Integrando a Cadeia de Frio do Ministério da Saúde, Termotécnica desenvolve tecnologias que atendem as temperaturas dos imunizantes de diversos laboratórios.
Momentos de grandes crises costumam impulsionar grandes revoluções. Com a pandemia por Covid-19, cientistas e laboratórios do mundo todo dedicaram seus esforços para desenvolver uma vacina para lutar contra a doença. Assim, em tempo recorde, diversas vacinas foram produzidas e viraram a principal arma contra o novo coronavírus. Ao mesmo tempo foi dada a largada para outro tipo de corrida: a da cadeia do frio.
A importância da manutenção da temperatura em níveis adequados na indústria farmacêutica e nos serviços de saúde é tanta que, para viabilizar as campanhas de vacinação, existe a chamada Cadeia de Frio.
Trata-se de uma rede logística que envolve diversas empresas especializadas no armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte de medicamentos conduzida pelo Ministério da Saúde e que possui normas com boas práticas determinadas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Para garantir a qualidade no transporte dos tão aguardados imunizantes para a Covid-19, o time de inovação e engenharia de produtos da Termotécnica criou um novo tipo de embalagem específico para esse medicamento.
“Em questão de semanas tivemos resultados que nos deram a confiança que nossas embalagens atenderiam aos requisitos”, explica Albano Schmidt, presidente da Termotécnica, empresa que produz as embalagens utilizadas no transporte das campanhas de vacinação do Ministério da Saúde.
“A temperatura é um dos pontos críticos para a indústria farmacêutica, especialmente para a cobertura nacional das campanhas de vacinação. Ela compreende desde o momento em que as vacinas deixam os laboratórios, quando são transportadas para os centros de distribuição, até a sua aplicação na população.
Acontece que esses medicamentos imunobiológicos são compostos por moléculas altamente complexas, que quando expostas a algum tipo de instabilidade, correm o risco de perder a sua eficácia”, explica Alexandre Cotrim, gerente de Inovação Empreendedora da Termotécnica.
A Termotécnica possui um longo histórico de pesquisa, desenvolvimento e fabricação de embalagens térmicas em EPS (mais conhecido como Isopor®, marca registrada de empresa terceira), associados a parcerias e qualificações em laboratórios especializados que garantem a estabilidade de temperatura interna nas soluções para o setor fármaco.
“Por suas características térmicas, o EPS proporciona grande estabilidade de temperatura, além de ser capaz de absorver impactos e garantir assim a integridade da vacina”, conta Alexandre Cotrim.
As vacinas aprovadas para uso emergencial no Brasil até o momento são a da Oxford/BioNTech e a CoronaVac, que precisam ser armazenadas em uma temperatura controlada entre 2ºC e 8ºC. Existem também as vacinas que precisam ser armazenadas a uma temperatura de -70ºC, ou entre -25ºC e -15ºC, por até duas semanas, como é o caso da produzida pela fabricante Pfizer, que obteve registro sanitário definitivo no Brasil.
Para atender essas baixas temperaturas, a Termotécnica utilizou diferentes tecnologias e elementos de refrigeração para atender cada uma das faixas de temperatura, seja ela de 2 a 8°C ou -70°C. Para atender estes requisitos, a solução da Termotécnica para transportar as vacinas para Covid-19 é composta por uma embalagem em EPS de alta densidade e paredes duplas para garantir o isolamento térmico.
Nanotecnologia como aliada na Cadeia de Frio
Outra inovação desenvolvida pela Termotécnica que adiciona um elemento de biossegurança em suas soluções para a cadeia do frio e para a indústria farmacêutica é a tecnologia patenteada SafePack.
Por meio do uso de nanotecnologia, o SafePack antiviral e antibacteriano confere uma espécie de blindagem protetora à superfície das soluções em EPS da Termotécnica, atuando ativamente na destruição de bactérias e vírus envelopados, como é o caso do herpes simples humano (HSV-1) e vírus que pertencem a família do SARS-COV-1, SARS-COV-2 e MERS.
É essa camada protetora que dificulta a replicação dos microorganismos e interrompe a ligação nas células hospedeiras, tornando seguro o transporte dos medicamentos mesmo que tenham sido manipulados em um ambiente com a presença do vírus. O SafePack também tem a característica de poder ser aplicado em produtos de EPS dos mais variados tamanhos e formatos, que possibilita dar ainda mais segurança para transporte de cargas sensíveis que utilizam a tecnologia.
Embalagens em EPS integram conceito de economia circular
A força-tarefa necessária para viabilizar a campanha de vacinação contra a Covid-19 também exigiu mais embalagens para transportar as doses e, consequentemente, sua destinação correta para reciclagem. Esse é outro ponto positivo das caixas térmicas de EPS da Termotécnica: seu ciclo não termina quando as vacinas já foram aplicadas. Isso acontece por conta deste material ser 100% reciclável.
O EPS é composto quase inteiramente por ar. Para ser mais específico, 98% de sua composição são formados por oxigênio. Além disso, sua presença na natureza não contamina a água ou o solo e também não danifica a camada de ozônio.
E, por último, a nanotecnologia aplicada ao processo não impacta a reciclagem deste material. É por isso que, depois de ajudar a salvar inúmeras vidas durante o processo de vacinação, as caixas utilizadas poderão voltar a ser transformadas em outros produtos, para outros fins.
Fonte: Logos Conexão e Conteúdo
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