Mais de 1,6 mil trabalhadores concluirão este ano o ensino médio em cursos oferecidos a jovens e adultos pelo SESI/SC
Florianópolis, 18.11.2014 – Mais de 200 trabalhadores catarinenses celebraram nesta terça-feira (18) a conclusão da educação básica em cerimônia conduzida pelo presidente da FIESC, Glauco José Côrte. A solenidade, realizada pela primeira vez, reuniu estudantes e empresários do setor na sede da Federação, em Florianópolis. Ao todo, mais de 1,6 mil industriários concluírão este ano o ensino médio em cursos oferecidos pelo SESI/SC, entidade da FIESC.
Entre os valores destacados na cerimônia, Côrte escolheu ‘superação’ para descrever a conquista dos estudantes. Ele lembrou que a indústria reconhece a falta de trabalhadores qualificados como um entrave ao crescimento, por isso o investimento em educação é vital para a melhoria do setor. “A indústria que melhora sua produtividade investe mais, se torna mais competitiva, expande negócios e remunera melhor seus trabalhadores”, ressaltou. Além disso, Côrte frisou que a solenidade de formatura é fruto do Movimento A Indústria pela Educação.
Para o vice-presidente da FIESC na Grande Florianópolis, Tito Schmitt, o Brasil vive momentos de transformação e a conquista desses trabalhadores é exemplo disso. “Qualquer degrau que a gente sobe na vida é fundamental e repercute em nossa família”, disse Schmitt, lembrando o apoio dos familiares neste processo.
O superintendente do SESI/SC, Fabrizio Pereira, destacou que, desde o início da oferta de educação de jovens e adultos, em 1999, mais de 34 mil trabalhadores já concluíram o ensino básico. “Constituímos, dessa forma, a maior rede de educação de jovens e adultos do Estado e estamos contribuindo para a melhoria de indicadores educacionais que apontam a existência de 45% de trabalhadores sem escolaridade básica”, afirmou.
A educação de jovens e adultos voltada ao trabalhador é promovida pelo SESI/SC em parceria com as indústrias. O diretor de recursos humanos da Coteminas, Celso Gonzaga, que representou o setor na solenidade, falou do esforço da FIESC em prol da educação.
“A Federação é o vetor de todo esse processo educacional nas indústrias e vocês [trabalhadores] são o elo de transformação das nossas organizações”, declarou Gonzaga. “O papel da indústria é fundamental para propagar esse modelo, acreditar que essa modalidade de educação pode mudar e auxiliar no processo de inovação e fabril da empresa”, complementou.
O índice de trabalhadores da indústria com escolaridade básica completa avança gradativamente em Santa Catarina. Segundo a Relação Anual de Informação Social (RAIS) de 2013, este índice é de 55%, dois pontos percentuais acima do registrado em 2012. Para o presidente da FIESC, a “educação tem grande poder de transformação e confere, sobretudo, dignidade aos que a ela têm acesso”. Em sua avaliação, as pessoas que podem ampliar sua formação educacional têm melhores condições de discernir e de fazer escolhas, o que também representa oportunidades de crescimento e avanços sociais. “Este é o melhor legado que podemos deixar às futuras gerações”, salientou Côrte.
Para elevar a escolaridade desses profissionais, diversas indústrias catarinenses têm investido em programas de desenvolvimento pessoal e na oferta de educação no próprio ambiente de trabalho. Exemplo dessas ações são as práticas reconhecidas recentemente no Prêmio FIESC A Indústria pela Educação.
Educação de Jovens e Adultos
Os cursos de educação de jovens e adultos do SESI são totalmente gratuitos para os alunos e promovem a elevação da escolaridade básica nos níveis fundamental e médio. O programa busca adequação à realidade econômica atual de demandas crescentes, rápido desenvolvimento tecnológico, evolução dos processos produtivos e de organização do trabalho.
A metodologia de ensino própria, com momentos presenciais e a distância, feita especialmente para atender os trabalhadores da indústria, os materiais didáticos e paradidáticos e a infraestrutura disponibilizada contribuem para o enriquecimento do trabalho pedagógico. A entidade atende cerca de 20 mil trabalhadores de todo o Estado.
Fonte: FIESC
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