A recessão está acabando, mas a reconstrução do setor em Santa Catarina depende de um trabalho coordenado envolvendo vários setores, aponta reportagem da revista.
Florianópolis, 9.5.2017 – A economia começa a dar sinais de recuperação, mas a reconstrução da indústria catarinense – setor que mais sofreu com a recessão – não depende apenas do crescimento do PIB, pois a indústria que emerge da crise apresenta características distintas daquela que existia há alguns anos e precisa se reinventar. A matéria de capa da 12ª edição da Revista Indústria & Competitividade, da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), mostra os principais fatores que transformam o mundo industrial e traz detalhes sobre o caminho que deve ser trilhado para que o setor seja competitivo em Santa Catarina na próxima década.
O “mapa” do futuro é o Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC 2022), da FIESC, elaborado com a participação de 1.700 especialistas. É ele que orienta ações da própria Federação e de outras entidades, como a Agência Investe SC, responsável pela atração de investimentos ao Estado, e o próprio Governo. Alguns resultados já podem ser observados, em áreas como tecnologia da informação, saúde, náutica e indústria automobilística.
Nesse contexto, as micro e pequenas indústrias são peças importantes do processo de adensamento das cadeias produtivas estratégicas para o Estado. Elas podem fornecer serviços especializados, assumir etapas de processos ou desenvolver soluções, mas para isso precisam se preparar melhor. Uma aprofundada reportagem da revista revela o perfil das micro e pequenas no Estado e mostra que sua produtividade equivale a apenas 30% da que é observada nas grandes. A matéria também aponta diversos programas disponíveis para que elas possam obter ganhos de produtividade e se integrar às maiores empresas e às cadeias produtivas.
O acesso à inovação na indústria é tratado na entrevista com o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), Jorge de Almeida Guimarães. Ele detalha o funcionamento da agência e mostra como as empresas podem obter apoio para o desenvolvimento de projetos de inovação em Santa Catarina, com acesso inclusive a recursos não reembolsáveis.
A revista traz ainda reportagens sobre gestão socioambiental, que aponta como a análise de indicadores pode levar a ganhos de produtividade, e sobre gestão no setor público. Esta última mostra como os industriais que assumiram as prefeituras de Jaraguá do Sul, Joinville e São Bento do Sul lidam com a crise fiscal dos municípios, valendo-se de métodos utilizados no setor privado. A edição traz perfis do empresário Roberto Zagonel, de Pinhalzinho, inventor da ducha eletrônica, e de Onésio Listone, funcionário da Aurora, torcedor e apoiador da Chapecoense. A publicação tem ainda uma reportagem sobre produtores rurais que apostaram na industrialização da produção e artigo do secretário da Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps.
Fonte: FIESC
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