Em todas as agendas de produtores, varejo e fornecedores de insumos para agricultura, a palavra sustentabilidade aparece em destaque. Existe, hoje, uma real demanda em oferecer produtos com a imagem de segurança alimentar e de responsabilidade ambiental. Ainda que para a maioria dos consumidores a definição do termo sustentabilidade seja distorcida por campanhas de marketing, precisamos pensar em sustentabilidade não somente ambiental, mas também social e econômica.
Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, unir desenvolvimento econômico e conservação ambiental é praticar o desenvolvimento sustentável, ou seja, suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer as necessidades das gerações futuras. Os americanos chamam Sustainability e os franceses de Dévélopment Durable. Em ambos os casos, a noção de “desenvolvimento” é intrínseca à sustentabilidade, ou seja, o uso de técnicas que permitam o aprimoramento da produção, da produtividade e da qualidade, levando em conta os fatores de mitigação ambiental e social e desenvolvimento econômico de toda a cadeia.
Mas para os produtores, a demanda do mercado por sustentabilidade se traduz nos investimentos necessários, como as certificações, análises de laboratórios, laudos, treinamentos, equipamentos, rastreabilidade e a contratação de consultores e ou mão de obra especializada. Estes investimentos são importantes, mas podem descapitalizar o produtor rapidamente sem trazer um retorno imediato. Outras vezes, o termo sustentabilidade é utilizado como simples ferramenta de marketing. As famosas apelações “sem agrotóxico”, “ecológico”, “sem resíduos” e “natural” confundem o consumidor.
O setor de flores, frutas, legumes e verduras (FFLV) representa uma parte importante do PIB brasileiro e emprega milhares de pessoas. No entanto, os produtos no Brasil são caros e de baixa qualidade, quando comparados com os de países desenvolvidos. O baixo consumo médio per capita de FFLV (a metade do que consome um americano) comprova esta realidade, onde o acesso é “insustentável” para o bolso da maioria. O brasileiro consome em média a metade de hortaliças de um norte americano, a terça parte de um europeu e um quarto de um asiático.
O cultivo de FFLV em estufas agrícolas é uma das soluções mais modernas e seguras em termos de produção sustentável, pois reúne alta produtividade e baixo impacto ambiental. O aumento da produtividade de até 10 vezes quando comparado com o campo aberto e a redução do consumo de água, insumos e defensivos fazem desta tecnologia a solução para o futuro da agricultura, seja convencional ou orgânica. Para que estes resultados sejam alcançados é necessário um investimento em tecnologias, sistemas de controle de clima, de irrigação e de nutrição, além de um manejo rigoroso.
Na hidroponia as plantas são cultivadas em sistemas fechados, onde se reduz a perda de agua e de fertilizantes (lixiviação e volatização), evitando assim a salinização dos solos e a contaminação dos lençóis freáticos.
Em 2017, a Termotécnica – empresa líder nacional na produção de soluções em EPS (isopor®) – lançou a Base Universal para Substrato DaColheita (BUS), que visa contribuir para a sustentabilidade do agronegócio. A BUS é uma peça moldada em EPS, de alta densidade, que pode ser utilizada como suporte para vasos, slabs e substrato a granel para a produção hidropônica. É modular, de fácil montagem e possui um sistema de coleta de solução drenada integrada.
Com a BUS, a produção de morango em estufas, por exemplo, pode ser feita facilmente em bancadas elevadas, o que melhora a ergonomia e a qualidade das frutas, pois elas não ficam em contato com o solo. Além disso, a recuperação da solução nutritiva permite uma economia de fertilizantes e uma redução da umidade do solo, que gera menor manutenção e incidência de doenças. Uma verdadeira revolução em comparação ao cultivo tradicional em campo aberto.
Para o agronegócio, a Termotécnica também produz bandejas de mudas, embalagens para frutas e verduras e colmeias para a apicultura. Há mais de 10 anos, a empresa exerce um papel muito importante no esclarecimento, estímulo e reciclagem do isopor®. Por meio do Programa Reciclar EPS, a Termotécnica já deu um destino correto a mais de 35 mil toneladas pós-consumo de EPS. Representativo, esse número equivale a 1/3 de todo o isopor® que foi reciclado no Brasil desde 2007. O Reciclar EPS gera cerca de 100 empregos diretos, conta com mais de 1,2 mil Pontos de Coleta e 300 cooperativas de reciclagem parceiras, o que impacta diretamente mais de 5 mil famílias.
Andrés da Silva
Eng. Agrícola, M.Sc. andres@eacea.com.br
EACEA – Soluções em Cultivo Protegido / Termotécnica
Fonte: EDM Logos
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