O coordenador do Comitê Estratégico da FIESC para Logística Reversa, Albano Schmidt, e o presidente do Instituto Lixo Zero, Rodrigo Sabatini, abriram ontem os debates sobre a meta de, em anos, zerar a quantidade de resíduos sólidos encaminhados a aterros sanitários ou a incineradores.
Durante toda a semana, organizações públicas e privadas apresentam, na Capital, soluções para diminuir a pegada de carbono na área de resíduos sólidos.
“Temos de buscar a economia circular, tudo o que entra no ciclo produtivo não sai mais”, propõe Sabatini.
Mais empregos
A economia circular é lei na Alemanha e sua implementação, mais rígida desde 2012, incentivou o surgimento de 3.000 novas empresas, 200 mil empregos e movimento anual de 50 bilhões de euros.
Hoje, 15% de toda a matéria-prima processada pela indústria alemã têm origem no que aqui, em muitos casos, ainda é lixo.
Lá ou cá, aponta Sabatini, cada lote de 10 mil toneladas de rejeito que é aterrado gera um emprego.
Se essa quantidade for compostada, vai gerar de quatro a sete novas oportunidades de renda; se for reciclada, de 30 a 40 empregos, e se todos os materiais forem reusados, até 200 empregos.
Exemplo
A C-Pack, de São José, assinou compromisso de, até 2015, encaminhar corretamente 95% dos seus resíduos.
Hoje, já alcança 88%. A indústria, com três tipos de embalagens verdes (tubo 100% biodegradável, tubo com plástico reciclado pós-consumo e PE verde com cana-de-açúcar desenvolvido em parceria com a Braskem), é referência nacional em sustentabilidade.
Em sua carteira de 400 clientes, grandes como Avon, Johnson & Johnson, Flora, O Boticário, L’Oreal, Nívea, Unilever e Natura.
Fonte: Notícias do Dia – Economia
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