Agenda da FIESC, lançada nesta segunda-feira (9), mostra que no período são necessários investimentos de R$ 8,8 bilhões no modal rodoviário, R$ 833,5 milhões no ferroviário, R$ 480 milhões no aeroviário e R$ 1,45 bilhão no aquaviário.
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Florianópolis, 9.12.2019 – A Agenda Estratégica da Indústria para Infraestrutura de Transporte e a Logística Catarinense mostra que o estado demanda R$ 11,5 bilhões até 2023 para manter e ampliar a infraestrutura de transporte nos modais rodoviário (R$ 8,8 bilhões), ferroviário (R$ 833,5 milhões), aeroviário (R$ 480 milhões) e aquaviário (R$ 1,45 bilhão). Deste total, R$ 7,1 bilhões são relativos à investimentos federais, R$ 1,25 bilhão estadual, R$ 150 milhões municipais e R$ 3 bilhões privados. Em média, Santa Catarina precisa do aporte de R$ 2,89 bilhões por ano em infraestrutura, revela o documento lançado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta segunda-feira (9), em Florianópolis, com a participação de lideranças industriais, políticas e especialistas na área.
Em sua apresentação, o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, destacou que estudo do Fórum Econômico Mundial com 137 economias colocam o Brasil na 73º posição em infraestrutura. “Santa Catarina tem apresentado números bastante promissores para seu desenvolvimento, mas, seguramente, esses resultados estão comprometidos caso não sejam feitas melhorias na nossa infraestrutura. Temos tido um crescimento muito acima da média nacional, somos o estado com menor índice de desemprego do país, mas se não tivermos uma infraestrutura adequada esses resultados podem diminuir e o estado perder desempenho”, avaliou, salientando que Santa Catarina é um hub.
“É uma plataforma logística para o Brasil e pode aumentar sua participação, principalmente pelo excelente desempenho dos nossos portos. Porém, os portos precisam da complementariedade, dos acessos rodoviários, das ferrovias, enfim, precisamos de um projeto de intermodalidade que contemple toda a cadeia de transporte no estado”, completou.
Por meio do sistema Monitora, a FIESC acompanha a execução de 40 obras de infraestrutura no estado que totalizam R$ 5 bilhões. São 7 obras no modal aeroviário (R$ 219 milhões), duas no aquaviário (R$ 597 milhões), sete no ferroviário (R$ 153 milhões) e 24 no rodoviário (R$ 4 bilhões). 97% das 40 obras analisadas encontram-se com o prazo expirado ou com o andamento comprometido.
A FIESC dividiu a agenda em capítulos que abordam temas como: planejamento, investimento, política e gestão, Agenda Portos, Grupo de Trabalho BR-101 do Futuro, Rodovias Oeste SC do Futuro, além de um anexo que trata de diversos assuntos, entre eles, a realização de estudo para melhorias no aeroporto de Chapecó e a proposta de um modelo de concessão para o porto de Itajaí.
Um dos pontos que a FIESC chama a atenção na agenda é a necessidade urgente de realizar um estudo de viabilidade de um sistema intermodal de transporte para Santa Catarina, considerando todos os modais, inclusive a cabotagem e o potencial hidroviário. Para a entidade, este estudo deverá apresentar um planejamento integrado do sistema de transporte catarinense para curto, médio e longo prazos, de acordo com as variáveis macroeconômicas e a distribuição espacial da produção estadual. A partir deste trabalho, o estado terá condições de construir um banco de projetos que permitirá identificar oportunidades de investimentos públicos e privados para a infraestrutura.
Orçamento da União: O Orçamento Geral da União (OGU) e PAC para 2019 em Santa Catarina prevê R$ 670 milhões para obras de infraestrutura. Desse total, até novembro, foram pagos R$ 457 milhões, dos quais 42% são referentes a restos a pagar de anos anteriores.
Acidentes: Santa Catarina tem 2.606 km de rodovias federais. É o quarto estado com maior número de mortes nestes trechos: em 2018 foram registrados 8.478 acidentes e 387 mortes. O estado tem 8.435 km de rodovias estaduais, que no período totalizaram 7.409 acidentes e 229 mortes. Somadas as estatísticas das estradas estaduais e federais, a média diária é de 44 acidentes e dois óbitos.
Fonte: FIESC
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