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No Ministério da Infraestrutura, FIESC mostra viabilidade de ferrovias em SC

14 de janeiro de 2021
No Ministério da Infraestrutura, FIESC mostra viabilidade de ferrovias em SC

Presidente Mario de Aguiar reuniu-se com o secretário-executivo, Marcelo Sampaio, que se comprometeu com a atualização dos estudos de viabilidade dos projetos ferroviários do corredor Leste–Oeste (SC) e Litorânea (SC). Componente indígena do Morro dos Cavalos, além de novas obras na BR-101 e outras rodovias estratégicas de Santa Catarina também estiveram na pauta.

Clique aqui e conheça as demandas de SC em ferrovias
Clique aqui e conheça a Agenda da Indústria para Infraestrutura 2021

Florianópolis, 13.1.2021 – Em reunião com o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e sua equipe técnica, o presidente da Federação das Indústrias (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, mostrou a viabilidade dos projetos ferroviários demandados por Santa Catarina e entregou a Agenda Estratégica para a Infraestrutura de Transporte e a Logística 2021, documento que contempla as propostas da entidade para a área. O encontro foi realizado nesta quarta-feira, dia 13, no Ministério, em Brasília, e contou com a participação do diretor Cesar Olsen, e do gerente de logística da Federação, Egídio Martorano.

“O Ministério se comprometeu a reavaliar os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEAs) das ferrovias com a visão de valorizar as cargas com valor agregado. Mostramos para o secretário e sua equipe a necessidade de ferrovias para o estado e eles aceitaram bem a nossa visão”, afirmou Aguiar. Também ficou definido que o órgão vai estudar a possibilidade de execução de novas obras no trecho norte da BR-101, como contornos e rodovias paralelas, por exemplo.

“A visão de que é inviável ter ferrovia em Santa Catarina é equivocada. Há um enorme potencial de transporte de cargas de alto valor agregado. Voltamos a insistir nesta posição na reunião desta quarta-feira, a exemplo do que fizemos quando estivemos no Ministério em novembro e em dezembro”, ressalta Aguiar. Ele destaca que a FIESC fez um levantamento e todos os portos mais significativos do mundo e do Brasil têm conexão ferroviária. “Em Santa Catarina temos cinco portos e ocupamos uma posição de destaque. Sediamos o segundo e o quarto porto mais movimentado do país, mas faltam ferrovias integradas à malha nacional”, completou.

No documento entregue ao secretário-executivo, a FIESC defende uma série de medidas. Entre elas: realizar a atualização dos dados para os Estudos de Viabilidade Técnica, Econômica e Sócio-ambiental (EVTEAs) dos projetos ferroviários Corredor Leste–Oeste (SC) e Litorânea (SC), de forma integrada, considerando as cargas de valor agregado, a intermodalidade e incorporando a carga industrial, conforme a nova versão do Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), previsto para março.

Considerando os resultados positivos na viabilidade socioeconômica do Corredor Leste-Oeste (SC), de Chapecó até Navegantes, a FIESC defende incorporar ao projeto da ferrovia Litorânea uma extensão do seu traçado que permita inserir o acesso ferroviário também para o porto de Itapoá. O empreendimento registra grande movimentação e se encontra em plena expansão, já contribuindo substancialmente para a movimentação de carga de contêineres do Brasil.

Na atualização proposta para a Ferrovia Litorânea (SC), deve ser avaliada uma alternativa viável para a zona metropolitana de Florianópolis, em face à construção em andamento do Contorno Viário, que gera conflito com o projeto anterior. Neste aspecto, é essencial a participação dos municípios do entorno, além de medidas visando garantir a integridade do futuro traçado.

No documento entregue ao Ministério, a FIESC defende ainda uma solução de consenso para a questão do componente indígena, no Morro dos Cavalos, permitindo a construção de túnel ferroviário. Esta medida poderá, inclusive, possibilitar o término da duplicação da rodovia BR-101. Cabe ressaltar que as desembocaduras Norte e Sul do túnel proposto estão localizadas fora da área indígena, em processo de reivindicação.

Ainda no ofício, a Federação destaca o futuro da BR-101, um eixo estratégico para o país e o Mercosul, cujos níveis de serviços já estão comprometidos, em função da pujante atividade econômica do seu entorno, do crescimento urbano exponencial, da expansão da atividade logística, portuária, do turismo e serviços em geral.

A situação exige medidas para ampliação de capacidade propostas pelo Grupo Paritário de Trabalho da ANTT, visando a melhoria da segurança e fluidez da rodovia, no curto prazo. Entretanto, para a integridade no médio e longo prazos, é necessário considerar um corredor multimodal. Nesse aspecto, o projeto da Ferrovia Litorânea poderá garantir no futuro a segurança, integridade e fluidez do corredor, garantindo a competividade das atividades econômicas do entorno e contribuindo para geração de emprego e renda.

No encontro, Aguiar também chamou a atenção para as demandas que constam na Agenda de Infraestrutura da FIESC e destacou como prioridades para 2021 um conjunto de obras já em andamento (veja abaixo). Na publicação estão contempladas as necessidades para todos os modais de transporte, considerando as matrizes: planejamento, investimentos, política e gestão logística empresarial. Também compõe a agenda documentos específicos e relacionados com temas estratégicos: agenda portos, propostas dos grupos técnicos da FIESC: BR-101 do Futuro e Rodovias Oeste SC do Futuro, dentre outros.

Prioridades para 2021 em obras federais já em andamento:

BR-282: Adequação de capacidade entre Chapecó e São Miguel d’Oeste – Valor Estimado Anual: R$ 36 milhões

BR-163: Ampliação de capacidade entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira – Valor Estimado Anual: R$ 52,5 milhões

BR-280: Lotes 1; 2.1; e 2.2 – Valor Estimado Anual: R$ 200,4 milhões (3 lotes)

BR-470: Lotes 1; 2; 3; e 4 – Valor Estimado Anual: R$ 149,7 milhões (4 lotes)

BR-285: Implantação – Valor Estimado Anual: R$ 35 milhões

CREMA: Investimentos no Programa de Conservação, Restauração e Manutenção das Rodovias: BRs: 470, 280, 282, 153, 158, 163, 480 e 101, com valor estimado anual de R$ 400 milhões.

A entidade também defende priorizar o acesso aquaviário aos portos com a dragagem de aprofundamento do canal externo no acesso da Baía da Babitonga, com valor de investimento estimado na ordem de R$ 280 milhões, bem como a 2ª etapa da bacia de evolução do complexo Portuário de Itajaí, conforme manifesto enviado ao Ministério em setembro de 2020, com investimentos previstos na ordem de R$ 250 milhões.

A FIESC ainda reforçou a importância de considerar a realização de uma PMI para a concessão integrada das BRs 163, 282 e 470 – O Eixo Rodoviário Estratégico de Santa Catarina –, incorporando uma das rodovias estaduais: SC-110 ou SC-108.

Fonte: FIESC

 
 


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