Painel realizado em Florianópolis mapeou desafios para o desenvolvimento do setor em Santa Catarina.
Florianópolis, 02.09.2015 – A adoção de fontes de energia alternativas, o aprimoramento dos processos de reciclagem e a recuperação de áreas degradadas, antes vistas apenas como obrigações para as empresas, hoje são consideradas oportunidades de investimento.
Estas são algumas das conclusões dos 80 industriais, especialistas e pesquisadores reunidos nestas terça e quarta (1 e 2) na Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC). Eles participaram do painel setorial de meio ambiente, que integra o Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense (PDIC 2022).
“Meio ambiente é um tema estratégico para a indústria, sobretudo para a de Santa Catarina, por três razões básicas. Os recursos naturais são esgotáveis, portanto temos que ter uma administração eficiente. A segunda é que esta administração eficiente reduz custos para o setor industrial. A terceira é que a tecnologia limpa é uma fonte de atração de investimentos”, afirmou o presidente da FIESC, Glauco José Côrte, na abertura do evento.
Dados apresentados no evento mostram que 80% dos consumidores brasileiros comprariam produtos de empresas consideradas responsáveis social e ambientalmente. Além disso, os fundos de investimentos ligados a empresas sustentáveis têm apresentado rentabilidade média acima do Ibovespa desde 2006, atraindo mais investimentos.
Para Santa Catarina, os participantes projetaram o setor como referência em inovação no uso dos recursos ambientais e nas soluções para o desenvolvimento sustentável. Para atingir estes objetivos, foram apontados empecilhos como o excesso de burocracia e a legislação antiquada.
O debate continua na internet, onde foi lançado um ambiente colaborativo. Nele, as demais empresas do setor podem participar da troca de experiências e ajudar na construção do conhecimento. Os interessados devem acessar o endereço fiescnet.com.br/rotasestrategicas e se cadastrar.
Dados – Santa Catarina é o terceiro Estado com mais estabelecimentos ligados ao segmento, com 820. Entre as regiões, as maiores concentrações estão no Vale do Itajaí (30%), Oeste (21%) e Sul (19%).
Mais da metade dos municípios catarinenses necessitam de investimento em ampliação do sistema de abastecimento de água ou novo manancial. Entre eles, Florianópolis. No Brasil, em 2013, foram investidos R$ 59,8 bilhões em aterros sanitários.
PDIC – O Programa de Desenvolvimento Industrial Catarinense vai propor ações futuras e promover, no longo prazo, uma dinâmica de prosperidade industrial. Já foram realizados painéis e consolidadas rotas de crescimento de 13 setores produtivos do Estado. Ainda em 2015, o PDIC irá consolidar estas rotas em um Masterplan, com os principais pontos críticos que afetam o desenvolvimento da indústria em Santa Catarina.
SENAI – Localizado em Blumenau, o Instituto SENAI de Tecnologia Ambiental presta serviços de metrologia, consultorias e geração de inovação tecnológica. Atende demandas nas plataformas tecnológicas: águas e efluentes, energia e emissões, resíduos e saneamento.
Fonte: FIESC
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