Tentei de diversas formas iniciar esse texto com palavras positivas ou mais leves, mas cheguei à conclusão que é melhor ser ríspido do que mascarar verdades que já são absolutas. Enfrentamos uma década perdida. Essa crise não é passageira, veio para ficar e deixará marcas profundas, que não se apagarão.
Atualmente, o problema do Brasil não é apenas político. Reflexos desse cenário interferem drasticamente em nossa economia, que vem sendo deteriorada dia após dia. Empresas enfrentam sérias dificuldades e são obrigadas a dar férias coletivas para evitar as demissões, que muitas vezes são necessárias.
Eu acredito que a recuperação acontecerá, mas levará tempo e, antes disso, enfrentaremos momentos ainda mais difíceis. A nossa conscientização é imprescindível.
Precisamos agir com coragem e não podemos nos acovardar diante das dificuldades. Mas qual é o meu papel? O que eu, cidadão comum, posso ou devo fazer? Por onde começar?
Que tal iniciarmos com aquilo que depende de nós, como desacelerar o consumismo, utilizar racionalmente os recursos naturais – como a água e a energia elétrica –, separar o lixo corretamente e encaminhá-lo para reciclagem?
Cada um deve fazer a sua parte. É importante refletirmos juntos, pela transformação da consciência coletiva, por atitudes corretas e coerentes. Só assim teremos boas oportunidades de – com o fim da crise – contribuir com a retomada do crescimento do País.
Não é só no Brasil, o mundo todo passa por esse processo de repensar e reorganizar suas prioridades. Se nos prepararmos, sairemos deste momento de incerteza ainda melhores, mais fortes, estruturados e conscientes. É importante deixar de lado a acomodação e a zona de conforto. Sei que é difícil, é muito difícil.
É necessário dedicar esforços, aplicar a inteligência, atuar com estratégia e se comprometer com o diálogo, em busca de respostas positivas e soluções. Somos responsáveis pela nossa transformação.
Não desanime, empreenda. Torne-se protagonista da sua história e da transformação do País agora.
Presidente da Termotécnica*
Fonte: A Noticia – Economia – 05.04.2016
Simpesc nas redes sociais