Avaliação foi feita pelo presidente da FIESC na abertura do Congresso Estadual de Magistrados, em Florianópolis.
Florianópolis, 30.11.2017 – A incerteza política e a insegurança jurídica estão entre os principais desafios à competitividade do País. A avaliação é do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, que realizou palestra na noite desta quinta-feira (30), na abertura do Congresso Estadual de Magistrados, evento promovido pela Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) e pela Escola Superior da Magistratura do Estado de Santa Catarina (Esmesc).
No painel de abertura, junto com o desembargador Pedro Manoel Abreu, decano do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, Côrte traçou uma completa radiografia do cenário econômico atual. Mostrou que o País iniciou o processo de retomada do crescimento econômico e que Santa Catarina saiu na frente, apresentando estatísticas sistematicamente melhores que a média brasileira em áreas como produção, vendas, geração de empregos e desocupação. Contudo, para consolidar a retomada e sustentá-la no longo prazo, o Brasil precisa enfrentar os desafios que limitam a competitividade, argumentou Côrte.
Nesse contexto, o cenário eleitoral para 2018, que já está sendo antecipado, terá papel decisivo. Existem dois cenários possíveis: o melhor, é o de um País debatendo consistentemente as ideias agora ainda pulverizadas, com abertura para novas lideranças, discussão séria das reformas, abrindo espaço para uma nova política, ponderou. “O ruim seria aprofundar a polarização, a chamada política tradicional, desconectada da realidade, numa mera disputa por poder, sem um debate sério sobre a necessidade de modernização do País”, disse, referindo-se a questões como as inadiáveis mudanças nos sistemas previdenciário e tributário, além das garantias aos investidores privados, que passam a ser decisivos para a melhoria da infraestrutura brasileira.
“A segurança jurídica é fundamental para o desenvolvimento sustentável, contribui para atração e retenção de investimentos e também é condição de cidadania”, resumiu Côrte. “Esse tema foi debatido no Fórum da Indústria em São Paulo hoje. O Brasil não tem um ambiente de negócios que estimule os investimentos. Temos ciclos, em que vamos bem apenas por algum tempo. Há timidez nas parcerias público-privadas, com muitas mudanças. Por isso estamos atrás de economias industrializadas e mesmo de emergentes no que se refere à segurança jurídica, o que encarece os investimentos”, afirmou, mencionando o complexo arcabouço jurídico brasileiro para áreas como a tributária.
Fonte: FIESC
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