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Gestão: Marketing e Logística – 2

29 de novembro de 2022
Informativo
4 novas modalidades de vendas com a Indústria 4.0

De acordo com Frank Piller, expert internacional em inovação aberta e customização em massa, a Indústria 4.0 é frequentemente discutida a partir de uma perspectiva tecnológica de aprendizado de máquina, algoritmos, sensores inteligentes, captura de dados, digital twin, sistemas ciberfísicos, realidade aumentada dentre outros.

Podemos observar que os esforços destinados à automação, na maioria dos casos continuam tendo como foco principal o "bottom line", ou seja, a redução de custos através de melhorias de eficiência operacional.

Contudo, outro grande foco da Indústria 4.0, ainda menos explorado pela maioria das empresas industriais tradicionais, é o foco no "top line" ou seja, nas vendas. Neste caso, através da evolução do modelo de negócio baseado nas oportunidades resultantes das novas tecnologias e do processo de transformação na Indústria 4.0.

As Start-ups e as empresas "nativas digitais" estão transformando as regras do jogo na forma como geram receitas e entregam valor ao cliente, dando especial relevância à utilização de novas tecnologias e à exploração de dados como um ativo da empresa.

Se nos concentrarmos no âmbito industrial, podemos concluir que uma série de modalidades de vendas estão sendo desenvolvidos com base nesta recente tendência. A diferença entre os novos modelos de vendas baseia principalmente no impulsionador que gera a mudança.

Podemos distinguir aqui 4 impulsionadores principais: clientes-alvo, proposta de valor, cadeia de valor e como capturamos o valor.

Novas modalidades de vendas da Indústria 4.0

Não são apenas a tecnologia e os processos que a Indústria 4.0 está transformando, mas todos os aspectos de uma empresa, incluindo sua área de vendas. Aqui vamos abordar 4 grandes tendências de vendas advindas com a Quarta Revolução:

• Integração;
• Servitização;
• Consultorias Digitais;
• Plataformas digitais e SaaS.

A Integração tem como principal objetivo impulsionador a transformação da cadeia de valor. Um exemplo disto, é a integração dos clientes no processo de desenho, com o objetivo de fazer uma transição de produção em massa para personalização em massa.

Os clientes podem personalizar o seu produto em grande escala (o desenho principal é normalmente executado por um designer interno profissional) e assim gerar uma produção personalizada a pedido.

Obviamente, este modelo de negócio só é possível quando somos capazes de produzir em lotes muito pequenos ou individuais e estamos perante leadtimes de produção e fornecimento muito curtos, o que implica efetuar grandes mudanças na cadeia de fornecimento, entre outros, passar de grandes fábricas centralizadas em países com baixos custos de produção para uma produção distribuída em pequenas fábricas, mais flexíveis e mais próximas do consumidor final. Um exemplo disto pode ser observado nos Skis Atomic, nas sapatilhas Adidas ou New Balance.

A Servitização, ou oferta de serviços em que os principais impulsionadores são a proposta de valor e a forma como captamos o valor. Nesta área podemos encontrar diferentes exemplos, um dos quais diz respeito à oferta de serviços de manutenção derivados da monitoramento de produtos e exploração de dados.

Isto é possível graças ao desenvolvimento de produtos com sensores IoT que permitem ao fabricante analisar os dados, explorá-los com algoritmos de análise e oferecer serviços complementares de manutenção preditiva, gerando uma base de receitas sustentadas ao longo de toda a vida do produto.

Uma variante mais radical do acima referido é a venda de "produto como serviço", em que o fabricante vende um pacote de serviços que garante a disponibilidade do produto e cobra por resultado, por exemplo, horas de utilização. Exemplos deste modelo podem ser encontrados na Romi, que apresentou recentemente o conceito de "Machine – as – a – Service" ou MaaS no Brasil.

A Venda de Consultorias Digitais ocorre quando a empresa vende serviços de consultoria associados ao conhecimento para implantação de soluções em transformação digital e indústria 4.0.

Neste sentido, podemos encontrar exemplos como a Accenture e Aquarius Software que vendem serviços de consultoria em transformação digital e indústria 4.0 para os mais diversos setores no Brasil.

