Em live realizada pela FIESC nesta terça-feira (12), secretário do Ministério da Defesa pontuou frentes de atuação com as quais os catarinenses podem contribuir; o cadastro das empresas interessadas é realizado no site do Ministério.
Florianópolis, 12.05.2020 – A integração das ações da indústria às iniciativas do Ministério da Defesa é fundamental no enfrentamento ao coronavírus no Brasil. Por isso, o Ministério da Defesa está intensificando o cadastramento de novas indústrias que podem fornecer equipamentos para auxiliar no combate ao vírus. Ação visa fortalecer a base industrial de defesa, como explicou o secretário de produtos de defesa, Marcos Degaut, que participou nesta terça-feira (12) da live promovida pelo Comitê da Indústria de Defesa (Comdefesa), da FIESC.
::: Assista à integra da transmissão.
O secretário destacou as principais ações do Ministério da Defesa e afirmou que para cada real investido na economia de defesa, o retorno para o país é de R$ 9,80. “Um estudo elaborado pela CNI, com suporte do Ministério da Defesa, mostra ainda que neste momento de pandemia cada real investido na retomada da economia gera um efeito multiplicador chegando a R$ 48, ou seja, não estamos em condições normais, mas em situação de crise, uma crise de saúde que tem repercussão evidente na esfera econômica”, afirmou.
“Precisamos ter uma base industrial cada vez mais completa e as oportunidades de negócios são praticamente diárias. Precisamos que as empresas se habilitem para participar dos processos que são divulgados no Diário Oficial da União e no Portal de Compras do Governo Federal”, disse. “Estamos atuando na autorização para a indústria química produzir álcool em gel, na flexibilização das exigências contratuais, na priorização de aquisições nacionais pelas Forças Armadas e na implementação de medidas de biossegurança em aeroportos, hospitais e locais públicos”, citou. Degaut adiantou ainda que o Ministério está buscando incluir empresas do setor de saúde, segurança e logística para possam ser beneficiadas com isenções tributárias quando estabelecerem negócio com as Forças Armadas.
Já são mais de 675 produtos cadastrados no portal de compras. “Também temos atuado em campanhas de conscientização junto à população, no apoio aos órgãos de saúde e na capacitação de profissionais para a descontaminação dos ambientes. Os laboratórios das Forças Armadas estão produzindo álcool em gel e cloroquina. Temos ações de repatriação de brasileiros que estão no exterior e missões aéreas de apoio logístico para o transporte de insumos a todas as regiões do Brasil. Além disso, trabalhamos na solução de gargalos logísticos na importação de suprimentos e insumos essenciais ao combate à Covid-19”, afirmou.
::: Acesse aqui o cadastro para Empresas, Produtos e Serviços do Ministério da Defesa.
O presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou as principais ações da Federação no enfrentamento ao coronavírus. “Temos trabalhado com representantes dos governos estadual e federal para encontrar soluções para os problemas. As medidas provisórias 927 e 936 foram fundamentais para a preservação do emprego. Iniciamos cedo o isolamento e, gradativamente e com o nosso apoio, liberamos a atividade econômica.
Por ser um estado empreendedor e industrializado, somos otimistas quanto à retomada da economia, desde que as pessoas sigam os protocolos de segurança”, afirmou. Aguiar lembrou ainda que o custo logístico tem grande peso na competitividade das empresas, inclusive para aquelas da base industrial de defesa. “Precisamos dar mais condições para que a indústria possa ser mais competitiva. Sabemos que a nossa indústria precisa se atualizar e se digitalizar. Com um ambiente mais favorável, os investimentos voltarão e esperamos que as reformas estruturantes passem pelo Congresso e deem condição ao Brasil de ser um país não apenas de produtos primários, mas também de manufaturados, o que é importante para fortalecer a industrialização nacional”, complementou.
O presidente do Comdefesa, Cesar Olsen, falou que as empresas vêm executando planos de contingência específicos para resistir à crise. “Santa Catarina tem um empresariado engajado. A escola de aviação, por exemplo, tem feito a entrega de produtos em áreas remotas com o apoio das empresas. Vamos ser um exemplo de recuperação econômica, estamos de manga arregaçada para que as empresas se esforcem para manter seus times, pois nosso estado sempre se destacou”, afirmou.
Fonte: FIESC
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