Criciúma, 6.08.2014 – Os setores químico e plástico são promissores, pois fornecem para quase todos os segmentos produtivos, e têm na inovação seu caminho de crescimento. Estas foram algumas das conclusões dos industriais e especialistas destes segmentos, reunidos nesta terça-feira e quarta-feira (5 e 6) em Criciúma.
O encontro foi promovido pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), como parte dos trabalhos do Programa de Desenvolvimento da Indústria Catarinense (PDIC 2022).
Segundo dados apresentados no evento, a exportação destes setores teve nos últimos seis anos um crescimento no Estado superior à média nacional, mas Santa Catarina ainda tem posição modesta no total de embarques do País.
O potencial de desenvolvimento, no entanto, é grande, uma vez que é fornecedor de insumos para quase todos os setores produtivos. A China, considerada a “fábrica do mundo” e, desde junho, principal destino dos embarques catarinenses, é vista como um potencial comprador.
Para atingir este crescimento, no entanto, o setor exige elevado investimento em pesquisa e inovação. São apontados como promissores, entre outros, os segmentos de tintas inteligentes e plásticos de engenharia. Com um prazo longo para retorno, este movimento se torna complicado para o setor de plástico e derivados, formado principalmente por pequenas e médias empresas. Desta forma, é preciso aproximar as indústrias dos centros de pesquisa e das universidades.
Este pensamento foi formalizado em uma das visões para o futuro do setor elaboradas pelos participantes do evento, que preveem uma indústria que seja “referência nacional em PD&I para o desenvolvimento e fabricação de produtos de alto valor agregado em segmentos específicos” e também na “criação de um polo carboquímico”.
Neste caminho, a FIESC anunciou neste ano que irá instalar em Criciúma um dos dez institutos SENAI previstos para o Estado. Na cidade irá funcionar o Instituto SENAI de Tecnologia em Materiais, com foco na prestação de serviços de consultoria, desenvolvimento de projetos e formação de profissionais especializados para a indústria.
“Vimos várias tendências para o setor em Santa Catarina, no Brasil e até no mundo. Pudemos constatar em que caminho o setor está inovando. Isso nos incentiva a buscar parcerias com o SENAI e as universidades”, afirma Jaime Dal Farra, diretor presidente da Resicolor Tintas.
PDIC – As ações propostas para contornar os fatores críticos e embarcar nas tendências serão utilizadas na construção de rotas de crescimento para o setor até 2022. Este trabalho integra o Programa de Desenvolvimento da Indústria Catarinense (PDIC), que a FIESC está elaborando.
Além do segmento de química e plástico, o programa integra outros 15 setores produtivos da economia catarinense. O debate continua na internet, onde foi lançado um ambiente colaborativo. Nele, as demais empresas do setor podem participar da troca de experiências e ajudar na construção do conhecimento. Os interessados devem acessar o endereço fiescnet.com.br/rotasestrategicas e se cadastrar.
O PDIC propõe ações futuras e promove, no longo prazo, uma dinâmica de prosperidade industrial. O programa pretende formular, até o fim de 2014, um Masterplan com os principais pontos críticos que afetam o desenvolvimento da indústria no Estado.
Fonte: FIESC
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