Manual foi lançado em live nesta quinta-feira, juntamente com o guia Financiamento para o clima; ambas as diretrizes orientam as indústrias a considerarem as mudanças climáticas como variáveis em seu planejamento estratégico.
Florianópolis, 19.11.2020 – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) lançou nesta quinta (19) dois manuais para orientar as empresas do setor na formulação de seus planos de adaptação à mudança do clima e para a obtenção de financiamento, considerando questões ambientais.
O documento intitulado Indústria Resiliente foi elaborado em parceria com a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), por meio do Plano Sustentabilidade. O outro manual é o Financiamento para o clima – Guia para otimização do acesso pela indústria. O lançamento das diretrizes ocorreu durante a live “Gestão de risco climático – fator chave para gestão, investimentos e continuidade dos negócios”, que contou com a participação do presidente da Câmara Ambiental da FIESC, José Lourival Magri.
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Magri relatou as dificuldades enfrentadas pela indústria catarinense em relação às mudanças de clima, incluindo o primeiro furacão registrado no hemisfério Sul, em 2004 e eventos que se sucedem com mais frequência, como cheias e estiagens. “Agora em junho, ocorreu um ciclone bomba que deixou 10 mortes e prejuízos da ordem de R$ 1,5 bilhão.
Entre novembro e dezembro de 2019 e maio deste ano tivemos uma grande estiagem no Estado, comparada à seca de 1957, e que prejudicou o funcionamento de cinco ou seis usinas hidrelétricas no Sul do Brasil, comprometendo a produção de 6 mil megawatts”, disse, ao destacar que a região Oeste do Estado vive agora mais uma estiagem.
Magri observou também que a reconhecida e tradicional Oktoberfest surgiu de uma mobilização de reconstrução de Blumenau, depois de uma cheia que atingiu a cidade, bem como diversas outras regiões catarinenses nos dois anos seguintes. Para o presidente da Câmara Ambiental da FIESC, a indústria não está alheia a estas situações, que podem comprometer os processos produtivos – da geração da matéria-prima ao escoamento dos produtos acabados.
“A mudança climática está na pauta das indústrias e faz parte de todo o processo produtivo; por isso, este guia será uma ferramenta para que, junto com outros sistemas de gestão e de planejamento estratégico, considere a variável da mudança climática para se prevenir e se tornar cada vez mais resiliente”, afirmou.
Tendo por base o Plano de Sustentabilidade, da FIESC, o guia faz a adequação de metodologia consolidada internacionalmente à realidade da indústria nacional, a partir da incorporação de seus conceitos às ferramentas de gestão da qualidade e de risco já praticados pelo setor industrial, de forma a contribuir para a criação da cultura de prevenção ao risco climático na cadeia produtiva.
Fonte: FIESC
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