Nichos premium norteiam a produção da Nord West
Ao embarcar no quinto ano de estrada, a catarinense Nord West se empenha em fugir de tentações, como apostar na economia de escala, para não por a perder sua vocação de uma ourivesaria de injeção.
Desde o início, seu forte são peças técnicas à base de resinas de engenharia e de alta complexidade, como aquelas dirigidas às áreas náutica, metal mecânica, automotiva e odontológica, expõem os sócios Adriano Francisco Reinert, incumbido da diretoria industrial, e Marcelo Mattos de Lemos, responsável pela área financeira.
O foco em tiragens limitadas de artefatos fora do convencional tende a ser fortalecido com a concretização do anunciado projeto de incorporar uma sala com ambiente controlado na sede em Joinville.”Será utilizada para a manipulação de peças da área médica”, delimitam os dois controladores.
No momento, o parque de injeção da empresa aloja quatro injetoras hidráulicas da grife alemã Arburg, munidas de patenteado sistema de gerenciamento de energia e com respectivas forças de fechamento de 40, 50,150 e 200 toneladas.
“Damos preferência a essa marca em razão da altíssima tecnologia, precisão e durabilidade”, assinalam os sócios. Entre as metas para o exercício atual, abrem, consta a compra de injetora Arburg de 300 toneladas equipada com periféricos da Piovan, Husky e Moretto. Reinert e Lemos afirmam sempre comprarem as máquinas já equipadas com os auxiliares.
A quinta injetora, eles adiantam, será aproveitada na expansão da Nord West em produtos médicos e odontológicos. “Nesse caso, cogitamos inclusive trabalhar com resinas commodities, pois a dificuldade não está apenas no material, mas nos cuidados com o manuseio do produto”, assinala Lemos. Na foto atual, a planta transforma 100 t/mês de resinas de engenharia virgens, volume que em evoluído à média anual de 20%, ele calcula.
As injetoras da Nord West rodam seis dias por semana em quatro turnos de seis horas, especifica Reinert. “Uma delas opera com robô Star Seiki e, no plano geral, as linhas agrupam dry cooler e chiller da Piovan; aquecedores de câmara quente da Husky; alimentadores e desumidificadorers da Arburg e aquecedores de molde até 250 ºC da Piovan e Moretto”, revela o dirigente.
Como as linhas são consideradas recentes, seu custo de manutenção é ultra baixo, define Lermos. “Tem sido inferior a 1% do faturamento”. Sem matrizaria própria, a Nord West recorre aos préstimos do polo ferramenteiro de Joinville. “Na média de 70 a 90 dias a partir do pedido, nos entregam o molde pronto para entrar em produção”.
O ambiente fabril é climatizado por obra de 12 exaustores eólicos e nele, inclusos supervisores e operadores, trabalham 17 funcionários às voltas com os setores de injeção, metalização e acabamento. “Em essência, eles controlam a qualidade das peças produzidas, embora nossas injetoras e acessórios sejam de alta repetitibilidade”, observa Steinert.
Quanto à atualização de conhecimentos do efetivo, ele informa dispor, no sistema de qualidade, de um indicador de horas de treinamento. “Realizamos treinos mensais para cada área”.
Credenciada na gestão de produtividade e qualidade pela ISO 9001:2008, a Nordwest resguarda seus custos zelando pela economia de energia e água. “Monitoramos os indicadores do consumo de eletricidade a cada semana e nossas máquinas modernas são um ponto a favor nesse sentido”, considera Reinert.
Em relação ao consumo de água, Lemos é taxativo. “Utilizamos uma tecnologia, basicamente um sistema fechado, que dispensa o tratamento de água e tem o menor consumo do mercado”.
Fonte: Plásticos em Revista
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