58% dos profissionais do país consideram adotar trabalho híbrido ou remoto
Publicado em 24 de março de 2022
Pesquisa realizada pela Microsoft com 31 mil pessoas em 31 países mostra que a visão dos trabalhadores sobre os moldes de trabalho tradicionais mudou ao longo da epidemia da Covid-19 no Brasil e no mundo. De acordo com o estudo, 58% dos profissionais brasileiros consideram mudar para o formato híbrido ou totalmente remoto ao longo de 2022.
Denominado “Grandes Expectativas — Permitindo que o Trabalho Híbrido Funcione”, o levantamento aponta também que, no mundo todo, 57% dos profissionais que atuam em diversas áreas têm a intenção de mudar para o trabalho híbrido, enquanto 51% daqueles que já atuam de forma híbrida expressam desejo de mudar para o regime remoto.
Além disso, para 53% dos entrevistados, o bem-estar e a saúde passaram a ser fatores mais importantes do que o trabalho na comparação com os tempos pré-pandemia.
No Brasil, em particular, a importância dada e esses dois fatores foi uma das maiores, com um índice de 71% dos participantes da pesquisa apontando maior preocupação com ambos do que em relação ao período anterior ao Covid-19.
O estudo indica ainda que para 38% dos trabalhadores que aderiram ao trabalho híbrido o maior desafio é saber quando e por qual motivo se deve comparecer presencialmente ao local de trabalho.
Diante dessas tendências, muitas empresas que decidirem manter o trabalho remoto ou híbrido terão o desafio de criar novos guias e novas práticas adequadas para esses novos modelos de trabalho.
Co-fundador da startup mywork, que desenvolve controle de ponto online para pequenas e médias empresas, Thomas Carlsen avalia que um dos principais desafios tanto para o empregador quanto para os profissionais será encontrar o ponto de equilíbrio entre as vantagens e desvantagens trazidas pelos novos modelos de trabalho.
“Como manter o bem-estar dos funcionários que puderam economizar com transporte e alimentação no trabalho remoto? Como assegurar o engajamento de empregados que deixaram de ir aos escritórios?
O trabalho híbrido parece uma boa saída para todos, mas tudo depende de como as empresas abordarão as novas realidades de trabalho”, afirma o executivo.
Fonte: Consultor Jurídico
Expectativa de contratação frustrada por epidemia gera danos morais
Publicado em 24 de março de 2022
O dever jurídico de agir com boa-fé e lealdade não permite que o trabalhador, enquanto parte contratada, seja induzido a erro pela empresa contratante, ainda que a negociação se encontre na fase pré-contratual.
Com base nessa premissa, a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), em Goiás, condenou uma empresa de transporte de valores a pagar indenização, a titulo de danos morais, a um porteiro que foi submetido a todo o trâmite da contratação e, em seguida, foi informado de que a companhia havia desistido da admissão.
Em sua defesa, a transportadora alega que a desistência ocorreu por “motivo de força maior”, uma vez que o trabalhador seria contratado para atender a demanda de um de seus clientes, que teria suspendido a contratação devido ao decreto municipal que determinou período de lockdown durante a segunda onda da Covid-19.
Ao analisar o caso, o desembargador Elvecio dos Santos, relator do processo, entendeu que o trabalhador foi induzido a erro pela parte contratante, que chegou a encaminhar o rapaz para abertura de conta salário com carta de recomendação que indicava data de início das atividades, função a ser exercida e valor da remuneração do contratado.
Além disso, o desembargador disse ter depreendido dos autos que, mesmo não tendo mais interesse na contratação, a transportadora não fez contato para encerrar o processo. Assim, ainda que o exame admissional não tenha sido realizado, como defende a empresa, as tratativas em torno da vaga ultrapassaram a mera expectativa de celebração do emprego.
Elvécio também destacou que nos casos em que não se comprova o justo motivo para a não admissão de empregado submetido à fase pré-contratual, cabe à empresa pagar indenização por danos morais, em observância aos princípios da boa-fé e lealdade.
