Fundo Social e rota da indústria criativa foram apresentados a Sergio Sá Leitão, que veio a Santa Catarina divulgar leis de incentivo à cultura.
Florianópolis, 26.4.2018 – A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) realizou na manhã desta quinta-feira (26) um café da manhã com o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão. No encontro, a entidade apresentou ações como o projeto Fundo Social e a rota criativa do Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC). O ministro participou ainda de seminário que visa esclarecer sobre as leis de incentivo à cultura.
“Queremos apresentar projetos desenvolvidos pela FIESC e por entidades parceiras, como é o caso do PDIC e do Fundo Social. Esperamos poder vislumbrar como trabalhar da melhor maneira possível, de forma racional, com os recursos que temos à disposição”, disse o vice-presidente regional da FIESC, Tito Schmitt.
O diretor de relacionamento com o mercado da FIESC, Carlos Roberto de Farias, detalhou o projeto Fundo Social, conduzido pelo SESI. “Queríamos criar uma articulação em rede para incentivar o uso dos recursos que o governo federal dispõe, como as leis de incentivo”, afirmou. “Precisamos trabalhar para que os recursos fiquem aqui. Em SC mais de 2 mil indústrias podem fazer uso de incentivo fiscal. Juntas, elas somam um potencial de mais de R$ 200 milhões que poderiam ficar em SC. Apenas um terço desse valor é utilizado”, alertou o diretor. O projeto já funciona em Jaraguá do Sul e esta semana foi lançado em Joinville. Também há tratativas para iniciá-lo em Florianópolis e Chapecó.
Juliano Pacheco, analista do Observatório da Indústria, apresentou a rota da indústria criativa elaborada pela FIESC. “Construída com indústrias, governo e academia, a rota buscou compreender como funciona a cadeira produtiva. Ela se conecta com outros setores portadores de futuro. Nosso foco foi na questão audiovisual, que alavanca a indústria como um todo”, explicou. “Percebemos dois pilares de oportunidade: a convergência digital e o melhor aproveitamento dos investimentos federais”, acrescentou.
O ministro afirmou que o programa da FIESC deveria ser modelo para o País. “A ideia de construir um plano diretor para o desenvolvimento do Estado baseado no levantamento das vocações locais e no estudo das potencialidades, é algo que deveria ser feito em todos os Estados brasileiros, com esse mesmo nível de participação. Que bom que a economia criativa está contemplada”, destacou Leitão. Ele ressaltou que este segmento responde por 2,64% do PIB brasileiro. “É uma participação maior do que o da indústria farmacêutica e de eletrônicos, por exemplo, que gera mais de um milhão de empregos diretos”, afirmou.
O ministro chamou atenção para a baixa captação de recursos para projetos culturais em Santa Catarina. No ano passado, apenas R$ 34 milhões foram aportados em 218 projetos catarinenses. “Vocês têm uma oportunidade de trazer só no campo da cultura algo em torno de R$ 90 a R$ 100 milhões considerando as leis de incentivo à cultura e do audiovisual. Sabemos do potencial que existe em todos os estados de uso dos instrumentos de fomento. Esse trabalho precisa ser feito por lideranças locais. É o que vocês estão fazendo aqui”, reforçou.
Revitalização do casarão Aéropostale – O presidente em exercício da FIESC, Michel Miguel, o vice-presidente regional Tito Schmitt, e a presidente da Associação e Memória da Aéropostale no Brasil (AMAB), Mônica Corrêa, entregaram ofício ao ministro solicitando o restauro e a revitalização do antigo casarão de pilotos da Aéropostale, no Campeche. O casarão é o único remanescente dos 11 implantados na costa brasileira pela companhia francesa de correio aéreo na década de 1920. A ideia é transformá-lo em memorial e centro cultural, apto a receber atividades culturais e pedagógicas.
Ainda em Florianópolis, o ministro participou de seminário sobre a lei de incentivo à cultura, que visa capacitar produtores culturais e artistas para a proposição de projetos.
Fonte: FIESC
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