Jornal GGN – O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vai discutir, juntamente com o Ministério da Fazenda e entidades empresariais, novas medidas para estimular a indústria nacional.
As negociações começaram no dia 18 de junho, quando o ministro Guido Mantega anunciou um pacote que incluía a desoneração da folha salarial e a retomada permanente do programa de incentivo à exportação Reintegra.
Entre as reivindicações, destaque-se o pleito da indústria de materiais de construção, que pede fiscalização mais rigorosa da Receita e do Ministério do Trabalho, devido ao aumento da informalidade entre as empresas, que prejudicam a competitividade das que pagam corretamente os tributos.
Outros setores, como o de construção civil, negociam a permanência de projetos governamentais, como o Minha Casa Minha Vida. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff já confirmou que o governo vai adotar uma terceira fase do programa, com o objetivo de construir 3 milhões de moradias de 2015 a 2018.
O setor têxtil pede a redução da carga tributária para as confecções e a ampliação dos prazos de recolhimento dos impostos para períodos mais próximos aos do recebimento das receitas de venda.
Em artigo, o presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Pedro Luiz Passos, criticou as medidas, afirmando que “elas combinam incentivo ao financiamento de longo prazo, prorrogação do desconto tributário na aquisição de veículos e prioridade a produtos e serviços nacionais nos processos de licitação pública”.
O executivo defendeu que “para se reerguer, a atividade manufatureira precisa de visão de futuro, de novas fronteiras e setores que promovam e disseminem o progresso técnico, a inovação e a produtividade”.
No entanto, há de se levar em conta que as medidas estão sendo tomadas dentro de um calendário curto, por um governo que está a cinco meses do final.
Dado o calendário curto, a opção do empresariado foi concentrar as conversas em providências que possam ser adotadas por um governo que está a cinco meses de seu final. Outras reformas serão discutidas não apenas com a presidente Dilma, mas também com os demais presidenciáveis.
Fonte: GGN
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