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Tratamento e reuso da água, por JOSÉ RENATO DOMINGUES*

22 de março de 2017
Tratamento e reuso da água, por JOSÉ RENATO DOMINGUES*

O Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, levanta o debate sobre a importância das discussões em relação a finitude desse recurso, que pode atingir toda a população mundial a partir do ano de 2030 se nenhuma medida for tomada para a diminuição do desperdício ou para o reaproveitamento. A crise hídrica que assolou São Paulo em 2014 é a prova de que essa questão está cada vez mais próxima de todos nós.

Para o ano de 2017, a interagência da Organização das Nações Unidas, que cuida da temática de recursos hídricos e saneamento (ONU Água) escolheu o tema Água Residuais para ser o centro das discussões. Um relatório de 2015 apontou que apenas 20% das águas residuais de todo o mundo são tratadas e que países de baixa renda são os mais atingidos por água contaminada e doenças causadas pelo consumo dela.

A coleta e o tratamento das águas residuais são também grandes desafios para o Brasil. Segundo levantamento do Instituto Trata Brasil, apenas 48,6% da população tem acesso à coleta de esgoto, sendo que, desse efluente coletado, somente 40% passa por algum tipo de tratamento antes de ser descartado no meio ambiente. Toda água descartada após utilização humana tem suas características naturais alteradas, e a devolução para o meio ambiente requer tratamento.

O contexto da escassez de água acelerou a discussão para mudar esse cenário. Há uma iniciativa do Ministério das Cidades para criar uma Política Nacional de Reuso de Água. A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) apresentou, no ano passado, propostas de alteração da Lei Federal de Saneamento Básico, para que se incentive o investimento na construção de plantas que tratem de esgotos para produção de água e para garantir que os compradores de água de reuso recebam o recurso na qualidade, periodicidade e preços compatíveis com a demanda.

A grande vantagem da água de reuso é preservar a água potável para as necessidades que exijam essa característica. No âmbito das empresas, além dos aspectos sustentáveis, substituir água potável pela de reuso gera enorme economia financeira. Estamos diante de um mundo que exige que a sustentabilidade esteja no seu modelo de desenvolvimento. Hoje, já é possível planejar e instalar estações de tratamento para diversos perfis de estruturas e negócios.

O desenvolvimento dos processos de tratamento de água e efluentes cria também um espaço importante para a adesão de novas tecnologias no setor e o mercado buscará cada vez mais soluções e profissionais para atender essas demandas. A necessidade é urgente e o desafio é de todos.

*Diretor executivo de Pessoas e Sustentabilidade do Grupo Tigre

Fonte: A Notícia

 
 


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