Dado foi revelado durante Workshop Internacional de Logística, promovido pelo SENAI em Itajaí
Itajaí, 26.9.2014 – O investimento na melhoria da logística interna gera economia oito vezes superior ao valor aportado, em média. O resultado aparece, entre outros fatores, devido à diminuição dos erros e do tempo de implementação de novas tecnologias nas indústrias. As informações são de Ralf Gruber, especialista em simulação da FlexSim Software. O americano participou, na noite desta quinta-feira (25), do Workshop Internacional SENAI de Logística, realizado em Itajaí. O evento é o 11º workshop internacional promovido pelo SENAI/SC, entidade da FIESC, em 2014.
“O SENAI não se propõe a resolver os problemas de logística do Brasil, a FIESC tem trabalhado nisso. Mas podemos, como órgão técnico especializado, ajudar na logística interna das empresas”, afirmou Sérgio Roberto Arruda, diretor Regional do SENAI/SC, se referindo ao Instituto SENAI de Tecnologia em Logística, inaugurado neste ano em Itajaí.
Em entrevista durante o workshop, o gerente de Logística da Arcelor Mittal Vega, Marcos Arante, relatou ganho médio de 11% em produtividade e redução de 6% nos custos do transporte das bobinas produzidas na unidade de São Bento do Sul. Os resultados apareceram após o uso de simulação computacional, feita em conjunto com o instituto.
“O conjunto de competências que encontramos no Instituto SENAI está no nível do que se vê no exterior”, constatou Arante.
Em sua palestra, Ralf Gruber destacou os benefícios da simulação computacional. “Criamos um ambiente livre de limitações, onde podemos realizar testes sem riscos de danificar equipamentos. Assim, simplificamos questões complexas e conseguimos responder a perguntas específicas”, afirmou.
No entanto, para que as simulações atinjam os resultados esperados, é preciso um grande volume de dados. “Percebemos, em nossas consultorias, que um dos maiores desafios é ter maturidade na informação a ser obtida pelas indústrias”, afirmou Geferson Luiz dos Santos, diretor do SENAI Itajaí.
A programação contou ainda com apresentação de Armando Lucrecio, do Instituto de Tecnologia Flextronic. Ele relatou experiências de sucesso na implementação de tecnologias de rastreamento de produtos por radiofrequência (RFid, na sigla em inglês). Lucrecio citou o exemplo da HP, que contratou sua empresa para implementar a tecnologia e hoje mapeia, entre outros produtos, 22 milhões de cartuchos de tinta por ano. “É uma tecnologia amadurecida, que é utilizada nos mais variados setores industriais”, defendeu Lucrecio.
Institutos SENAI – A unidade dedicada à logística foi o primeiro Instituto SENAI de Tecnologia a entrar em funcionamento no País. Instalada em Itajaí, a nova estrutura recebeu investimento de R$ 9,7 milhões e tem foco na disseminação de tecnologias e processos inovadores para a logística interna das indústrias.
A implantação do instituto integra programa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que tem orçamento total da ordem de R$ 2 bilhões, com parte dos recursos oriunda do BNDES. Este montante será aplicado em 60 Institutos SENAI de Tecnologia e 25 Institutos SENAI de Inovação. Destes, Santa Catarina irá receber sete de tecnologia e três de inovação, envolvendo investimentos de R$ 174 milhões.
Fonte: FIESC
Simpesc nas redes sociais