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Entidades da FIESC debatem MP DO ENSINO MÉDIO com Deschamps

29 de setembro de 2016
Entidades da FIESC debatem MP DO ENSINO MÉDIO com Deschamps

Secretário de Estado da Educação detalhou medida provisória que visa a flexibilizar o ensino médio no Brasil com a oferta de disciplinas optativas para que o próprio estudante escolha o foco de sua formação.

Florianópolis, 29.9.2016 – O secretário de Estado da Educação e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps, apresentou nesta quinta-feira (29) a educadores das redes de ensino SESI e SENAI, entidades que integram a Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), detalhes da medida provisória 746/2016 que flexibiliza o ensino médio no Brasil. No encontro, em Florianópolis, Deschamps enfatizou as perspectivas com as mudanças no modelo oferecido no País, que visa a elevar o desempenho dos estudantes e tornar o ensino médio mais atraente.

O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, ressaltou a importância da discussão do tema. “É importante discutirmos que medida provisória é essa que está suscitando diversos debates no País para construirmos nosso entendimento em relação ao assunto”, afirmou. “É uma verdadeira revolução no ensino médio e chegou mais rápido do que poderíamos pensar”, acrescentou Côrte.

De acordo com o secretário, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) no ensino médio está estagnado desde 2011 e, atualmente, o desempenho em língua portuguesa e matemática é menor do que o registrado em 1997. Além disso, apenas 18% dos jovens brasileiros com idades entre 18 e 24 anos ingressam no ensino superior. “Duas coisas são fundamentais para todas as etapas da educação: currículo e bons professores.

Estamos trabalhando o primeiro item dentro da Base Nacional Comum Curricular, documento fundamental da educação brasileira. A formação de professores é decorrente da organização do currículo. Só vou saber formar um bom professor se eu souber o que eu quero que esse profissional trabalhe na escola. Para dar um salto em qualidade, precisamos mudar a arquitetura do ensino médio”, destacou.

Com o novo modelo proposto pela medida provisória, o estudante pode escolher entre cinco áreas (linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e formação técnica e profissional) para adaptar a trajetória escolar aos seus interesses. A mudança será gradual e cada escola poderá escolher qual das cinco áreas oferecerá aos alunos. Deschamps ressaltou ainda que a expansão do ensino médio no Brasil para tempo integral fortalecerá os sistemas de ensino e o Pacto Federativo.

Entre as vantagens citadas por Deschamps no caso da formação técnica estão a inclusão da experiência no setor produtivo, por meio da aprendizagem profissional; os certificados intermediários, que serão emitidos de acordo com as competências que o aluno vai adquirindo; e a possibilidade de credenciamento no Ministério da Educação de pessoas com notório saber para lecionar nas escolas. A implantação desse modelo de ensino médio deve ocorrer até o segundo ano letivo subsequente à data de publicação da Base Nacional Comum Curricular.

Fonte: FIESC

 
 


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