Economista afirmou que a retomada é frágil, mas consistente e apostou que a economia vai “voar”
Florianópolis, 27.10.2017 – “O momento agora é de estar preparado para o novo ciclo. Ponham na cabeça de vocês que a economia vai voar. O momento de investir é agora. Está barato”, afirmou o economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, durante palestra em reunião de diretoria da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), realizada nesta sexta-feira (27), em Florianópolis.
Segundo ele, 2019 será um ano para fazer reformas, principalmente, a da previdência. Mas em 2020 a economia volta para o seu potencial e o Brasil deve ser grau de investimento. “Aí a gente vai voar”, completou. Na opinião dele, a economia está saindo da recessão, mas a retomada ainda é frágil, porém consistente. “Estamos diante de um ciclo político e econômico favorável e vai ganhar quem estiver preparado”, observou, lembrando que o próximo presidente da República terá que ser um gestor responsável se quiser sobreviver politicamente.
Padovani disse que a reforma da previdência é urgente por conta da questão fiscal, mas que no período 2019-2022 os investimentos em infraestrutura devem ganhar relevância. “Se não fizer a reforma da previdência, o País colapsa”, afirmou.
O economista não descartou alguma volatilidade, mas pontuou que isso é de curto prazo. Roberto disse que a razão central para esse ciclo de recuperação é a taxa de juros baixa que estimula a economia. “Os juros estão no chão porque o mundo está favorável. Estamos vivendo uma situação global de euforia, com crescimento na China, Europa e Estados Unidos, com abundância de capitais e liquidez. Portanto, as pessoas estão buscando oportunidade no mundo todo. A América Latina é uma oportunidade. E o Brasil, pela potência que é e pelo seu mercado consumidor, é um País que atrai recursos”, explicou.
Padovani também chamou a atenção para a inflação baixa, na faixa dos 2,7%, para a retomada do mercado de veículos, em função dos custos mais baixos de financiamento, e da melhora do mercado imobiliário, fatores que, segundo ele, são sinais claros de que o País está saindo da crise por meio do consumo.
Roberto acredita que 2018, em função das eleições, será agitado e confuso. “O próximo presidente vai ter que ser ajuizado porque estamos num momento de muitas restrições. O que faz as pessoas gostaram ou não do presidente da República é o fato de a economia estar andando”, disse, ressaltando que quem comando o País é o setor privado. “Se o setor privado vai mal, você troca Brasília”, concluiu.
Fonte: FIESC
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