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Gestão: Empresa e Sindicato

11 de janeiro de 2021
Informativo
A nova política de bônus nas empresas

Ok, estamos em 2021 e muita gente já entendeu que olhar para os impactos sociais e ambientais de uma empresa faz bem para os negócios, para os funcionários, para os investidores e para os clientes. Mas há ainda muitas companhias que lutam para colocar em prática as estratégias ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança).

Ao que parece, os argumentos atuais não são suficientes para convencer os gestores a mudarem seus processos. Algumas organizações, entretanto, encontraram uma saída para o problema: o bolso dos executivos. É a velha política de bônus. Cresce o número de empresas que começam a atrelar métricas de diversidade e ESG ao montante pago à alta liderança.

Há décadas as corporações usam o bônus como incentivo para que os executivos cumpram metas de lucro, de receita ou preço das ações. Não deve ser diferente com o ESG. Mas, por enquanto, apenas 78 das 3 mil empresas norte-americanas ouvidas pela consultoria Pearl Meyer dizem ter atrelado a compensação aos executivos a metas de diversidade, por exemplo.

Nesta semana, a Apple deu um grande passo nesse sentido. A partir de 2021, o bônus pode ser reduzido ou aumentado em 10% com base no desempenho dos executivos em metas ambientais e sociais. Não é pouco dinheiro.

Os cinco principais executivos da empresa (o CEO Tim Cook, o CFO Lucas Maestri, a conselheira-geral Kate Adams, o chefe de varejo Deirdre O’Brien e o COO Jeff Williams) ganharam uma soma de US$ 120 milhões em bônus em 2020. Só Tim Cook recebeu US$ 14,7 milhões – 28% a mais do que em 2019. Com isso, seu salário foi 256 vezes maior do que o da média da empresa.

A Apple não revelou, porém, como será medido o desempenho dos executivos nos quesitos ambiental e social. Só informou que o chamado “environmental, social, and governance modifier” irá variar com base em seis valores da empresa: acessibilidade, educação, meio ambiente, inclusão e diversidade, privacidade e segurança, e responsabilidade com fornecedores.

A Microsoft também adotou uma política semelhante, associada à sua cultura corporativa. A companhia passou a usar a “integridade” como requisito para bônus . Buscando se posicionar como uma empresa de tecnologia ética, a multinacional está estruturando novos planos de remuneração para que os funcionários recebam incentivos com base no cumprimento das “prioridades essenciais” da companhia.

Os bônus serão concedidos a alguns profissionais que “geram e protegem a confiança da Microsoft ao modelar a integridade”. No entendimento da gigante criada por Bill Gates, é fundamental que o funcionário seja proativo na identificação de riscos inerentes à sua função, comunique suas preocupações, conclua treinamentos de conformidade obrigatórios e coopere com auditorias. E você, acha que mereceria esse bônus?
Fonte: Época Negócios
 
 


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