Catarinense de Joinville, 46 anos, com formação acadêmica em Economia, Fernando Pedro de Oliveira, atualmente é Diretor Executivo da Krona, uma das principais indústrias do setor plástico do Brasil e assume o desafio de comandar o SIMPESC (Sindicato das Indústrias de Material Plástico do Estado de Santa Catarina em mandato de três anos.
Ele vai substituir Albano Schmidt, da Termotécnica, que em 18 anos conduziu essa importante entidade setorial com eficiência, contribuindo para colocar Santa Catarina em posição destacada no Brasil e América do Sul.
Com 20 anos de Krona e com perfil atualizado nas mídias sociais – Fernando Oliveira – Presidente – SIMPESC | LinkedIn -, passou por diversos cargos na empresa, anteriormente foi Diretor Administrativo Financeiro. Suas principais contribuições ao longo do período foram projetos de expansão industrial, construção de novas fábricas, implantação de governança corporativa, gestão participativa e sistemas de gestão por competências. Também liderou projetos de captação de recursos financeiros e tecnológicos, contribuindo para o crescimento da empresa.
Tem especializações nacionais e internacionais em áreas como administração, negócios, inovação e liderança, com cursos AMP (Advanced Management Program) – IESE Business School, Liderança de Alto Impacto – ISE Escola de Negócios, entre outros. Com seu histórico bem sucedido, leva suas realizações para o setor classista com a certeza de poder “dar continuidade ao trabalho e trazer novas ideias e desenvolver novos projetos junto com a diretoria e com os associados”. Confira mais sobre seus planos na entrevista exclusiva para a Plástico Sul.
Revista Plástico Sul – Santa Catarina tem cinco sindicatos do segmento plástico. Qual a abrangência do SIMPESC e quantos associados possui atualmente?
Fernando Pedro de Oliveira – O SIMPESC era o único sindicato do setor plástico em Santa Catarina e, atendendo as necessidades de entidades estarem mais próximas de seus associados, aceitou ceder algumas bases para representação de outros sindicatos empresariais. Atualmente o SIMPESC representa empresas das regiões Norte, Nordeste e Planalto de Santa Catarina e conta com 76 empresas associadas.
PS – Qual a capacidade produtiva total (toneladas) de plástico de Santa Catarina (números de 2022? Há perspectiva de crescimento em 2023?
FO – Todas as informações sobre capacidade produtiva e informações sobre o setor podem ser consultadas no Observatório da FIESC – Federação das Indústrias no Estado de Santa Catarina através de consulta no site https://observatorio.fiesc.com.br/ ou consultando pelo e-mail observatorio@fiesc.com.br
Para análise de informações considerar sempre a condição de 5 sindicatos representando o setor em Santa Catarina.
PS – Quais os principais desafios que o setor plástico catarinense enfrenta na atualidade? Tributação, logística, matéria-prima, mão-de-obra qualificada?
FO – As questões sobre a tributação e matérias-primas são sempre uma preocupação e o setor acompanha as alterações e proposições através da Abiplast onde participa como associado.
O SIMPESC atua em um grupo da vice-presidência da Fiesc no sentido de interferir e/ou orientar sobre a convergência e divergência de proposições legislativas.
Sobre a questão logística participa das discussões na Câmara específica na Fiesc. Com relação à mão de obra qualificada, o SIMPESC desenvolve um projeto de Capacitação e Qualificação de Técnicos em Plásticos juntamente com o sindicato dos trabalhadores em Joinville com a participação do Senai.
PS – Quais os planos, projetos do SIMPESC para esta gestão?
FO – Para a questão sobre projetos a serem apresentados, o SIMPESC pretende desenvolver lideranças para as empresas que não têm acesso aos treinamentos devidos a altos custos para a sua realização.
Importante ressaltar também que o SIMPESC destaca em seu site o seu Planejamento Estratégico para o período 2023 / 2026 bem como as realizações dos anos anteriores com prestação de contas. Link: https://www.simpesc.org.br/institucional/prestacao-de-contas/
PS – Santa Catarina destaca-se também por investir muito no segmento de reciclagem. Existe algum projeto para incentivar e dinamizar mais esse setor?
