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Deutsches Beispiel, por ALBANO SCHMIDT*

22 de setembro de 2015
Deutsches Beispiel, por ALBANO SCHMIDT*

O mundo passa por importantes mudanças. A Europa vive uma crise migratória de proporções gigantescas. Imagens de famílias fugindo da guerra, da fome, da pobreza e da repressão, tanto política quanto religiosa, são chocantes.

Desesperadas, multidões enfrentam a travessia clandestina e correm risco de morte, na luta por uma vida digna no continente europeu. É impossível não ser tocado por tamanho caos e, questionando qual meu papel diante desta situação, me deparo com empresários alemães que estão hoje, em Joinville, participando do 33º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA).

Eles vieram focados na ampliação das parcerias bilaterais, no desenvolvimento de ideias, no estreitamento de relações econômicas – e o melhor – abertos para compartilhar experiências, ensinar, aprender e ajudar o Brasil.

Figurando atualmente como uma das grandes potências mundiais, a Alemanha foi dizimada na 2ª Guerra e permaneceu, por 28 anos, dividida pelo Muro de Berlim. O país mostrou ao mundo que, a partir de um planejamento sólido e comprometido com valores éticos e morais, é possível recomeçar e se reestruturar plenamente. E, neste momento, se destaca mais uma vez como exemplo de humanidade e cidadania.

O 33º EEBA trouxe para Santa Catarina centenas de governantes, gestores e empresários de sucesso alemães. Vamos aprender com o Deutsche Beispiel, o exemplo alemão. A partir do seu legado, fortaleceremos nossas competências para iniciarmos e consolidarmos esse amplo processo de mudança que é urgente para o País.

Em recente discurso na Bolívia, o Papa Francisco fez um convite à comunidade internacional para um diálogo sobre o futuro do planeta e afirmou que o capital não pode mais ser transformado em ídolo, regido por uma ambição sem limites. O pontífice enalteceu a importância da humildade, que as pessoas não podem mais aceitar a globalização da indiferença.

Seu discurso é universal, direcionado a cada uma das nações que representa, inclusive o Brasil, que, numa resposta a este apelo, não pode mais aceitar a ambição desenfreada e sem limites que foca exclusivamente o lucro, que desestrutura empresas e reduz empregos, deixando famílias inteiras em situação de risco.

Cada um deve fazer a sua parte pela sociedade que desejamos construir. Se quisermos que ela seja estruturada por cidadãos justos, que se comprometam com a humanização e aceitem as diferenças. Juntos, devemos dar o exemplo, dar o nosso Beispiel.

*Presidente da Termotécnica

Fonte: A Notícia – Negócios e Cia

 
 


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