Perspectivas para estes insumos foram debatidas nesta terça (29) em reunião da Câmara para Assuntos de Energia da FIESC.
Florianópolis, 29.03.2016 – A energia elétrica e o gás natural, dois importantes insumos da indústria, devem sofrer redução de preços em 2016. As perspectivas são de baixa de aproximadamente 11% para a energia e 9% para o gás. Estas perspectivas foram debatidas nesta terça-feira em reunião da Câmara para Assuntos de Energia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC).
De acordo com Danilo Kuhnen, consultor da FIESC, a redução no preço da energia elétrica será causada por dois motivos: a mudança da bandeira tarifária, de vermelha para verde (devido à recomposição dos reservatórios das hidrelétricas), e a redução Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo setorial fixado pela ANEEL. Já a perspectiva de diminuição no preço do gás natural foi feita pelo presidente da SCGás, Cosme Polêse, que citou a diminuição dos preços do produto no mercado internacional.
Para o presidente da Câmara, Otmar Muller, as reduções trazem alívio importante para as indústrias em tempos de crise. Ele lembrou, no entanto, que, mesmo com a diminuição, a energia elétrica catarinense deve continuar sendo uma das mais caras do mundo e reforçou a necessidade de que o governo federal reveja a distribuição das cotas da energia elétrica “barata”, que atualmente prejudica Santa Catarina.
Muller defendeu ainda que o governo do Estado assuma o papel de indutor na produção de biogás a partir dos dejetos de suínos. Ele argumentou que esta solução geraria desenvolvimento econômico e contribuiria para a diminuição do impacto ambiental da suinocultura.
Gás pós 2020 – A garantia de disponibilidade de gás natural em SC também foi debatida na reunião. Com a baixa demanda causada pela crise, o gás atualmente disponível deve ser suficiente para atender à demanda no curto prazo. Assim, a SCGás estuda opções de compra de gás para a próxima década, já que o contrato com a Petrobras termina em 2020. Polêse afirmou que a empresa está com dificuldade de se planejar devido a imprevisibilidade dos cenários econômico e institucional brasileiro, mas que as opções disponíveis trazem “tranquilidade”.
Fonte: FIESC
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