Movimento A Indústria Pela Educação prevê aproximação com jovens e eventos que estimulem empreendedorismo, educação tecnológica, protagonismo e liderança.
Florianópolis, 09.3.2015 – Jovens engajados, atuando como protagonistas da educação, são o foco da nova fase do Movimento A Indústria pela Educação, iniciativa da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). O plano de ação foi aprovado nesta segunda-feira (9) pelo Conselho de Governança do Movimento.
A estratégia, segundo o presidente da Federação, Glauco José Côrte, é aumentar a interação com a juventude, além de descobrir talentos e valorizar projetos que possam contribuir para a melhoria da educação. “O Brasil precisa resgatar princípios, cuja essência foi sendo relativizada nos últimos anos, é um esforço e uma contribuição que o movimento está fazendo para o resgate de princípios e valores importantes para a sociedade”, afirmou.
O plano de trabalho contempla um conjunto de atividades que envolvem os jovens, estimulando o protagonismo, a liderança, o empreendedorismo e a educação tecnológica. Em cada uma das 16 vice-presidências regionais da FIESC serão identificados dois jovens que tenham algum tipo de destaque, por exemplo, em competições nacionais e internacionais, para atuarem como “embaixadores” da educação.
“Vamos convidá-los a sentar conosco, discutir e trazer suas percepções em relação à qualidade da educação”, destacou Côrte. Outras ações são eventos como o Startup Weekend e o Grand Prix de Inovação, realizados em finais de semana, nos quais, em contato com grandes empresas, grupos de jovens criam e desenvolvem ideias, que podem se tornar produtos no mercado.
Jovens pedem melhorias na educação
A preocupação com a juventude decorre de estatísticas como a de que 17% dos catarinenses de 10 a 24 anos estão fora da escola. Também em Santa Catarina, 61% dos jovens de 19 anos não concluíram o ensino médio e 83,7% dos que têm 16 anos não concluíram o ensino fundamental.
A melhoria da qualidade da educação é uma demanda dos jovens no mundo inteiro. Pesquisa do Fundo de População das Nações Unidas revela que 68% dos jovens de países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e 58% dos jovens de países com elevado IDH apontam a educação como prioridade na agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015.
O diretor executivo do Movimento A Indústria Pela Educação, Antônio José Carradore, ressaltou que o Brasil precisa aproveitar a janela demográfica. Em 2010, o país tinha em torno de ¼ da população na faixa de 10 a 24 anos. As projeções demográficas apontam para uma redução gradativa do percentual de pessoas nesta faixa de idade até que, em 2043, a população total brasileira comece a diminuir. “É preciso fazer com que o jovem seja mais produtivo por mais tempo”, salientou Carradore.
Na opinião de Mozart Neves Ramos, consultor do Movimento A Indústria Pela Educação, a proposta “coloca o jovem como elemento estratégico para mobilizar a sociedade pela causa. Você só vai ter educação de qualidade para todos quando o tema for prioridade para o conjunto da população”.
O secretário de Estado da Educação, Eduardo Deschamps, observou que “trabalhar a educação como uma prioridade de toda a sociedade, e não somente do governo, é um dos principais papéis que o Movimento A Indústria pela Educação tem realizado. O setor industrial tem apontado as deficiências que existem no âmbito educacional”, complementou.
Família na Escola
O Conselho de Governança aprovou também a criação do Dia Estadual da Família na Escola, um domingo por ano, no qual as famílias serão estimuladas a visitar e realizar tarefas de interação com as escolas dos filhos.
O Plano de Trabalho também prevê a ampliação do movimento para outros segmentos da sociedade, além de buscar alcance nacional. Também foram estabelecidos os focos das ações para 2016 (gestão educacional) e 2017 (professor).
Outras metas são promover a escolaridade básica completa de 63% dos trabalhadores da indústria de Santa Catarina até 2017 e atender 100% da demanda por profissionais qualificados, apontada pelo Mapa do Trabalho na Indústria. Além disso, o Movimento pretende se constituir em Observatório de Educação até 2016.
Fonte: FIESC
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