Conforme análise do Observatório FIESC, realizada com base na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE, a metalurgia catarinense teve o maior destaque de janeiro a julho deste ano.
Florianópolis, 16.9.2021 – Os setores industriais com maior sofisticação produtiva em Santa Catarina registraram produção acima da média nacional em 2021. Conforme análise do Observatório FIESC, realizada com base na Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) do IBGE, a metalurgia catarinense teve o maior destaque de janeiro a julho deste ano. O segmento avançou 73,8% no período, enquanto a média nacional foi de 26,0%.
O setor de Veículos automotores, com avanço de 59,2% no acumulado do ano, com resultado superior à média nacional de 50,3%, teve o segundo melhor desempenho, seguido pelo de máquinas e equipamentos, com 52,8% frente à taxa de 39,1% do país.
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“O setor de metalurgia vive um bom momento, impulsionado sobretudo pelo aquecimento continuado da Construção Civil. Santa Catarina tem um parque industrial diversificado e atualizado, o que garante um desempenho superior à média nacional em segmentos mais sofisticados”, avalia o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Custos de produção influenciam negativamente a produção industrial
O resultado de julho frente a junho da indústria catarinense, no entanto, acumulou a sexta queda consecutiva da PIM-PF em 2021, com recuo de 1,5%, taxa superior à variação nacional, que teve retração de 1,3%. Conforme análise da economista Mariana Correia Guedes, do Observatório FIESC, a pressão inflacionária sobre o poder de compra da população brasileira e o ritmo menor do crescimento econômico da China estão entre os fatores que ajudam a explicar esse resultado.
“No acumulado do ano, o setor de Produtos Alimentícios acumula uma retração de 12,3% em Santa Catarina. Apesar da manutenção do auxílio emergencial, o nível de inflação mais alto e persistente na economia brasileira influi negativamente no poder de compra da população, o que acaba afetando a demanda e produção de bens de consumo, sobretudo o setor de alimentos e bebidas”, avalia.
Na análise, ela destaca também dificuldades adicionais causadas pela pandemia, como a alta persistente da inflação e a falta de insumos industriais em perspectiva mundial. Além disso, houve um desequilíbrio entre o nível da produção e de estoques, nos três grandes setores da economia, principalmente no segundo semestre de 2020, o que explica em parte o aquecimento da indústria a níveis altos.
Fonte: FIESC
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