Primeira etapa está voltada ao mercado residencial, para colaboradores das entidades parceiras; em fevereiro, programa será aberto a micro e pequenas indústrias.
Florianópolis, 21.11.2017 – No primeiro dia de inscrições, nesta segunda (20), o Programa Indústria Solar recebeu 450 inscrições de interessados, colaboradores das instituições parceiras (Sistema FIESC, Weg, Engie e Celesc). O número supera 1% do público-alvo da iniciativa. As inscrições passarão por análise que avaliará a viabilidade técnica da instalação de sistemas de geração de energia solar nas residências. O próximo passo será a incorporação de 50 mil micro e pequenas indústrias catarinenses, a partir de fevereiro. O programa foi apresentado à Câmara de Assuntos de Energia da FIESC, reunida nesta terça-feira (21).
O diretor de operações da Engie Geração Solar Distribuída, Rodrigo Kendi Kimura, destacou que a matriz histórica energética brasileira – baseada em usinas hidro e termelétricas – está esgotada, o que exigirá o crescimento da participação de sistemas eólicos, solares, térmicos com base em biomassa e gás natural. O ano da virada, no entendimento de Kimura foi 2010, quando o Brasil estava construindo usinas hidrelétricas para a produção de 20 mil megawatts. A tendência agora é zerar a produção em novas fontes hidrelétricas.
Por outro lado, os sistemas fotovoltaicos devem passar dos atuais 17 mil para 700 mil, em 2024, totalizando 2,68 mil megawatts. O mercado residencial deverá responder por 620 mil unidades e 1,86 mil megawatts. Kimura afirmou que a Engie pretende ampliar parcerias voltadas ao desenvolvimento de sistemas de energia solar. Destacou também a parceria com o SENAI para a formação de profissionais para atuar no sistema.
Na reunião foram apresentadas alternativas de financiamento do BRDE e BADESC para sistemas fotovoltáicos nas indústrias. Também foram mostrados os cases de energia solar na produção de batata-semente na Agrosem, em Canoinhas, e na produção de vinho, na vinícola Guatambu, de Dom Pedrito-RS. Os projetos foram desenvolvidos, respectivamente, pela Quantum Energia e pela Inove Energias Renováveis.
O presidente da Câmara, Otmar Müller, salientou a necessidade de mudança na legislação tributária do Estado. É que ao instalar um sistema fotovoltáico, o consumidor envia a energia excedente para o sistema da concessionária (no caso a Celesc), gerando créditos que podem ser utilizados em até cinco anos. “Santa Catarina é um dos três Estados brasileiros em que o consumidor paga ICMS sobre o total de energia consumido e não apenas pela parcela que adquire da concessionária”. Müller lembra que o assunto já foi apresentado ao presidente da Assembleia Legislativa, que se mostrou disposto a levar o tema à apreciação dos deputados.
Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal, entidade parceira da FIESC no fomento de energias renováveis, destacou a importância da ampliação da participação dos sistemas fotovoltaicos na matriz energética. Salientou a elevada irradiação solar brasileira, a redução de investimentos elevados na construção de usinas de grande porte e de custos de transmissão, já que a produção da energia é feita no local de consumo.
Fonte: FIESC
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