FO – Com certeza a participação do SIMPESC é bem ativa na questão do meio ambiente e sustentabilidade. Junto à Abiplast existe a Cnrplas – Câmara Nacional dos Recicladores de Materiais Plásticos, assim como na Fiesc exista Câmara de Meio Ambiente e Sustentabilidade bem como Comitê de Política Reversa onde há uma atuação muito forte do vice-presidente Albano com ações muito ativas das empresas representadas.
Como forma prática o SIMPESC patrocina o Projeto Isopor Amigo que trabalha no sentido de conscientizar sobre a reutilização e reciclagem do isopor.
PS – O SIMPESC sempre teve um ótimo relacionamento e parceria com entidades de ensino como Senai, Sociesc, Udesc etc. Existem planos de agregar novos parceiros?
FO – O SIMPESC está aberto para acolher e trabalhar juntos em projetos que agreguem valor para a indústria do setor plástico, todo o projeto que possa agregar conhecimento e valorizar nossa indústria o SIMPESC estará junto.
PS – O SIMPESC promove em Joinville a Interplast, a segunda maior feira do setor plástico da América do Sul. Alguma novidade para a próxima edição junto com a Messe Brasil?
FO – A toda edição da Interplast o SIMPESC, como realizador do projeto, aumenta o número de associadas participando como expositoras em estande coletivo promovendo e divulgando os produtos dando visibilidade às empresas. Para 2024 já estamos preparando novidades. A cada edição aumenta o número de expositoras e de visitantes.
Sobre a Interplast entendo que será importante destacar alguns números da Messe Brasil, nosso parceiro desde 2000: Expectativa de público: 30 mil profissionais nos quatro dias, entre visitantes, expositores , congressistas e participantes da rodada de negócio do plástico. Maioria do estado de SC, seguido por PR e SP. SC é o maior emissor de visitantes porque representa elevado índice de transformação de plástico no Brasil ( construção civil, reciclados, embalagens e plástico de engenharia).
PS – A Interplast já ultrapassou as fronteiras regionais. Existe uma previsão de expositores, procedências de visitantes e negócios?
FO – Há uma expectativa de reunir 400 marcas expositoras, recebendo visitantes de 600 cidades, 24 estados e 17 países, que buscam na Interplast soluções em matérias-primas, máquinas e equipamentos para o setor.
Estimativa de negócios em 12 meses pós-feira de R$ 400 milhões. Para 2024 trabalharemos os eventos paralelos, tais como congresso, prêmios, workshops , rodada de negócios além da economia circular. Buscaremos temas que tragam competitividade à indústria. atraindo um publico mais qualificado em busca de novidades.
PS – Como é a relação com a Fiesc e com o Governo do Estado de SC?
FO – A relação com a Fiesc é longa e duradoura e temos grandes oportunidades de aumentar ainda mais, pois a Fiesc vem se atualizando e lançando novos projetos como a Escola de Negócios que visa promover o desenvolvimento dos gestores das indústrias.
Este ano o SIMPESC será destacado pelo 50° ano de filiação à FIESC no evento Ordem do Mérito Industrial e Sindical 2023, que será realizado no dia 19 de maio, na sede da FIESC, ocasião na qual será agraciado com a Ordem do Mérito Sindical.
Com o Governo do Estado temos uma relação institucional através da Fiesc.
PS – Qual a responsabilidade de suceder a Albano Schmidt, que comandou o SIMPESC por 18 anos e contribuiu para consolidar o setor plástico de Santa Catarina como um dos mais produtivos do Brasil?
FO – O convite para suceder ao Albano veio há algum tempo e juntos amadurecemos a ideia, a transição está sendo feita com muita tranquilidade, pois o Albano durante estes 18 anos consolidou o SIMPESC como uma instituição forte no setor que tem muita relevância para a economia e para a sociedade.
Quero dar continuidade ao trabalho e trazer novas ideias e desenvolver novos projetos junto com a diretoria e com os associados.
Fonte: Revista Plástico Sul
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