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TRINTA MILHÕES de dias sem trabalhar

18 de setembro de 2018
TRINTA MILHÕES de dias sem trabalhar

Estudos internacionais da consultora americana HealthNext apontam que a baixa produtividade representa 70% dos custos com a falta de saúde do trabalhador. O observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, mantido pelo Ministério Público do Trabalho, informa que, desde 2012, já são mais de 30,6 milhões de dias de afastamento do trabalho em Santa Catarina, causando um impacto previdenciário superior a R$ 1,3 bilhão.

Neste contexto, o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar (foto) esteve em Joinville neste dia 17, onde lançou a plataforma Sesi Viva +, ferramenta integrada ao eSocial e que auxilia a indústria na gestão dos indicadores de saúde e segurança do trabalhador. Mais de 400 pessoas, de dezenas empresas, participaram do evento.

– Estas questões estão diretamente ligadas à saúde e à segurança do trabalhador, com as quais a indústria brasileira gasta, anualmente, R$ 30 bilhões. Desse valor, R$ 10 bilhões são consumidos pelo seguro de acidente de trabalho. As despesas com a saúde suplementar, por meio do pagamento dos planos de saúde dos trabalhadores, são estimados em R$ 20 bilhões. Aguiar defende que esta é uma agenda que precisa estar entre as prioridades da mais alta gestão das organizações. É assunto para o presidente da companhia.

A ferramenta permite fazer a gestão dos indicadores de saúde e segurança do trabalhador, informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais. A plataforma está integrada ao eSocial, sistema que unifica, padroniza e torna 100% digital a comunicação de contribuições previdenciárias, folha de pagamento, acidente de trabalho, aviso prévio e o FGTS, por exemplo.

Abrangência

Em todo o país, essa nova forma de registro abrange 4 milhões de empregadores e 44 milhões de trabalhadores. Em Santa Catarina, só na indústria, são 50 mil estabelecimentos, dos quais 98% de micro e pequeno portes – e 700 mil trabalhadores.

A plataforma alerta as empresas em relação a possíveis não conformidades no atendimento de algum requisito exigido pelo governo e ainda permite aos trabalhadores acompanhar a gestão dos próprios indicadores de saúde. Será possível acessar informações sobre exames médicos ocupacionais, atestados de saúde ocupacional, capacitações e equipamentos de proteção individuais exigidos no exercício de suas funções, entre outros. A partir daí, há o registro contínuo de tudo o que acontece com o trabalhador dentro da empresa – desde sua admissão até seu desligamento.

Onze por cento

Até o fim deste ano, o Ministério Público do Trabalho estima que os acidentes e doenças ocasionados no ambiente ou em decorrência de atividades de trabalho deverão custar aproximadamente R$ 4 bilhões às empresas e cofres públicos brasileiros.

Os gastos com a saúde do trabalhador equivalem, em média, a 11% da folha de pagamento das empresas brasileiras. Mas esta é a parte perceptível de um custo que pode ser três vezes maior, com a queda de produtividade, que se apresenta na forma de absenteísmo (afastamentos ou licenças por causa da incapacidade de trabalho) ou de presenteísmo (trabalhador presente, mas sem a plena produtividade, devido à precariedade de sua condição de saúde)

Fonte: A Notícia – Cláudio Loetz – 18.09.2018

 
 


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