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Em Blumenau, FIESC COBRA RETORNO MAIOR dos impostos pagos pelo Estado

09 de novembro de 2015
Em Blumenau, FIESC COBRA RETORNO MAIOR dos impostos pagos pelo Estado

Durante reunião do Fórum Parlamentar Catarinense sobre a BR-470, presidente da entidade lembrou que no ano passado Santa Catarina mandou a Brasília R$ 45 bilhões em impostos federais

Blumenau, 6.11.2015 – O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Glauco José Côrte, cobrou na manhã desta sexta-feira (6), em Blumenau, maior retorno a Santa Catarina dos impostos federais recolhidos pelos contribuintes do Estado.

“No ano passado mandamos R$ 45 bilhões para Brasília em tributos federais e parte expressiva deveria voltar para investimentos nas rodovias. Das 36 obras do governo federal que a FIESC acompanha, 72% têm o prazo expirado ou estão com cronograma comprometido”, afirmou, durante reunião do Fórum Parlamentar Catarinense sobre a situação da BR-470 em Blumenau.

Côrte lembrou que o custo logístico em Santa Catarina é maior do que no resto do País e corresponde a 14% do faturamento da indústria, sendo quase metade disso decorrente do transporte, que fica mais caro devido às condições precárias das rodovias.

Isso foi evidenciado na reunião com a exibição de vídeo produzido pela FIESC mostrando o cenário nas principais rodovias estaduais, com destaque para BRs como a 470, a 101 e a 282.

“Faço questão de registrar o trabalho de nossos representantes no Congresso, que têm feito grande esforço, mas infelizmente não temos conseguido avanços para mudar estruturalmente essa situação”, disse Côrte.

Ele lembrou que se houvesse redução de um ponto percentual no custo logístico, a economia em Santa Catarina seria de R$ 1,8 bilhão por ano. “Isso seria fundamental para restituir a competitividade das indústrias”, completou.

Estudo da FIESC sobre a situação das obras da BR-470, no trecho que liga Navegantes a Indaial, demonstra grande dificuldade para a execução das obras, principalmente em função da falta de repasses dos recursos financeiros, gerando inclusive paralização de trabalhos.

Dados do Orçamento Geral da União, compilados pela Federação, indicam que no período de 2010 a 2015 foram previstos R$ 375 milhões para a duplicação, sendo que somente R$ 91,8 milhões foram pagos até outubro de 2015 (incluindo os restos a pagar).

O Plano Plurianual (PPA 2016-2019) prevê R$ 1,17 bilhão para a adequação da BR-470, com previsão de término da obra para julho de 2022, postergação de cinco anos em relação ao prazo previsto no edital.

Para Santa Catarina, o valor total de obras previsto no PPA é R$ 5,9 bilhões, mas só para o modal rodoviário. Não está contemplada nenhuma obra para ferrovias e nem para aeroportos, enquanto o aeroporto internacional de Porto Alegre foi contemplado com R$ 795 milhões.

Santa Catarina também não receberá investimentos no modal aquaviário, mas o porto de Paranaguá, no Paraná, foi contemplado com R$ 423 milhões.

A FIESC calcula que serão necessários R$ 14,9 bilhões para execução de obras de infraestrutura em Santa Catarina. A maioria é relacionada com manutenção e ampliação da infraestrutura disponibilizada.

A BR-470 permite a ligação com o eixo litorâneo e os portos catarinenses. Atende as regiões do Vale do Itajaí, foz do rio Itajaí, Alto Vale do Itajaí, Vale do Itajaí Mirim, Centro-Oeste e Centro-Norte do Estado.

Juntas, estas regiões congregam 21 mil estabelecimentos, que empregam 378 mil trabalhadores. A BR-470 recebe o fluxo proveniente da BR-282 (Oeste de SC) e da Argentina. Com esta configuração, a rodovia é um eixo importante tanto para a atividade do turismo quanto para a produção agrícola e industrial localizada no seu entorno.

Fonte: FIESC

 

 
 


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