Plataformas digitais e SaaS ocorre quando uma empresa desenvolve uma solução digital internamente e depois decide vender o software e os serviços informáticos associados a outras empresas.

Um exemplo são algumas empresas de automação industrial como Siemens, Rockwell Automation, Schneider Electric, GE , ABB e WEG que estão comercializando plataformas digitais baseadas em cloud, big data, IA, machine learning e analytics para operação, mautenção e predição nas manufaturas industriais.

É hora de repensar o seu modelo de negócios, porque as chances são dele estar desatualizado e, portanto, não mais economicamente sustentável.

Conclusão

O caminho a ser seguido pelas indústrias que buscam uma novos modelos de negócios deve estar ligada ao propósito da empresa - que vai além da venda ao cliente e geração de lucro.

Ainda segundo Frank Piller, todas as organizações precisam se questionar sobre a sustentabilidade de seus modelos de negócios existentes. Fundamentalmente, um modelo de negócio é uma hipótese de gerenciamento sobre:

• O que os clientes querem;
• Como eles querem;
• Como uma empresa pode satisfazer esses desejos e lucrar com isso.

O foco da empresa deve permanecer na satisfação do cliente, mas com a utilização de todos os recursos introduzidos pela Indústria 4.0. É dessa forma que se consegue adicionar valor à proposta entregue ao consumidor e potencializar os resultados obtidos.

Por: Rodrigo Portes
Diretor de Vendas | Diretor Comercial | Gerente Nacional de Vendas | Gerente de Vendas Sênior | Mentor | Palestrante | Autor | Transformação Digital | Indústria 4.0
Fonte: Linkedin Rodrigo Portes - BR4.0

 

Open Logistics: rastreabilidade de informações da indústria ao consumidor final

O Open Logistics ainda é um conceito pouco conhecido, mas vem ganhando força na rotina de quem trabalha no setor, pois traz a ideia de gerar informações distribuídas de uma forma mais simples e assertiva.

Podemos pensar que, da mesma forma que o Open Banking surgiu para revolucionar o sistema financeiro, o Open Logistics aparece como a inovação do setor de logística, viabilizando a verdadeira digitalização no segmento.

Ao pensar em processos logísticos, é comum associarmos trabalhos com rotinas analógicas, remetendo a um armazém gerido de forma manual e com pouca ou nenhuma tecnologia. Mas, com o passar dos anos, foi possível acompanhar o quanto esse setor tem se transformado com o objetivo de alcançar melhores resultados e garantir mais produtividade.

Isso aconteceu, sobretudo, porque a aceleração da globalização e a mudança do comportamento dos clientes, que passaram demandar mais agilidade na entrega de seus produtos, motivaram a atualização tecnológica do setor.

Neste contexto, o Open Logistics surge para facilitar a comunicação entre sistemas ou etapas nas quais passam os produtos – desde a fabricação até o momento da chegada ao consumidor final, processo que não poderia acontecer com os sistemas mais antigos, já que eles eram operados via arquivo.

Com essa tendência, as operações logísticas podem ser totalmente orquestradas e digitalizadas, pois é possível integrar e centralizar as informações por meio das APIs (do inglês, Interface de Programação de Aplicação).

Essas ferramentas garantem a conexão direta entre todos os envolvidos na cadeia logística, reinventando os processos e garantindo a escalabilidade dentro das rotinas operacionais.

O Open Logistics já é uma realidade em grandes empresas de tecnologia, que buscam manter o cliente sempre atualizado com relação ao seu pedido e ter uma operação mais transparente.

É o caso da parceria entre a Amazon e a Loggi, em que o consumidor é informado sobre a compra desde o momento em que o pedido foi efetuado até o momento do recebimento do item.

Além disso, a Tesla, montadora de carros inteligentes, é inovadora ao informar todos os processos sobre o automóvel, podendo acompanhar o status da produção, testes e transporte do veículo adquirido.

O Open Logistics não é o futuro, é o presente. Os ganhos dessa tendência vão desde as informações cada vez mais rápidas e assertivas até ao aumento no nível do serviço que está sendo prestado, o que também proporciona mais satisfação do cliente.

É hora de transformar a realidade operacional logística com transparência de informação e colaboração!

Por Fabrício Santos, diretor da onBlox.
Fonte e imagem: InforChannel
 
 


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