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PROJETO INDÚSTRIA SOLAR TEM 450 interessados no primeiro dia de inscrições

22 de novembro de 2017
PROJETO INDÚSTRIA SOLAR TEM 450 interessados no primeiro dia de inscrições

Primeira etapa está voltada ao mercado residencial, para colaboradores das entidades parceiras; em fevereiro, programa será aberto a micro e pequenas indústrias.

Florianópolis, 21.11.2017 – No primeiro dia de inscrições, nesta segunda (20), o Programa Indústria Solar recebeu 450 inscrições de interessados, colaboradores das instituições parceiras (Sistema FIESC, Weg, Engie e Celesc). O número supera 1% do público-alvo da iniciativa. As inscrições passarão por análise que avaliará a viabilidade técnica da instalação de sistemas de geração de energia solar nas residências. O próximo passo será a incorporação de 50 mil micro e pequenas indústrias catarinenses, a partir de fevereiro. O programa foi apresentado à Câmara de Assuntos de Energia da FIESC, reunida nesta terça-feira (21).

O diretor de operações da Engie Geração Solar Distribuída, Rodrigo Kendi Kimura, destacou que a matriz histórica energética brasileira – baseada em usinas hidro e termelétricas – está esgotada, o que exigirá o crescimento da participação de sistemas eólicos, solares, térmicos com base em biomassa e gás natural. O ano da virada, no entendimento de Kimura foi 2010, quando o Brasil estava construindo usinas hidrelétricas para a produção de 20 mil megawatts. A tendência agora é zerar a produção em novas fontes hidrelétricas.

Por outro lado, os sistemas fotovoltaicos devem passar dos atuais 17 mil para 700 mil, em 2024, totalizando 2,68 mil megawatts. O mercado residencial deverá responder por 620 mil unidades e 1,86 mil megawatts. Kimura afirmou que a Engie pretende ampliar parcerias voltadas ao desenvolvimento de sistemas de energia solar. Destacou também a parceria com o SENAI para a formação de profissionais para atuar no sistema.

Na reunião foram apresentadas alternativas de financiamento do BRDE e BADESC para sistemas fotovoltáicos nas indústrias. Também foram mostrados os cases de energia solar na produção de batata-semente na Agrosem, em Canoinhas, e na produção de vinho, na vinícola Guatambu, de Dom Pedrito-RS. Os projetos foram desenvolvidos, respectivamente, pela Quantum Energia e pela Inove Energias Renováveis.

O presidente da Câmara, Otmar Müller, salientou a necessidade de mudança na legislação tributária do Estado. É que ao instalar um sistema fotovoltáico, o consumidor envia a energia excedente para o sistema da concessionária (no caso a Celesc), gerando créditos que podem ser utilizados em até cinco anos. “Santa Catarina é um dos três Estados brasileiros em que o consumidor paga ICMS sobre o total de energia consumido e não apenas pela parcela que adquire da concessionária”. Müller lembra que o assunto já foi apresentado ao presidente da Assembleia Legislativa, que se mostrou disposto a levar o tema à apreciação dos deputados.

Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal, entidade parceira da FIESC no fomento de energias renováveis, destacou a importância da ampliação da participação dos sistemas fotovoltaicos na matriz energética. Salientou a elevada irradiação solar brasileira, a redução de investimentos elevados na construção de usinas de grande porte e de custos de transmissão, já que a produção da energia é feita no local de consumo.

Fonte: FIESC

 
 


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