Unicef. “É um assunto urgente e importante”, frisou Campos.

Lira, a diretora do documentário, também viu o impacto do suicídio de perto, já que a irmã do pai da sua filha tirou a própria vida aos 24 anos, durante uma depressão pós-parto. “Eu vi o quanto a família foi afetada”, comentou.

Então, quando Disitzer propôs fazer o documentário, ela percebeu o quão urgente era abordar o assunto. “Primeiro porque é um tabu. A gente precisa parar de ter medo e aprender a lidar com ele. É pesado, é difícil, estamos falando sobre algo que não queríamos estar falando, mas ele está presente. Cada vez que a gente silencia esse assunto, a gente prorroga uma necessidade de prevenir e de tratar pessoas que já passaram por isso.”

Diante dessa urgência, e tracionado pela pandemia, os temas do suicídio e da saúde mental vêm ganhando mais espaço de conversa em empresas e escolas. Mariana Clark, psicóloga e especialista em saúde mental, perdas e luto, comenta que o ser humano vive de 15 a 20 situações de sofrimento existencial e dor ao longo de sua existência, e questiona o que estamos fazendo com essas dores nos contextos sociais.

“Não é a dor que nos adoece, mas a falta de espaço de expressão para podermos ventilar essas dores”, afirma.

Para Clark, quando se abre espaço social para isso, consegue-se levar mais conforto dentro do desconforto para as pessoas que passam por situações difíceis, e diminuir a pressão.

Lira lembra que estamos em um sistema de trabalho que cobra muito dos profissionais, e esses, por sua vez, também se cobram muito, se comparam, lidando com metas sobre-humanas. O estresse e a ansiedade, além de outros fatores, ela diz, têm muito a ver com essa realidade de aumento dos casos de suicídio.

“Era importante trazer isso para o filme para as pessoas se observarem em relação a isso, e orientar sobre como pedir ajuda”, afirma. Nesse sentido, a psicóloga Karina Fukumitsu, uma das entrevistadas no documentário, é quem traz orientações para o público que está vivendo situações como as retratadas no filme.

Fukumitsu coordena a pós-graduação em suicidologia da Escola Brasileira de Acolhimento do Sofrimento Existencial (Ebrase) da Faculdade Phorte.

Lira defende que a sociedade cobre das empresas esse cuidado com quem lida com um suicídio na família e para quem está vivendo dentro da “panela de pressão”, e caminhando para, talvez, uma tentativa de tirar a própria vida.

“Ao levar conhecimento sobre saúde mental [para as organizações], quais são os riscos, as formas de prevenção, a gente consegue, de alguma forma, aliviar esses ambientes que sempre ofereceram mais sofrimento do que acolhimento, porque sempre tiveram na pauta a meritocracia, a potência, o desempenho, a produtividade”, afirma Clark.

“Ainda tem muito estigma. A gente pode chegar com a perna quebrada, mas não pode chegar dizendo que tem um sofrimento agudo e que precisa de ajuda”. A live está disponível na íntegra do canal do Valor no YouTube.
Fonte: Valor Econômico

 

Doença profissional

Publicado em 21 de setembro de 2023

Doenças profissionais só podem ser reconhecidas se houver nexo causal ou concausal entre os males e as atividades desempenhadas pelo trabalhador.

Com essa fundamentação, a 18ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP) confirmou sentença que reconheceu a inexistência desse tipo de enfermidade em uma aeronauta que atuava pela companhia aérea GOL.

De acordo com as provas periciais, a empregada teve doença da voz, adquirida durante um afastamento médico por dengue e cefaleia, e um quadro psiquiátrico de ansiedade e depressão, resultado de motivos pessoais, incluindo o desemprego do marido.

“Sendo assim, não há que se falar em doenças profissionais e, consequentemente, em indenizações por danos materiais e morais”, afirmou o juiz-relator Edilson Soares de Lima.

No recurso, a mulher alegou cerceamento de prova, pois teria sido impedida de ouvir uma testemunha. Mas o magistrado pontuou que o reconhecimento ou não de doença profissional só poderia ser elucidada por perito médico (com informações do TRT-SP).
Fonte: Valor Econômico
 
 


somos afiliados: