Acionistas da Tigre, multinacional do ramo de tubos e conexões com sede em Joinville, aprovaram a abertura de capital da empresa na categoria B, que permite negociação de valores mobiliários com exceção de ações. A decisão, unânime e sem restrições, foi tomada em assembleia geral na última quinta-feira (19). Fundada em 1941, a companhia já teve capital aberto, mas decidiu fechá-lo, em operação concretizada em 2003.
No encontro, os acionistas validaram a submissão de pedido de registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como companhia aberta na categoria B. Isso significa que a Tigre poderá negociar valores mobiliários, com exceção de ações ou certificados de ações – operações restritas a empresas classificadas na categoria A e sujeitas a mais exigências na divulgação de informações financeiras ao mercado de capitais.
À coluna, a Tigre confirmou em nota (veja a íntegra abaixo) a abertura de capital para “eventual emissão de debêntures, a exemplo do que já havia feito em ocasiões anteriores”. Debêntures são títulos de dívidas que funcionam como uma espécie de empréstimo tomado por empresas para financiar projetos.
A Tigre tem mais de 5 mil funcionários. São 10 plantas no Brasil e outras 14 no exterior – Argentina (2), Bolívia (2), Chile (2), Colômbia, Equador, Estados Unidos (3), Paraguai, Peru e Uruguai. Além de tubos e conexões, também tem negócios nos segmentos de torneiras, ferramentas para pintura, tubulações, metais sanitários e tratamento e reutilização da água.
Recentemente, em abril, a companhia anunciou a aquisição da Dura Plastic, fabricante americana de componentes de tubulação de PVC com mais de 2,8 mil produtos para os mercados residencial, de irrigação e drenagem e que conta com duas fábricas nos Estados Unidos.
Confira a nota oficial da Tigre:
O Grupo Tigre confirma a abertura de capital, na categoria B, para eventual emissão de debêntures, a exemplo do que já havia feito em ocasiões anteriores. A decisão foi tomada em Assembleia Geral de acionistas, realizada no dia 19 de agosto.
A abertura de capital na categoria B da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) prevê a emissão de quaisquer valores mobiliários, exceto aqueles que conferem ao titular o direito de adquirir ações ou certificados de ações.
Com isso, a companhia poderá eventualmente emitir debêntures, um instrumento de captação de recursos no mercado de capitais, que as empresas utilizam para financiar seus projetos.
Fonte: NSC total – Pedro Machado – 23.08.2021
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