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A ESTRELA DO FILME – Evolução da Aliança em flexíveis é calibrada com realismo

09 de fevereiro de 2015
A ESTRELA DO FILME  – Evolução da Aliança em flexíveis é calibrada com realismo

Se um transformador de flexíveis pega a matutar a respeito da crise, superlotação de competidores, custos de produção, preços sob pressão dos clientes e a baixa barreira de entrada em redutos antes vistos como mais exclusivos, a exemplo da coextrusão blown e laminados, ele periga entrar em parafuso.

A saída para não esquentar, ensina a catarinense Aliança, é a dedicação de corpo e alma ao lado de dentro da fábrica. Novas extrusoras chegam à planta em Guaramirim a cada três anos, em média, e alguns aportes já estão engatilhados para 2015, afiançam Fred Zibell, CEO da transformadora, e Ricardo Fischer Brandenburg, mestre em materiais e gerente de produção.

Segundo afiançam, não há prazo determinado para a aposentadoria de um equipamento. “O que define a troca é o custo de manutenção, combinada à necessidade de mudança tecnológica visando incremento de produtividade”, eles consideram.

Ao longo de 2015, chega à fábrica uma extrusora tubular  monocamada de 300 kg/h, engrossando o time na ativa de quatro linhas similares, com idades entre sete e 20 anos. Completam o parque fabril, em campo desde 2002 no norte catarinense, uma laminadora, duas impressoras flexográficas de seis cores, com sete e 12 anos de vida útil, fora outro modelo de oito cores, adquirido em 2010.

No momento, a capacidade instalada da Aliança, arredondam Zibell e Brandenburg, bate em 1.600 t/a. Porém, com a manufatura brasileira em frangalhos e o setor plástico não é exceção, o consumo atual de resinas da empresa chega a apenas 900 t/a.

Para afiar garras e presas para a briga de foice na praça, a Aliança recorreu ao Programa de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas, por meio de parceria com o Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Santa Catarina (Simpesc), Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC).

“A partir do segundo semestre de 2015, iniciaremos um processo de certificação”, antecipam os dois porta-vozes. A empresa opera em três turnos e conta com nove empregados no setor administrativo e 54 na produção direta e indireta.

Para cinzelar o chão de fábrica, a transformadora instituiu um plano de desenvolvimento de lideranças, focado em gestão de competências e resultados, concepção do Instituto Atlante, centrado em psicologia e parapsicologia.

“A assessoria empresarial fortalece as qualidades de cada colaborador e aperfeiçoa outros aspectos”, explicam Zibell e Brandenburg, deixando em aberto eventuais ilações entre fenômenos paranormais e formação de pessoal.

O burilamento da mão de obra, vaticinam os dois especialistas, é crucial para sua retenção e faz parte das dificuldades deglutidas pela Aliança. Para 2015, Zibell e Brandenburg prometem engrossar as bases para preservar pessoal  implantado um motivador programa de participação nos lucros, com definição de metas individuais e coletivas.

“Conseguiremos assim reduzir drasticamente as perdas na produção, diminuir o índice de absenteísmo e alavancar os processos internos”, eles confiam. Tal como segurar, laçar mão de obra capacitada é outra epopeia. “Em algumas situações, somos obrigados a buscar empregados em outro Estado”, contam Zibell e Brandenburg .

Embora seja de clareza meridiana a tendência mundial de menor intervenção manual nas linhas, eles contrapõem que a transformação de plástico ainda precisará de colaboradores atualizados para operar as máquinas, por mais automatizado que seja o processo.

Zibell e Brandenburg situam em 20% o grau de automação no processo da Aliança. “Possuímos equipamentos que exigem operadores experientes, pois seu ajuste apresenta diversos pontos de interferência que, em muitos casos, dificultam a automação desses encargos”, justificam. Embora as extrusoras e impressoras sejam consideradas  modernas por eles, outras etapas da produção são vistas como mais viáveis com suporte de análise visual e controle manual.

“O custo de automação das fases de acabamento envolveria valores elevados”, complementam os analistas. De outro ângulo, informam, a Aliança automatizou as partes finais de integração de estoques e emissão de etiquetas para pesagem e identificação dos produtos.

Outro ponto a favor da unidade em Guaramirim são as saídas alternativas do ambiente fabril, solução para evitar o excesso de calor. Além disso, emendam Brandenburg e Zibell, as linhas de produção são monitoradas por completo via software, garantia de  rastreabilidade desde a operação ao consumo de matéria-prima.

Entre suas reverências ao desenvolvimento sustentável, a Aliança aplica treinamentos para comprimir, a médio prazo, o índice de refugo gerado em linha. Parte desses resíduos, distinguem os dois executivos, é reinserida no processo e o restante segue para reciclagem. A empresa também adotou ações concretas para reduzir o consumo energético.

“Estudo no parque industrial e no gerador mostrou uma via para diminuir o fator de potência mediante determinadas mudanças de bancos de capacitores, elevando a eficiência para mais de 92%”, estabelecem Zibell e Brandenburg. Ainda de olho no menor uso de energia, emendam, a Aliança substituiu motores de corrente contínua por tipos de corrente alternada.

Para 2015, acenam os especialistas, está engatilhada a troca do modelo de geração de ar comprimido para o chamado sistema parafuso, considerado mais eficaz. No mais, a transformadora investiu num método de lavagem de acessórios flexográficos capaz de prescindir de produtos químicos como tinner e, para completar aquele abraço na sustentabilidade, todos os circuitos que utilizam água são fechados, maximizando o seu reaproveitamento.

No alvo das vendas da Aliança, o olho de boi é ocupado pelo reduto médico-hospitalar, seguido pelo setor de alimentos e construção civil, enfileira Zibell. A empresa ainda supre embalagens lisas, impressas e metalizadas para os mercados de higiene e limpeza, têxtil e industrial.

“Em 2015 entraremos no segmento de embalagens secundárias, utilizadas no transporte de produtos agrícolas e alimentícios”, projetam ele e Brandenburg. Outra tacada no pipeline será o fornecimento de stand up pouches para os nichos de limpeza, beleza, alimentos e ração animal.

Apesar da queda geral na indústria de plástico em 2014, a Aliança conseguiu manter desempenho estável em relação a 2013 e projeta crescimento de 30% no próximo exercício.

Em cifras, traduz Zibell, o faturamento bruto sairá de R$ 16,1 milhões em 2014 para R$ 20 milhões. Em regra, situa, 1% da receita é aplicado em manutenção preventiva e entre 5% e 10% resultam na aquisição anual de equipamentos.

Fonte: Plásticos em Revista

 
 


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