Indústria de SC conhece as oportunidades de fornecimento, durante reunião do Comitê da Indústria de Defesa da FIESC
Florianópolis, 20.8.2015 – Empresários catarinenses conheceram as oportunidades de negócios que a indústria de defesa brasileira oferece ao setor industrial catarinense. Segundo o engenheiro Anastacio Katsanos, cada real investido em programas de defesa gera um multiplicador de 9,8 em valor de Produto Interno Bruto (PIB).
Ele apresentou um panorama dos investimentos do setor, durante reunião do Comitê da Indústria de Defesa (COMDEFESA) da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), nesta quinta-feira (20), em Florianópolis.
O coordenador do COMDEFESA, Cesar Olsen, explicou que o Comitê é uma base de apoio à indústria interessada em fornecer ao setor, além de buscar uma aproximação das demandas militares às potencialidades das indústrias, considerando os aspectos tecnológicos ou não-tecnológicos.
“Tudo é importante para as Forças Armadas hoje. Temos muita possibilidade de em pouco tempo ter muitas de nossas empresas com base tecnológica, com produtos já de nível internacional sendo fornecidos”, afirmou.
Segundo estudo da Fipe, o mercado de defesa no Brasil, formado por defesa nacional, segurança federal, segurança estadual e defesa privada, movimenta anualmente cerca de R$ 202 bilhões, número que corresponde a 3,7% do PIB brasileiro.
Há oportunidades para fornecedores de alimentos, máquinas, equipamentos, material de informática, veículos e equipamentos de transporte, construção, instalação e conservação de imóveis, serviços, entre outros.
“Todas as demandas das Forças Armadas são uma grande oportunidade de negócio para a indústria catarinense. Temos um setor bastante diversificado e, certamente, com grande potencial de ser fornecedor”, afirmou o primeiro vice-presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar, que também colocou à disposição os Institutos de Inovação e Tecnologia do SENAI/SC.
Em sua palestra, Katsanos disse que o orçamento do Ministério da Defesa previsto para 2015 é R$ 78,8 bilhões. Desse total, 11% são destinados a investimentos. “O nível atual de investimentos no orçamento do Ministério é cerca de 40% do necessário para a execução dos planos estratégicos das Forças Armadas”, afirmou, lembrando que investimento em defesa é uma alternativa econômica para o Brasil. O engenheiro também é diretor do departamento de defesa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP).
O crescimento econômico do Brasil no período 2008−2012 e a maior presença do país no cenário geopolítico mundial geraram importantes definições de políticas para a defesa nacional, com aumento dos orçamentos e gastos militares.
Anastacio destacou ainda que há um crescimento dos países continentais no cenário global, o que reforça a importância dos investimentos na área de defesa. “Somos um País com grande potencial no futuro. Quando retomarmos o crescimento e alcançarmos posições mais importantes, o mundo olhará para o Brasil com outros olhos.
O enriquecimento como sociedade e a evolução do País podem trazer problemas no futuro. É preciso se preparar para isso”, afirmou. Os países continentais são aqueles que possuem grande área geográfica e população, importância econômica, influência geopolítica e grande potencial de crescimento. Estão entre os integrantes deste grupo Brasil, Rússia, Índia e China.
Fonte: FIESC
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