Após considerar a razoabilidade e os parâmetros utilizados pelo TRT-18 em casos semelhantes, o relator reformou a sentença por danos morais de R$ 5.000 para R$ 3.000, determinando que seja observada a Súmula nº 439 do Tribunal Superior do Trabalho quanto aos juros e correção monetária. Com informações da assessoria do TRT-GO.
Processo 010419-21.2021.5.18.0001
Fonte: Consultor Jurídico
Benefícios flexíveis são item mais desejado na Totvs
Publicado em 24 de março de 2022
A flexibilidade, tanto no modo de trabalhar como na escolha das benesses corporativas, é a palavra da vez na empresa de tecnologia.
Com novos formatos de expediente – 100% remoto, presencial ou híbrido -, a oferta de benefícios corporativos começa a ser redesenhada. “A flexibilidade, tanto no modo de trabalhar como na escolha dos benefícios, é a palavra da vez.
De acordo com pesquisas internas, mais de 50% dos funcionários dizem que ela é a facilidade mais desejada, acima da opção do plano de saúde”, afirmou Izabel Branco, vice-presidente de relações humanas da Totvs, na live da série RH 4.0 do “Carreira em Destaque”, mediada pela editora de Carreira do Valor, Stela Campos.
A companhia brasileira de sistemas para gestão de empresas, com 8,2 mil funcionários, está personalizando o pacote de vantagens oferecido ao quadro de acordo com a necessidade do empregado. A maioria das alterações foi planejada ao longo de 2021.
No vale refeição, foi garantida a escolha de como distribuir o valor entre refeições e compras na área de alimentação. Já o vale mobilidade, lançado este mês e considerado o substituto do tíquete combustível, lista uma série de opções de utilização além de encher o tanque, como apps de táxi, pagamento de estacionamento ou aluguel de bicicletas.
“Não fazia mais sentido conceder o abastecimento do carro se o profissional escolheu trabalhar remotamente”, diz Branco. A companhia, que tem matriz em São Paulo (SP) e mais de 50 escritórios na América Latina, adotou o expediente híbrido.
“Nunca mais teremos 100% das pessoas aqui de novo [no presencial] ”, diz Branco. Agora, as estações de trabalho são rotativas, há armários para guardar objetos pessoais e um app realiza a reserva de mesas.
De acordo com a executiva, os principais desafios de mudar o cardápio de benefícios corporativos são saber o que o funcionário precisa no momento da troca e divulgar as alterações em curso. “
As organizações dão muito mais benefícios do que o funcionário tem conhecimento”, diz. “Muitas vezes, ele compara as ofertas quando entra na companhia e depois não monitora mais.”
A solução, diz Branco, combina a realização de estudos para entender preferências, a criação de um catálogo de consulta e a organização constante de campanhas de comunicação. Na comparação entre pesquisas recentes, a flexibilidade saiu de 23% de indicação como benefício principal para 51%, ocupando o lugar que era do plano de saúde.
“Se avaliarmos ações de qualidade de vida, que eram consideradas importantes para 6% do público, o número mais do que dobrou, atingindo agora 13%.”
https://valor.globo.com/videos/?video_id=10413547
No início da pandemia, quando aderiu ao home office, a Totvs apresentou novidades em capacitação, bem-estar e saúde. Lançou uma plataforma de cursos on-line em que os próprios funcionários produzem os conteúdos.
Em 2021, foram reunidos cinco mil programas, com temas como “trabalho remoto” e “vendas on-line”, somando mais de 130 mil horas aula e 12 mil acessos diários. “O sistema se ‘retroalimenta’”, afirma.
“Os funcionários dizem o que querem aprender, outros apresentam os conteúdos e a empresa destaca os melhores autores”. As premiações incluem créditos para a troca de produtos do Instituto da Oportunidade Social (IOS), entidade que promove formação profissional, e um vale viagem.
Na área de saúde mental, uma parceria com o Einstein garantiu atendimento no modelo de telemedicina, e um programa de psicoterapia on-line surgiu destinado a funcionários e familiares.
Já o “Cuidando da liderança” é uma ação que orienta gestores a identificar quando um funcionário precisa de apoio.
Fonte: Valor Econômico
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