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Secretário da infraestrutura de SC garante recursos para conservação de rodovias estaduais

11 de fevereiro de 2021
Secretário da infraestrutura de SC garante recursos para conservação de rodovias estaduais

Thiago Vieira, secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina, assegurou a possibilidade de execução de parte da duplicação da BR 470, que pertence à esfera federal.

:::Assista ao vídeo:

Florianópolis, 10.02.2021 – A FIESC é favorável à disposição anunciada do governo catarinense de assumir parte das obras da conclusão da duplicação da BR 470, no Vale do Itajaí, desde que haja uma contrapartida do governo federal. O posicionamento foi apresentado pelo presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, nesta quarta, dia 10, durante reunião on-line conjunta da Câmara de Transporte e Logística da entidade e do Conselho Estratégico de Infraestrutura de Santa Catarina.

O encontro contou com apresentações do secretário de Estado Infraestrutura e Mobilidade, Thiago Vieira, que garantiu a existência de recursos não apenas para a BR 470, como também para conservação e manutenção rotineira e preventiva das rodovias estaduais, que, conforme estimativa da FIESC, demanda R$ 140 milhões por ano.

“Santa Catarina já contribui com muitos impostos e historicamente tem recebido muito pouco do governo federal. Então não seria justo colocarmos mais recursos”, analisou Aguiar, a respeito do possível investimento estadual numa obra de responsabilidade do Executivo Federal.

“A iniciativa é louvável desde que Santa Catarina não tenha mais prejuízos”, acrescentou. Um exemplo da contrapartida sugerida pelo presidente da FIESC é a atualização de valores e amortização da dívida que o estado tem com o governo federal. “A BR 470 é fundamental para a economia catarinense e já deveria estar concluída; são apenas 74 km que ajudariam muito na melhoria do desempenho daquela região e de todo o estado”, afirmou.

Sobre o tema, o secretário da infraestrutura disse que, “independentemente da estrutura organizacional, se uma estrada pertence à esfera federal, estadual ou dos municípios, os gargalos são de Santa Catarina”. Ele salientou que a obra salvará vidas e gerará emprego e renda. Além de responder a perguntas a respeito dos projetos de melhorias em rodovias nas diversas regiões do estado, Vieira falou sobre os investimentos na manutenção dos aeroportos de Caçador, Joaçaba, Correia Pinto e Jaguaruna.

BR 101 Sul

Outro tema discutido na reunião foi a concessão da BR 101 Sul. O diretor-presidente da concessionária CCR Via Costeira, Fausto Camilotti, informou que desde agosto, quando a empresa assumiu o trecho de 220,42 quilômetros, já foram investidos R$ 200 milhões em melhorias. Esse montante gerou R$ 2,3 milhões em impostos municipais.

Segundo Camilotti, a parte concessionada abrange 19 municípios, que totalizam 838,7 mil habitantes e formam um Produto Interno Bruto de R$ 19,2 bilhões. Ele informou que a cobrança de pedágio, de R$ 2,10 por praça, deve se iniciar na segunda quinzena de março.

O presidente da FIESC destacou que a participação no evento foi solicitada pela CCR Via Costeira. “Foi uma iniciativa espontânea da concessionária que demonstra transparência e consideração pelo usuário”.

Dificuldades dos caminhoneiros

O caminhoneiro autônomo Janderson Maçaneiro expôs as dificuldades de sua categoria no tráfego em diversas rodovias. Ele destacou os entraves para a circulação de rodotrens, ou seja, caminhões com nove eixos, 30 metros de comprimento e peso bruto na faixa de 74 toneladas.

Ele observou que o Brasil começa a discutir o uso de caminhões ainda maiores, com 11 eixos e peso bruto de 105 toneladas. O transportador também apontou as retenções de tráfego em trechos próximos aos portos.

Proposta única

Aguiar ainda enalteceu a importância de o estado debater em profundidade os temas referentes à infraestrutura. “Defendemos que Santa Catarina tenha uma proposta única de desenvolvimento da infraestrutura para que Brasília entenda quais são as demandas e as sugestões que o estado oferece ao governo federal”, disse.

“É necessário salientar mais uma vez a crença e a esperança de que o estado tenha um projeto de intermodalidade. A FIESC vem alertando para a necessidade de Santa Catarina ter seu projeto de intermodalidade, que contemple todos os modais de transporte. Praticamente todos os modais apresentam grandes problemas e grandes gargalos”, afirmou Aguiar.

Ele reiterou ainda a necessidade de uma solução para o agronegócio catarinense, altamente dependente do milho. “A questão da rota do milho é uma discussão sempre presente na Câmara”, disse.

Fonte: FIESC

 
 


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